janeiro de 2014. A
nova presidente é assistente de arbitragem e esposa do também árbitro
Cesar Vieira.
Por estar há muito
tempo na arbitragem, já tinha ouvido um pouco das historias do Becão,
mas no final de 2011, ao participar do 30º Congresso da Anaf em Santa
Catarina, tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente e de entrevista-lo.
Acompanhe abaixo o
nosso bate papo que se passou no último dia do Congresso e minutos
antes do seu retorno para Rondônia.
1 – A minha primeira pergunta não poderia ser outra.
Porque Becão?
Becão:
Na minha juventude, eu trabalhava no 5° batalhão de engenharia e
construção, que era chamado de 5º beque. Depois, joguei no Moto Clube
e no Ferroviário como zagueiro central, chamado também como beque,
então ficou o apelido “Becão”.
2 – Como e quando surgiu a arbitragem na sua vida?
R: Naquela época
(1968), nos campeonatos varzeanos e nos de amadores, não tínhamos bons
árbitros. Então, surgiu a oportunidade, eu estava no campo da Brigada
para assistir a partida entre Califa e Fortaleza valendo pelo
campeonato perna de pau, ninguém queria apitar a partida por causa da
rivalidade que era muito grande. Quando me perguntaram se eu queria
apitar a partida, eu topei de imediato, modéstia a parte, fui muito
bem na partida e peguei gosto pela arbitragem. E assim foi durante
vários anos, porém faltava algo e eu queria ir mais além, então em
1984 decidi fazer o curso na Federação, passei nos testes e passei
então a trabalhar também no profissional sem deixar de lado o amador.
3 – Você pertenceu ao quadro de árbitros da CBF?
Becão:
Fui árbitro do quadro da CBF durante cinco anos, de 1997 a 2001 quando
sai devido a idade limite (45 anos).
4 – Qual foi a partida mais importante da sua carreira?
Becão:
Todas as partidas para mim foram importantes, mas posso citar algumas
como: Fluminense e América/RN, Rio Branco e Atlético Mineiro. Um jogo
muito importante também foi quando o Fluminense foi jogar na minha
cidade, Palmares e eu apitei. Atuei em varias partidas importante pela
“Copão da Amazônia”, atuei no Pará, Roraima, na região norte, atuei
praticamente em todos os Estados.
5 – Uma decisão dentro do campo como árbitro que se
pudesse não faria ou voltaria atrás?
Becão:
Em 1982, teve uma partida decisiva entre Flamengo e Pato Branco de
Vilhena em Porto Velho, o Flamengo jogava pelo empate e o cronômetro
marcava 45 minutos do segundo tempo, eu olhei o relógio e já ia acabar
a partida quando houve uma falta para a equipe do Pato Branco, decidi
deixar concluir a jogada para encerrar a partida, e como acréscimo não
consagra nenhum árbitro, aos 47 minutos a bola foi lançada para a área
e um atleta baixinho numa rara felicidade concluiu a jogada marcando o
gol que deu o titulo daquele ano ao Pato Branco. Até hoje, os
torcedores do Flamengo não esqueceram e pegam no meu pé.
6 – Em que ano você parou de apitar?
Becão:
Em 1997 eu tive um problema político com a Federação, foi numa partida
amistosa entre Vasco da Gama e Palmares em Porto Velho. Na época eu
era presidente da associação dos árbitros e árbitro assistente naquela
partida. Nessa partida, o quarto árbitro (Almir Belarmino) se envolveu
com um diretor da Federação e tentou colocá-lo para fora do campo de
jogo devido a ele não estar relacionado. Como a partida era amistosa,
tinham varias pessoas em campo, como o presidente da Federação, o
Prefeito entre outros. Na hora de retirar essas pessoas e fazer a
limpeza aos redores do campo, o diretor da Federação se negou a sair
arrumando um grande problema. Coincidentemente, o diretor era coronel
do exercito e o quarto árbitro cabo da PM o que gerou um grande
confronto de patentes. Como o árbitro daquela partida não foi bem numa
partida tumultuada expulsando Valdir e Jorge Luiz que eram ídolos do
Vasco da Gama, sobrou tudo para a arbitragem. O diretor da Federação
invadiu o campo, aprontou um grande tumulto dando policiamento e o
presidente da Federação desceu da tribuna de honra para retirar seu
diretor de campo quando a torcida que estava revoltada mandou
laranjadas na orelha do presidente deixando-o chateado com tudo
aquilo. No outro dia, o presidente se reuniu com os seus diretores na
Federação e me afastou do quadro da CBF juntamente com Almir Berlamino
e Francisco Luz que era o árbitro central daquela partida. Ai, fiquei
chateado e me afastei até 2003 quanto voltei só parando em 2009, desta
vez, em definitivo.
