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Árbitro da final de 1993 entre Corinthians e Palmeiras disse que não teve nada de anormal

"Fui um pouco complacente", diz José Aparecido, árbitro da polêmica decisão de 93 entre Corinthians e Palmeiras

23/10/2010 - O clássico disputado neste domingo (24) entre Corinthians e Palmeiras reacendeu diversas polêmicas, como a comemoração de Viola imitando um porco, ou a cobrança de pênalti de Marcelinho Carioca defendida por Marcos. Mas, quando o assunto é arbitragem, ninguém é mais lembrado pelos torcedores corintianos do que José Aparecido de Oliveira, o árbitro da partida entre os rivais na finalíssima do Campeonato Paulista de 1993.

A partida terminou em 4 a 0 para o Palmeiras. Mas, naquele jogo, o árbitro expulsou um jogador do time vencedor - o zagueiro Tonhão- e três jogadores do Corinthians: o goleiro Ronaldo e os zagueiros Henrique e Ricardo. A atuação de Zé Aparecido é questionada até hoje por muitos torcedores do Alvinegro paulista. O árbitro se defende, mas admite que foi "complacente" .

- Minha arbitragem não teve nada de anormal. Eu fui um pouco complacente. Se você olhar o jogo hoje e se levar ao pé da letra as regras, a partida não teria acabado.

Árbitro da final de 1993 sabe que sempre será lembrado quando o assunto for Corinthians, Palmeiras e a final do Paulista daquele ano
Quanto às acusações de que teria sido "comprado" pela Parmalat, empresa patrocinadora do Palmeiras na época, José Aparecido se defendeu e exaltou o elenco da equipe.

- O Palmeiras foi campeão Paulista em 1993 e 1994. Foi campeão Brasileiro em 1993 e 1994. Time bom não tem jeito. O problema foi que calhou de aquela final ser justamente contra o rival Corinthians.

Mesmo que a memória do torcedor corintiano seja forte, José Aparecido diz que não é cobrado tanto. Apenas por alguns torcedores mais exaltados.

- Aqueles mais fanáticos, mais ignorantes me xingam, falam que roubei. Mas são casos de pessoas que não conseguem discutir política, religião, muito menos futebol.

José Aparecido tem a imagem ligada ao clássico entre os rivais paulistas e diz que sempre será lembrado, assim como outros árbitros famosos por polêmicas em partidas decisivas

- Não tenho como calar a boca das pessoas. Isso não vai mudar nunca. É igual o Armando Marques e o Dulcídio Wanderley Boschilla.

A reportagem do R7 também perguntou para o ex-árbitro para qual time torcia. Político, fugiu da pergunta.

- Quando jovem torcia para o Atlético de Taquaritinga. Hoje torço para quem joga um bom futebol. Se o Corinthians jogar um bom futebol eu torço para o Corinthians.

Fonte: Vinicius Rodrigues, estagiário do R7


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