Sérgio Corrêa evita polêmicas no Footecon

Estreante no Fórum, Correa evita polêmicas saindo em disparada e sem fazer análise alguma das partidas do Nacional.

 
09/12/2009 - Pela primeira vez em seis edições do Footecon, Carlos Alberto Parreira conseguiu levar para o evento uma palestra sobre arbitragem. Intitulada "Ações para melhoria da arbitragem e Gestão de Carreira", foi ministrada pelo presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, Sérgio Correa, e contou com a participação de árbitros da ativa, como Paulo César Oliveira, e já aposentados, como Márcio Rezende de Freitas, José Roberto Wright e Renato Marsiglia.

Após debater uma série de assuntos, dentre eles a utilização de recursos eletrônicos para resolver problemas polêmicos no futebol, Sérgio Correa passou rapidamente pela sala de imprensa e, após um café e cinco minutos ao celular, fez de tudo para escapar das perguntas dos repórteres.

"Não vou falar sobre arbitragem não. Entendo o lado de vocês, mas não tenho o que falar. Já estou até de cabelos brancos com esse assunto", brincou, parando por alguns instantes apenas para dissertar sobre a importância da inserção do tema no calendário do Fórum.

"Acho de extrema importância debatermos a arbitragem e falarmos cada vez mais sobre o tema. Se o Parreira não nos convidar de novo no ano que vem, terei que brigar com ele", 

Corrêa: "Não vou falar sobre arbitragem, já estou até de cabelos brancos com esse assunto".

encerrou, saindo em disparada e sem fazer análise alguma das polêmicas que rechearam algumas partidas do Nacional.

Paulo César de Oliveira, eleito terceiro melhor do Brasileirão na premiação da CBF, também viu com bons olhos a primeira oportunidade dada aos árbitros de ter contato com treinadores, imprensa e até jogadores em um Fórum aberto. E brincou quando informado que Gilberto, do Cruzeiro, presente no primeiro dia do evento, o procuraria para que lhe fosse explicado o motivo de sua expulsão de campo na penúltima rodada da competição diante do Atlético-PR.

"Acho até bom ele vir, pois aí ficará mais tranquilo. Esse assunto (arbitragem) tem que ser mais aberto. Temos mesmo que discutir mais e estarmos mais perto de jogadores, treinadores e imprensa, pois, às vezes, o árbitro só é analisado pelos 90 minutos dentro de campo, mas há muitos outros fatores que algumas pessoas desconhecem", discursou.

Ao contrário de Sérgio Correa, o apitador paulista não se esquivou quando questionado sobre a temporada da arbitragem brasileira. E deu aval positivo ao quadro geral mostrado em 2009.

"No geral a minha análise é satisfatória. Passamos por uma turbulência em determinado momento da competição, mas nos recuperamos e, se formos analisar, não dá para dizer que os jogos que envolveram o campeão, os times que chegaram à Libertadores ou foram rebaixadas tiveram culpa ou ingerência da arbitragem", opinou.

"Houve erros e acertos em alguns jogos, mas não se pode responsabilizar os árbitros por qualquer situação. Em 380 jogos do campeonato, o percentual de equívocos, na minha visão, foi pequeno", concluiu.

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