7 – E os outros que foram punidos, o que aconteceu
depois da punição?
Becão:
Voltou! Esse foi um episodio engraçado, no mesmo ano em fomos
afastados, teve teste para o quadro nacional e o diretor da CEAF local
na época, seu Jaime, disse que eu não iria fazer o teste, mas como a
relação vinha da CBF, o instrutor fez a chamada nominal e meu nome
constava da relação. Neste momento o dirigente da Ceaf disse que eu
não iria fazer os testes por estar afastado pela Federação, o
instrutor da CBF que era sargento da Base aérea que veio realizar os
testes, falou que eu iria fazer por estar relacionado e que ele não
tinha nenhuma informação em contrario. Passado 15 dias, veio o
resultado e eu fui aprovado e convocado para fazer avaliação na Granja
Comary no Rio de Janeiro e já escalado na partida Botafogo/RJ e
Santos/SP. Pela primeira vez, um árbitro de Rondônia iria trabalhar no
Maracanã, o que era um sonho meu também e de repente o presidente da
Ceaf tirou do Fax da CBF o meu nome e do outro assistente, Osvaldo
Cazuza e colocou o nome do Almir Berlamino para ir pro Rio de Janeiro.
O engraçado é que o Berlamino que fez todo o tumulto na partida em que
fomos punidos, já tinha feito as pazes com os dirigentes e estava
trabalhando no Estadual. Eu fui pra imprensa, reclamei, mas foi no
tempo em que o Ivens Mendes estava saindo e o Armando Marques estava
entrando, expliquei pra ele o acontecido mas não deu em nada e eu
acabei sendo prejudicado na minha carreira.
8 – Você entrou para o Sindicato quando parou ou já
fazia parte antes?
Becão:
Antes de parar, eu fui um dos fundadores da Associação que veio antes
do Sindicato. Em 2006 eu concorri e fui eleito até o final de 2008,
fui reeleito em 2009 até o final de 2011 onde saio agora com o dever
cumprido.
9 – Vai tentar a reeleição novamente?
Becão:
Não! Apesar de alguns quererem isso, não sou candidato e não tenho
nenhuma chapa lançada. Estou largando a arbitragem de vez, tenho
outros projetos para o futuro, quero voltar a ser treinador de
futebol. Função que já atuei sendo treinador de escolinha, treinador
profissional onde treinei o Cruzeiro, parando para me dedicar a
arbitragem. Agora vou fazer o caminho inverso pois não da para ser
treinador estando participando da arbitragem. Estou muito convicto de
que quero voltar a ser treinador e por isso vou deixar a arbitragem.
10 – Esse é o único motivo da sua saída da arbitragem?
Becão:
Olha! Tem outro motivo que contribuiu bastante para essa decisão. Eu
como dirigente da arbitragem estou de mãos amarradas, não posso fazer
uma renovação no quadro. O pessoal que trabalha na CEAF não ajuda na
renovação, eles tem medo de lançar os garotos e se esse jovem árbitro
cometer um erro, eles afastam sem dar uma segunda oportunidade e o
erro, apesar de ninguém querer cometê-los, é o que nos ensina a
trabalhar na arbitragem.
11 – Já tem candidato e você apóia alguém para
sucede-lo no Sindicato?
