representa. Chega a dar um
arrepio, porque a expectativa que as pessoas colocam em cima da gente é muito
grande, e também um sentimento estranho de responsabilidade - afirmou.
O gaúcho, de Estrela,
trabalhará em uma Copa pela primeira vez. Em 2006, Hausmann chegou a viajar para
a Alemanha, mas ficou como suplente. Em Guarulhos, os dois se juntarão ao
assistente Roberto Braatz, que completa o trio de arbitragem brasileiro.
- Para matar a saudade de casa, estou levando chimarrão, as cuecas-viradas da
minha mãe, e alguma receita para fazer lá porque a comida é um pouco diferente.
Não posso falar muito alto, mas estamos levando um kit feijoada para fazer lá,
para mostrar a cultura brasileira - sorri o assistente.
Para Simon, o clima é de despedida. No último ano da sua carreira, vai para seu
terceiro Mundial.
- Maravilhoso sair pela porta grande, em uma Copa do Mundo. Tenho a
possibilidade de apitar até dezembro, mas ainda vou decidir se continuo apitando
depois da Copa. Recebi muitas homenagens no último mês e estamos todos em ótima
forma - declarou.
Os brasileiros ainda
não sabem em quantos jogos vão trabalhar, porque a escala de arbitragem para a
Copa ainda não foi anunciada.
Entre dos torcedores
que os assediaram no aeroporto, um deles fez um pedido curioso: "só não apitem a
última partida". Como o árbitro não pode comandar jogo envolvendo a seleção do
seu país, se o Brasil estiver na decisão, eles não terão a honra de apitar uma
final de Copa do Mundo. Simon garante que vai torcer para o time de Dunga mesmo
assim:
- Quando a Seleção
Brasileira entra em campo, com aquela camisa amarela, é de arrepiar. Estaremos
todos na torcida, junto com a família.
Valdir Bicudo-bicudo
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