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O presidente da
ANAF Marco Antônio Martins (foto), como esperado veio a publico no
inicio da noite de hoje (22) para através do site oficial da
entidade responder as declarações do presidente do Sindicato dos
árbitros do Rio de Janeiro, Jorge Rabello que chamou a entidade
nacional dos árbitros de “MERDA”.
Ao contrario do
dirigente carioca, Martins foi duro, mas respondeu de forma serena e
respeitosa colocando as entidades patamares acima dos dirigentes,
porém não deixou de citar as ofensas individual ao qual chamou
de antiética, desrespeitosa e mal educada e fez questão de frisar
que foi um ato isolado e individual que não alterará a boa
convivência da ANAF com a arbitragem carioca.
Veja abaixo a nota da ANAF na integra.
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NOTA OFICIAL DA ANAF
A diretoria da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (ANAF),
entidade com uma história de 16 anos ao lado da arbitragem
brasileira, reconhecida pelas conquistas e pela ativa representação
de seus associados e sindicatos, torna público seu repúdio e
indignação com a postura antiética e desrespeitosa de um “dirigente
sindical” do Rio de Janeiro, que de forma isolada, individualista e
mal-educada, referiu-se à entidade com palavreado chulo, ofendendo
todos que lutam e se dedicam em prol da arbitragem nacional,
sobretudo a ANAF.
Não podemos aceitar uma atitude como esta, que agride e ofende a
entidade, pois o respeito às instituições, às pessoas e até mesmo
aos adversários é uma conduta que todos nós devemos seguir, enquanto
árbitros, dirigentes ou cidadãos. Estes são pilares básicos da
democracia.
As críticas sempre serão bem-vindas, quando visarem o
aperfeiçoamento do trabalho da entidade e da arbitragem.
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Os
dirigentes esquecem suas origens e querem se perpetuar
no poder, controlando todas as esferas da arbitragem.
Não sabem conviver com a crítica e com a oposição”.
Marco
Antonio Martins |
Entretanto, ao atacar a ANAF, o autor resgata uma prática da
ditadura, que tentava desmoralizar às instituições civis, para impor
o poder de forma autoritária. Não é o que queremos para a arbitragem
nacional e muito menos para a ANAF, que desde a posse da atual
diretoria vem passando por uma grande reformulação, resultando em
muitas conquistas e vitórias para a categoria.
Reiteramos nosso propósito de continuar ao lado dos árbitros
cariocas e do Sindicato do Rio de Janeiro, independente do
posicionamento de um de seus dirigentes.
Condenamos atitudes individuais, que não representam a coletividade.
Árbitros, levantem-se! A ANAF é sua voz e estará sempre ao seu lado.
Marco Antônio
Martins
Presidente da
ANAF
Entrevista
Se na nota
oficial Martins foi diplomático, o mesmo não ocorreu quando deu
entrevista falando exclusivamente sobre o assunto.
Sobre as
criticas ele disse:
“Na realidade
não recebo como crítica e sim, como um comentário infeliz de quem
nunca participou da ANAF, a não para ser candidato em 2007. Ele foi
antiético. Um dirigente pode ter adversários políticos, mas um pilar
básico da democracia é o respeito às instituições. Ele desrespeitou
uma entidade que pautou toda sua história em favor da arbitragem.
Isto não podemos admitir e condenamos”.
Já sobre a
tão falada independência da arbitragem carioca ele disse que:
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“A ANAF é parceira da arbitragem brasileira. Em todos os
estados tentamos ter ralações com as instituições que
representam todos os segmentos envolvidos no futebol.
Não é diferente no Rio de Janeiro, onde respeitamos a
Federação Carioca e, por conseqüência, os seus órgãos
subordinados, inclusive o Presidente da Comissão, cargo
de confiança do presidente da federação. O dirigente em
questão tem um conceito equivocado de independência. Com
certeza, sua postura mistura tudo. Ser independente não
significa excluir parceiros e sim ter a liberdade para
escolher a forma de participar e incluir o maior número
possível de pessoas e entidades em prol do bem maior que
é a arbitragem brasileira”.
Outro ponto abordado foi o “voto fechado” na eleição da
ANAF em 2010. Martins usou da ironia para apontar a
falta de democracia na arbitragem carioca e assim como
Salmo Valentim provocou Rabello o desafiando a
enfrentá-lo na próxima eleição.
“Voto fechado?” O que ele fez foi fechar as portas do
sindicato, não |
Há
décadas Martins e Salmo lutam juntos pela ANAF - Foto de
2003 em SP |
permitir o acesso do associado à urna. Por que não
deixou os árbitros votarem, será que foi medo do
resultado? Se está desconte com a gestão da ANAF, faça
como em 2007, venha para disputa. Quem votou na urna do
RJ naquela época sabe o que aconteceu”. |
Para encerrar, o dirigente da ANAF falou sobre acumulo de poder dos
dirigentes da arbitragem No Rio de Janeiro Jorge Rabello é
Presidente do Sindicato e da Comissão de Árbitros e dessa forma o
poder gira apenas entorno dele. O senhor é favorável que um mesmo
dirigente assuma várias funções na arbitragem ao mesmo tempo como
neste caso?
“No caso especifico, a realidade mostra que esta sendo
prejudicial à arbitragem carioca. O problema é que as tarefas estão
sendo confundidas, tudo misturado. Defendo sim, a participação de
representantes dos sindicatos nos diversos segmentos da arbitragem.
A participação destes sindicalistas conhecedores da realidade da
arbitragem pode contribuir para melhoria das condições de trabalho
do árbitro brasileiro. O grande dilema é que após assumirem certos
cargos, alguns destes dirigentes esquecem suas origens e querem se
perpetuar no poder, controlando todas as esferas da arbitragem. Não
sabem conviver com a crítica e com a oposição”. Encerrou Marco
Martins. |