Becão:
Temos candidatos sim, se trata da Maria Antonia, ela esta concorrendo
as eleições com o seu vice Almir Belarmino que é ex-arbitro e
presidente da CEAF que vem tentando dar oportunidades aos árbitros
novos diferentemente do ex-presidente que não dava. No estado tem
muitos árbitros jovens e de boa qualidade, o que falta é o trabalho de
buscá-los e dar a eles as oportunidades. É que nem um atleta de
futebol, você vê um atleta bom e vai buscá-lo para lapidar e lançar no
cenário.
12 – Sendo assim, em 2012 Rondônia volta a ter o Becão
como treinador?
Becão:
Com certeza! Volto inicialmente na escolinha, tenho um filho que joga
no Bragantino e ele me dará apoio para montar minha escolinha em Porto
velho.
13 – Você, foi árbitro, dirigente sindical e treinador
de futebol, tem uma filha árbitra (Márcia Lopes Caetano) e um filho
jogador de futebol (Junior Lopes - Lourival
Junior de Araújo Lopes) atualmente no bragantino. Tem mais
alguém ligado ao esporte nesta família?
Becão:
Eu tenho vinte sobrinhos, dez deles jogam em equipes profissionais e
outros dois filhos, além do Junior Lopes que também são atletas
profissionais atuando no Estado.
14 – A sua filha, foi assistente de uma partida onde o
seu filho atuou, houve um lance irregular onde terminou em gol
favorecendo a equipe do seu filho validado pela sua filha. O que achou
do lance?
|
Becão:
É complicado, mas é o que eu digo, toda a reclamação foi só pelo
fato do erro e erros não podem acontecer. O lance foi muito
rápido e complicado, se a bola fosse direta e o atleta tivesse
feito o gol, não haveria problema, seria gol normal, mas houve o
desvio e ela não percebeu esse segundo toque. Mesmo assim, se
fosse uma partida onde não houvesse um parentesco entre a
assistente e um atleta dentro de campo, não teria havido tanta
reclamação, passaria normal e não achariam que ela não tem
profissionalismo e segurança. Mas é ao contrario, ela é uma
menina centrada e muito dedicada e o erro poderia ter acontecido
com qualquer outro assistente. |
Márcia Lopes
Caetano |
Junior
Lopes |
Obs.
A assistente Márcia Lopes Caetano e o atleta do Bragantino Junior
Lopes são irmãos por parte de pai que
separou da mãe da Márcia a mais de trinta anos com quem teve
outros três filhos. Junior Lopes é filho único do atual casamento, até
aí tudo normal, se não fosse o caso da assistente ter trabalhado em
2011 na partida em que o Bragantino venceu o Náutico, por 2 a 1, em
Bragança Paulista, pela 23ª rodada do Brasileiro da Série B. Nesta
partida, Junior Lopes atuou como zagueiro, sua posição e sua irmã
bandeirou o ataque do Bragantino no primeiro tempo, quando foram
anotados os dois gols do time da casa. No primeiro, assinalado por Léo
Jaime, os dirigentes do Náutico nada questionam, mas no segundo houve
a reclamação. De acordo com os dirigentes pernambucanos, Lincom
estaria em posição de impedimento no momento em que coloca a bola
dentro do gol. A auxiliar, porém, validou o gol. A imprensa
pernambucana denunciou a assistente como irmã do zagueiro do
Bragantino. O jogador, tratou de confirmar a informação e confirmou
que a CBF tinha o conhecimento do parentesco dele e da assistente.
Márcia também atuou
em 2010, também pela Série B, na goleada do Bragantino, por 4 a 0,
sobre o Brasiliense, em plena Boca do Jacaré, em Brasília. Além disso,
Júnior Lopes foi o autor de um dos gols do Bragantino na ocasião.
Mesmo após as explicações, a assistente foi suspensa e passou por um
período de reciclagem.
15 – Ela sofreu muito assedio da imprensa na ocasião?
Becão:
Com certeza! A imprensa toda foi em cima, queriam entrevista-la de
todo jeito e ela se esquivou como pode, mas é o papel da imprensa, ela
quer detalhes e o árbitro só fica em evidencia quando tem o erro, no
acerto, ninguém fala nada.
16 – Fiquei sabendo uma historia maluca que em certa
ocasião de sua vida, você já foi trabalhador escravo. É verdade? Conta
como foi.
