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Alfredo Loebeling desmente a própria súmula e acusa Armando Marques
Árbitro e presidente da Comissão de Arbitragem foram afastados pelo STJD

17/01/2002 - O árbitro Alfredo Santos Loebeling (foto) afirmou nesta quinta-feira, dia 17, que escreveu a súmula de Figueirense x Caxias pressionado pelo presidente da Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Armando Marques. De acordo com o árbitro paulista, Marques o pressionou para mentir no relatório, registrando que a invasão a campo de torcedores alvinegros ocorreu depois do fim do jogo, disputado no Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis. Na verdade, a torcida interrompeu a partida aos 46 minutos do segundo tempo, quando os catarinenses venciam por 1 a 0.

Loebeling fez a acusação em audiência nesta quinta com o presidente do Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Luiz Zveiter. Depois da audiência, Zveiter decidiu afastar do cargo Armando Marques e Loebeling, além dos árbitros assistentes da partida realizada no dia 22 de dezembro. O afastamento será mantido até a denúncia

ser apurada, disse o presidente do STJD.

– Loebeling disse que está se sentindo muito acuado pela sua consciência – comentou Zveiter, ao tentar explicar os motivos da suposta confissão.

Enquanto isso, o processo que o Caxias move contra o Figueirense na Justiça Desportiva, solicitando a impugnação do jogo e a reversão dos pontos ganhos, fica paralisado por tempo indeterminado. Caso o clube gaúcho tenha sucesso na batalha jurídica, irá ficar com a vaga à Série A em 2002 que hoje pertence ao Figueira.

Marco Aurélio Pachá, um dos advogados do Caxias no caso, diz confiar na vitória. Segundo ele, a confirmação da invasão antes do apito final caracteriza uma infração do artigo 299 do Código Brasileiro Disciplinar de Futebol (CBDF).

– Havia duas versões do Loebeling, uma falada e outra escrita. Agora, com a verdade revelada, é preciso punir os responsáveis e reverter os três pontos para o Caxias – declarou.

Já o advogado do Figueirense, João Batista Baby, disse que agora terá de mudar a estratégia de defesa do clube, uma vez que se baseava na súmula de Loebeling. Para Baby, a denúncia não envolve o alvinegro catarinense e diz respeito apenas a Armando Marques e ao árbitro. O advogado também afirmou que Loebeling mentiu na audiência com Zveiter.

– Fiquei surpreso pela irresponsabilidade do árbitro. A nossa torcida entrou em campo para comemorar e é mentira que não havia condições de dar continuidade ao jogo. Ele não esperou os 30 minutos previstos no regulamento da CBF – afirmou Baby.

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Árbitro de Figueirense x Caxias convoca entrevista coletiva

17/01/2002 - A novela Figueirense x Caxias terá mais um capítulo na tarde desta quinta-feira. O árbitro da partida, o paulista Alfredo dos Santos Loebeling, convocou a imprensa para uma entrevista coletiva, em São Paulo, provavelmente para explicar sua posição na súmula do jogo, válido pela última rodada do quadrangular final da Série B, e que acabou classificando a equipe catarinense para a primeira divisão do Campeonato Brasileiro de 2002.

A confusão começou quando os torcedores do Figueirense invadiram o gramado do Estádio Orlando Scarpelli, faltando ainda dois minutos para o encerramento do jogo. Na ocasião, Loebeling falou para diversos repórteres que descreveria na súmula que a partida havia sido suspensa por falta de segurança. Mas, no documento, o juiz fez exatamente o contrário. Declarou que o jogo estava encerrado no momento da invasão, e o time de Florianópolis, que vencia por 1 a 0, acabou ficando com a segunda vaga da Série A – a outra foi assegurada pelo Paysandu, campeão da segunda divisão. Inconformado com a decisão do árbitro, o Caxias entrou na justiça com um pedido de impugnação da partida, através da desconstituição da súmula de Alfredo Loebeling.

A batalha jurídica por um lugar na elite do futebol nacional vai ser decidida no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) da CBF nas próximas semanas.

Jornalista denuncia esquema envolvendo Loebeling

10/01/2002 - A coluna do jornalista Juca Kfouri desta quinta-feira, dia 10, no site Lancenet reproduziu um suposto diálogo que teria ocorrido entre o árbitro paulista Alfredo Loebeling e alguma autoridade da Comissão Nacional de Arbitragem, dias antes da apresentação da súmula da partida entre Caxias e Figueirense, em Florianópolis. Na súmula, Loebeling omitiu que faltavam dois minutos para encerrar a partida quando a torcida do Figueirense invadiu o gramado e provocou a suspensão do jogo. Com isso, o time catarinense acabou vencendo por 1 a 0.

Na próxima segunda-feira, o STJD julga o caso que vai definir quem será o segundo time que sobe para a Série A de 2002, ao lado do Paysandu (PA). Segundo o editor do jornal O Lance!, Fernando Santos, o diálogo é verídico, mas Kfouri não apresenta os sobrenomes dos envolvidos por não ter como provar. O suposto diálogo gerou muita polêmica e discussão nesta quinta, inclusive uma reação indignada do presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfim Peixoto, acusando o Caxias.

Divulgado conteúdo da súmula Figueirense x Caxias

27/12/2001 - Foi divulgado nesta tarde de quinta-feira, dia 27, na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro, o conteúdo da súmula do jogo entre Figueirense e Caxias, marcado pela invasão a campo de torcedores alvinegros a cerca de um minuto do fim. Em seu relatório, o árbitro paulista Alfredo Santos Loebeling escreveu que a invasão ocorreu depois do encerramento da partida – válida pela última e decisiva rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Agora, o Departamento Técnico da CBF vai esperar cinco dias para homologar a vitória por 1 a 0 do time catarinense, resultado que o garante na Série A em 2002. Nesse período, o Caxias pode pedir a impugnação da súmula.

Torcida invade campo e encerra Figueirense x Caxias

22/12/2001 - Após dois tempos de muita ansiedade em campo, o Figueirense ainda não tem certeza de sua classificação para a Série A do Brasileirão. Com o time vencendo o Caxias por 1 x 0, a torcida se precipitou e invadiu o campo aos 46 minutos do segundo tempo, com dois minutos para terminar a partida.

O jogo começou em clima de festa, com 22,5 mil torcedores empurrando o Figueira no Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis. Do lado do Caxias, o excesso de pegada levou à expulsão de Émerson aos 33 minutos do primeiro tempo. Pouco depois, o zagueiro do Figueirense Pedro Paulo foi expulso ao levar o segundo cartão amarelo. Aos 16 minutos do segundo tempo, Abimael, que tinha entrado aos 14, colocou o Figueira na frente. Daí até a invasão da torcida, o jogo foi muito tenso, com o Caxias fazendo de tudo para empatar.

Agora, o resultado do jogo, e, conseqüentemente a definição de quem vai para a Série A, irá para discussão no Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Ambos os times especulam o que o árbitro Alfredo Santos Loebing irá colocar em sua súmula. De acordo com o presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfim de Pádua Peixoto, qualquer julgamento apenas deve ocorrer no próximo ano, já que o tribunal entrou em recesso nesta sexta-feira, dia 21.

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