Banido do futebol há quase seis anos, o ex-árbitro trabalha no Trianon Clube de Jacareí como balconista. "Trabalho oito, oito horas e meia por dia, sou um trabalhador normal, balconista de um bar".

Em 2005, Edilson - que era um dos dez árbitros da Fifa no Brasil - foi acusado de participar de um esquema para alterar o resultado de partidas de futebol. Na época, ele confessou ter recebido R$ 10 mil por jogo. 11 partidas do Brasileirão foram suspensas naquele ano.

Agora, Edilson foi condenado a pagar uma multa milionária, junto com outros réus: a CBF e o empresário Nagib Fayad, que comandava as fraudes. Segundo a sentença, caso algum dos condenados não tenha condições financeiras, os outros ficarão responsáveis pelo pagamento.

Em um dos trechos da entrevista, Edilson fala sobre o valor da multa: "Eu gostaria muito de ter esse dinheiro, mas muito mesmo, gostaria muito de pagar. Agora, recorrer jamais, eu não vou recorer a uma coisa... patética. Eu não vou recorrer a nada, quem tem que fazer isso é a CBF, a Federação", disparou.

Se a multa fosse menor, Edilson garante que pagaria: "Se fosse pequena, eu teria que tomar uma atitude. Se fosse R$ 1.600 eu teria que emprestar de alguém, se fosse R$ 160 mil eu teria que vender a minha casa", garantiu.