Becão:
É verdade! Foi uma aventura. Foi em 1968, eu tinha apenas 25 anos de
idade e nessa idade, a gente acredita em tudo. Eu e meu primo Rivaldo
ficamos sabendo que em Ji-Paraná estavam ganhando muito dinheiro com
derrubadas e fomos para lá, fomos então contratados por um gato (quem
contrata os trabalhadores) para com outros companheiros realizar uma
derrubada de mato na fazenda Castanhal. Fomos para a fazenda de
teco-teco (avião), na chegada já estranhei porque fomos revistados por
homens armados. Fizemos a derrubada, depois que terminamos, colocaram
a gente para carpir café e arrancar toco do campo de aviação que tinha
na fazenda e não deixaram nós sairmos da fazenda, pois o único meio de
sair da fazenda era através do avião, então nos tornamos escravos
brancos sempre vigiados por homens com papo amarelo (espingarda
rifle).
Um dia, já de saco
cheio, me evoquei, achei que o feijão estava duro e joguei a comida no
chão, segundos depois me arrependi do que fiz. Um jagunço colocou o
rifle na minha orelha e me obrigou a pegar o feijão com a terra e
comer todinho. Quando assisti o filme “Tropa de Elite” a cena da
comida me pareceu muito familiar.
Como não permitiam
que fossemos embora, sem o avião, a única saída era a fuga, foi ai que
eu, meu primo e outros dois companheiros planejamos a fuga. Nosso
primeiro problema era um rio de cinqüenta metros que tínhamos que
atravessar. Uma noite antes da fuga, enquanto nós despistávamos os
jagunços, um dos companheiros fugiu, foi no rio e preparou uma
balsinha com folhas e troncos de bananeira para colocarmos o galo
(roupas) em cima para cruzar o rio. Nosso segundo problema era um
jagunço que ficava dentro do barracão, as quatro horas da madrugada do
dia seguinte, um dos companheiros passou por uma tabua que já havíamos
soltado do barracão, deu a volta por fora e dominou o jagunço,
deixamos então ele amarrado, pegamos a arma dele e começamos a fuga
jogando a arma no mato pois ela não teria serventia, lá na frente,
tinha outros jagunços armados e nenhum de nós tinha pratica do uso de
armas. Usando do elemento surpresa, conseguimos dominar os outros
jagunços e também deixamos amarrados e finalmente chegamos no rio.
Pegamos a balsinha e começamos a cruzá-lo, mas quando estávamos na
metade, escutamos vários disparos em nossa direção, era só bala que
cantava nos nossos ouvidos. Fomos obrigado a largar da balsinha e sair
no nado desesperado pois os jagunços pegaram um barco com motor e
vieram atrás de nós. Por infelicidade, um de nossos companheiros não
sabia nadar, ele foi arrastado pelo rio abaixo, nunca mais ouvimos
falar dele, provavelmente morreu na cachoeira que tinha poucos metros
rio abaixo. Já eu, meu primo e o companheiro que sobrou conseguimos
chegar na margem e correr até amanhecer o dia pelo picadão no meio da
floresta.
Ai começou o nosso
terceiro problema, ficamos perdidos no meio da floresta comendo só
orelha de pau e castanha. Depois de vinte dias vagando sem achar saída
da floresta, conseguimos finalmente chegar a civilização, fomos sair
em Espigão do Oeste e depois voltamos para Ji-Paraná onde a minha mãe
morava naquela época. Dias depois voltei para Porto Velho e nunca mais
quis saber de derrubadas.
17 – Que experiência, hein!
Becão:
Isso é coisa da vida, as pessoas que vivem isso é destemida, é
que nem árbitro de futebol. A pessoa para ser árbitro de futebol tem
que ser destemida, tem que respeitar e se fazer respeitar, o contrário
do praticado hoje em dia quando os árbitros deixam os tomarem conta
deles. Não fazem como antigamente, na época de José Roberto Wright,
Dulcídio
Wanderley
Boschilia,
Antonio Pereira e Arnaldo Cezar Coelho. Eles eram árbitros que faziam
acontecer, ou respeitava ou saia do jogo e naquele tempo tinha só fera
como Zico, Serginho Chulapa, Roberto Dinamite, Nunes entre outros.
