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22/10/2015
23:10hs |
Sérgio Corrêa: "Sem vídeo não dá
mais para árbitros" |
Chefe da arbitragem brasileira
defende tecnologia no futebol |
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O erro do árbitro Leandro Pedro
Vuaden, que marcou pênalti inexistente para o Palmeiras contra o
Fluminense, na vitória por 2 a 1 do tricolor no jogo de ida da
semifinal da Copa do Brasil, gerou uma reação raivosa do presidente
Peter Siemsen, que comanda o clube das Laranjeiras. Após a partida o
dirigente declarou, transtornado, que o chefe da Comissão de
Arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa (foto), deveria renunciar.
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"Ele tem que se dignar a
renunciar, porque se ele não renunciar é uma vergonha. Hoje foi
escandaloso" - bradou Siemsen ainda na noite de quarta-feira.
Na manhã da ultima quinta-feira,
em entrevista ao Sportv, Corrêa não quis polemizar e disse que respeita
a opinião de Peter Siemsen, presidente do Fluminense. O dirigente ainda
destacou a anulação correta por impedimento, em
lance milimétrico, de um gol do Palmeiras. Corrêa disse também que sem
tecnologia o trabalho dos árbitros está se tornando impossível. E
acrescentou que só Jesus Cristo seria capaz de solucionar o problema.
"Respeitamos a opinião do
presidente do Fluminense. Nosso trabalho tem sido feito e os
investimentos também. Assim como as equipes trabalham. Chegamos num
ponto no futebol que um detalhe coloca tudo como péssimo. Tivemos um
gol muito bem anulado, mas milimetricamente. Então, sem o árbitro ter
vídeo (para auxiliá-lo), não tem mais jeito. Sem o vídeo não tem mais
como, só com Jesus. Futebol está muito veloz e o ser humano que está
ali já não tem mais condições para superar isso" - disse Sérgio
Corrêa em entrevista ao SporTV.
Sérgio Corrêa revelou que o
Brasil está buscando uma autorização especial para fazer experiência
com tecnologia de imagens nas partidas de futebol.
O chefe nacional de arbitragem
ainda explicou:
"O futebol está muito veloz,
a tecnologia chegou muito rápido. O ser humano que está ali não tem
mais condições de decidir com a precisão que as pessoas esperam e
querem - disse. - Chegamos em um ponto no futebol em que um detalhe
está sendo jogado como o geral, como se fosse tudo péssimo ou ruim.
Temos 1.500 partidas no ano. Entendemos a revolta em relação a uma
decisão ou outra. Tivemos um gol anulado, bem anulado,
milimetricamente falando. É um ponto positivo para o assistente" -
destacou também Corrêa.
Ofensas
Na súmula do jogo Vuaden relatou
ofensas proferidas pelo presidente do Fluminense, Peter Siemsen, e
pelo vice-presidente de futebol do clube, Mario Bittencourt. Segundo o
árbitro, ele escutou de Siemsen os xingamentos de "safado, ladrão,
pilantra e fazedor de resultados". O dirigente tricolor o acusou,
ainda de acordo com a súmula, de apitar "para os ricos".
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O árbitro Leandro Vuaden (ao centro)
faz cara feia ao deixar o campo de jogo de Fluminense x
Palmeiras, no Maracanã: pênalti mal marcado para o
Verdão Foto: Marcelo Theobald / Agência O Globo |
De Bittencourt, Vuaden relatou ter ouvido:
"Safado, ladrão, filho da p..., você veio f... o Fluminense".
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