Em entrevista ao Superesportes-PE, Delfim de
Pádua Peixoto Filho, presidente da Federação Catarinense de Futebol
e reizinho de Santa Catarina, disse sem convencer que a saída de
Fernanda Colombo foi por decisão da Federação e não por opção da
'musa'.
A declaração incisiva de Delfim vai ao contraria
do que disse a assistente no megaevento preparado pela Federação
Pernambucana de Futebol para apresenta-la a imprensa, na
segunda-feira (3), na sede da FPF. Fernanda alegou que optou por
Pernambuco como forma de unir o útil ao agradável. Poder continuar
exercendo sua função na arbitragem e dar continuidade aos estudos.
“Sai de Santa Catarina pois vou fazer minha
pós-graduação e juntei isso ao futebol, já que acredito no
profissionalismo que a federação trata a arbitragem aqui”,
justificou Fernanda Colombo.
Já Delfim Peixoto apresentou versão bem
diferente. Segundo o dirigente, Fernanda Colombo foi cortada do
quadro da arbitragem catarinense e já havia sido autorizada a
procurar outra federação para trabalhar.
“Ela não ia mais trabalhar em Santa Catarina e
sabia disso” - disse o reizinho.
Argumentando sobre o que motivou o afastamento de
Colombo em seu estado, o mandatário do futebol catarinense fez duras
críticas à postura de Fernanda no extra campo.
“Nós a cortamos por que ela não seguiu as nossas
regras. Começou a se expor, a usar a arbitragem para aparecer”,
afirmou o dirigente e foi ainda mais além.
“Preferiu ser modelo. Ela queria ser a tal”,
disparou o rancoroso Delfim.
Com o cuidado de esclarecer que a decisão foi
tomada em concordância pela federação e a comissão de arbitragem, o
dirigente procurou enfatizar que o problema de Fernanda é um caso
isolado em sua federação.
“Temos 20 meninas no nosso quadro de
arbitragem e todas respeitam as nossas regras”, esclareceu o
presidente.
“Para mim, árbitro e árbitra são figuras
públicas e precisam ter uma conduta pública digna com a função que
exercem”, explicou o dirigente.
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Musa Fernanda Colombo mergulhada no olho do furacão |
Questionado se havia sido procurado por Evandro
Carvalho, ou por alguém da FPF, Delfim disse que ninguém entrou em
contato com ele e apontou um bode expiatório.
“Acredito que Marco Martins, presidente da
Anaf (Associação Nacional dos Árbitros de Futebol) tenha sido a
ponte. Ele é catarinense e sabia da situação dela (Fernanda), de que
teria de procurar outra federação para atuar” - encerrou Delfim
Peixoto.
Antes, em entrevista ao site da ESPN, Delfim
Peixoto, deu outros motivos para ter demitido Fernanda Colombo.
“Não tinha mais motivo para ficar aqui. Ela
queria ser vedete, queria ser modelo. Eu disse, então, que ela não
trabalhava mais aqui. Falei para procurar outra federação. Na minha
não ficaria. Quero moças, sim, mas tem que ser profissional. Começou
a querer aparecer em tudo que é revista. Mostrar a coxa, mostrar a
bunda. Não é assim que funciona por aqui. Então, eu avisei ela e ela
foi embora”, explicou Delfim.