Eram árbitros destemido mesmo, entendeu!
18 – Vamos falar do momento, o que achou do congresso
da Anaf, qual foi a impressão ficou?
Becão:
Foi uma
satisfação
muito grande participar pela terceira e ultima vez deste evento, a
organização foi total, Marco Martins esta de parabéns a frente da Anaf
juntamente com sua diretoria que estão fazendo um trabalho muito bom
até então, dando exemplo com a prestação de contas de forma antecipada
o que fará com que a Anaf cresça cada vez mais.
19 – Já conhecia o presidente Marco Martins?
Becão:
Conhecia de vista nos nossos encontros anteriores, sempre foi uma
pessoa que questionava aquilo que julgava estar errado. Também
conhecia o diretor tesoureiro, Salmo Valentim que é outro que
questiona muito, é destemido, direto com as palavras e com certeza
contribuirá muito para o engrandecimento da Anaf.
20 – Para terminar, tenho uma curiosidade: Quanto ganha
hoje um árbitro para apitar a partida mais importante em Rondônia?
Becão:
O estado é pobre, futebolisticamente falando é mais pobre ainda e na
arbitragem não poderia ser diferente. Neste ano, o quarteto recebeu
oitocentos reais por partida, para ser dividida entre todos da
seguinte forma: trezentos reais para o árbitro central, duzentos para
cada assistente e cem reais para o quarto árbitro. Além disso é pago
uma diária no valor de cem reais para cada árbitro.
21 – Quer deixar uma mensagem final?
Becão:
Primeiramente quero agradecer a diretoria da Anaf e
pedir aos árbitros que confiem que seu presidente, ele fará um grande
trabalho. Também quero dizer que espero fazer um grande trabalho e
contribuir para o crescimento futebolístico do estado e principalmente
na capital, eu sempre digo que o que falta em Rondônia é treinador,
jogadores nós temos. Falta um trabalho mais profissional, que tenha
mais respeito pelo nosso estado e que vá para lá para trabalhar em
busca de títulos. Os treinadores que vão para lá não estão mostrando
até o momento nenhum tipo de trabalho novo, de renovação e que possa
ser seguido. O futebol de Rondônia sempre foi dominado pelas equipes
do interior, o Ji-Paraná já conquistou nove títulos, a Ulbra
conquistou três, Cacoal, Vilhena e Ariquemes tem duas conquista cada
um e a Capital tem apenas um titulo conquistado pelo CFA em 2002.
Nota do Editor: Poucas vezes tive tanto prazer
em conversar com uma pessoa e posso afirmar sem medo de errar que
Lourival Domingos Lopes é uma pessoa do bem. Simples, sempre alegre e
solicito com todos, concedeu essa entrevista minutos antes de embarcar
de volta para Porto Velho, cidade onde reside. Agradeço ao Becão pela
gentileza, educação e carinho dispensado nos poucos momentos que
passamos juntos, desde o momento que desembarcamos no aeroporto de
Florianópolis, até o final desta entrevista quando o mesmo seguiu sua
viagem de volta.
Obs 1.
A cabo da PM e professora de educação física Márcia Lopes Caetano tem
37 anos, deixou o quadro da FIFA passando a compor o quadro especial
da CBF, ela é casada com o ex-árbitro, sargento da PM, vice-presidente
do sindicato e membro da comissão de arbitragem de Rondônia, Almir
Caetano Belarmino.
Obs 2.
Não conseguimos um contato com Becão para atualizar a entrevista,
por esse motivo, não podemos informar se o mesmo esta desempenhando a
carreira de treinador como afirmou que faria na entrevista.
Obs 3.
Também enviamos e-mail ao seu genro Almir Belarmino solicitando
contato ou informações sobre o Becão. Lamentavelmente o mesmo não
respondeu o e-mail e em vez disso, fica mandando e-mail com correntes
e orações para a caixa de e-mails do apitonacional que é
exclusivamente para receber noticias e informações de árbitros.