Becão: Misto de árbitro-treinador corre de jagunços para encontrar abrigo no apito

Ele fugiu de jagunços, esta no segundo casamento, tem um filho jogador do Bragantino e uma filha árbitra de futebol

09/03/2012 - Quando no eixo norte/nordeste o nome Lourival Domingos Lopes é mencionado, alguns podem até dizer que não conhecem, porém quando é revelado o apelido pelo qual ele é conhecido, todos sabem de imediato de quem se trata. Lourival Domingos Lopes o popular “Becão” é uma lenda viva para aquelas bandas do país, principalmente no estado de Rondônia onde ele nasceu e vive até os dias de hoje.

Em junho de 2011, Becão que mede 1,90 e aos 68 anos de idade chorou na tribuna da Câmara Municipal de Porto Velho, ao agradecer a Moção de Aplauso que acabara de receber, das mãos do vereador Eduardo Rodrigues (PV), presidente do Poder Legislativo e autor da proposição que fora aprovado por unanimidade pelos demais vereadores.

- Essa é a minha primeira indicação de Moção de Aplauso e o meu indicado é  o Becão. Faço isso como reconhecimento ao seu trabalho de décadas em favor do esporte em Porto Velho e em Rondônia, declarou Eduardo Rodrigues, da Tribuna, ao saldar o homenageado.

Até dezembro de 2011, ele presidiu o Sindicato dos Árbitros de Rondônia (Sindafer), Maria Antonia, venceu as eleições e desde 15 de janeiro deste ano comanda o Sindafer onde deverá permanecer até

janeiro de 2014. A nova presidente é assistente de arbitragem e esposa do também árbitro Cesar Vieira.

Por estar há muito tempo na arbitragem, já tinha ouvido um pouco das historias do Becão, mas no final de 2011, ao participar do 30º Congresso da Anaf em Santa Catarina, tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente e de entrevista-lo.

Acompanhe abaixo o nosso bate papo que se passou no último dia do Congresso e minutos antes do seu retorno para Rondônia.

1 – A minha primeira pergunta não poderia ser outra. Porque Becão?

Becão: Na minha juventude, eu trabalhava no 5° batalhão de engenharia e construção, que era chamado de 5º beque. Depois, joguei no Moto Clube e no Ferroviário como zagueiro central, chamado também como beque, então ficou o apelido “Becão”.

2 – Como e quando surgiu a arbitragem na sua vida?

R: Naquela época (1968), nos campeonatos varzeanos e nos de amadores, não tínhamos bons árbitros. Então, surgiu a oportunidade, eu estava no campo da Brigada para assistir a partida entre Califa e Fortaleza valendo pelo campeonato perna de pau, ninguém queria apitar a partida por causa da rivalidade que era muito grande. Quando me perguntaram se eu queria apitar a partida, eu topei de imediato, modéstia a parte, fui muito bem na partida e peguei gosto pela arbitragem. E assim foi durante vários anos, porém faltava algo e eu queria ir mais além, então em 1984 decidi fazer o curso na Federação, passei nos testes e passei então a trabalhar também no profissional sem deixar de lado o amador.

Publicidade

 

3 – Você pertenceu ao quadro de árbitros da CBF?

Becão: Fui árbitro do quadro da CBF durante cinco anos, de 1997 a 2001 quando sai devido a idade limite (45 anos).

4 – Qual foi a partida mais importante da sua carreira?

Becão: Todas as partidas para mim foram importantes, mas posso citar algumas como: Fluminense e América/RN, Rio Branco e Atlético Mineiro. Um jogo muito importante também foi quando o Fluminense foi jogar na minha cidade, Palmares e eu apitei. Atuei em varias partidas importante pela “Copão da Amazônia”, atuei no Pará, Roraima, na região norte, atuei praticamente em todos os Estados.

5 – Uma decisão dentro do campo como árbitro que se pudesse não faria ou voltaria atrás?

Becão: Em 1982, teve uma partida decisiva entre Flamengo e Pato Branco de Vilhena em Porto Velho, o Flamengo jogava pelo empate e o cronômetro marcava 45 minutos do segundo tempo, eu olhei o relógio e já ia acabar a partida quando houve uma falta para a equipe do Pato Branco, decidi deixar concluir a jogada para encerrar a partida, e como acréscimo não consagra nenhum árbitro, aos 47 minutos a bola foi lançada para a área e um atleta baixinho numa rara felicidade concluiu a jogada marcando o gol que deu o titulo daquele ano ao Pato Branco. Até hoje, os torcedores do Flamengo não esqueceram e pegam no meu pé.

6 – Em que ano você parou de apitar?

Becão: Em 1997 eu tive um problema político com a Federação, foi numa partida amistosa entre Vasco da Gama e Palmares em Porto Velho. Na época eu era presidente da associação dos árbitros e árbitro assistente naquela partida. Nessa partida, o quarto árbitro (Almir Belarmino) se envolveu com um diretor da Federação e tentou colocá-lo para fora do campo de jogo devido a ele não estar relacionado. Como a partida era amistosa, tinham varias pessoas em campo, como o presidente da Federação, o Prefeito entre outros. Na hora de retirar essas pessoas e fazer a limpeza aos redores do campo, o diretor da Federação se negou a sair arrumando um grande problema. Coincidentemente, o diretor era coronel do exercito e o quarto árbitro cabo da PM o que gerou um grande confronto de patentes. Como o árbitro daquela partida não foi bem numa partida tumultuada expulsando Valdir e Jorge Luiz que eram ídolos do Vasco da Gama, sobrou tudo para a arbitragem. O diretor da Federação invadiu o campo, aprontou um grande tumulto dando policiamento e o presidente da Federação desceu da tribuna de honra para retirar seu diretor de campo quando a torcida que estava revoltada mandou laranjadas na orelha do presidente deixando-o chateado com tudo aquilo. No outro dia, o presidente se reuniu com os seus diretores na Federação e me afastou do quadro da CBF juntamente com Almir Berlamino e Francisco Luz que era o árbitro central daquela partida. Ai, fiquei chateado e me afastei até 2003 quanto voltei só parando em 2009, desta vez, em definitivo.

7 – E os outros que foram punidos, o que aconteceu depois da punição?

Becão: Voltou! Esse foi um episodio engraçado, no mesmo ano em fomos afastados, teve teste para o quadro nacional e o diretor da CEAF local na época, seu Jaime, disse que eu não iria fazer o teste, mas como a relação vinha da CBF, o instrutor fez a chamada nominal e meu nome constava da relação. Neste momento o dirigente da Ceaf disse que eu não iria fazer os testes por estar afastado pela Federação, o instrutor da CBF que era sargento da Base aérea que veio realizar os testes, falou que eu iria fazer por estar relacionado e que ele não tinha nenhuma informação em contrario. Passado 15 dias, veio o resultado e eu fui aprovado e convocado para fazer avaliação na Granja Comary no Rio de Janeiro e já escalado na partida Botafogo/RJ e Santos/SP. Pela primeira vez, um árbitro de Rondônia iria trabalhar no Maracanã, o que era um sonho meu também e de repente o presidente da Ceaf tirou do Fax da CBF o meu nome e do outro assistente, Osvaldo Cazuza e colocou o nome do Almir Berlamino para ir pro Rio de Janeiro. O engraçado é que o Berlamino que fez todo o tumulto na partida em que fomos punidos, já tinha feito as pazes com os dirigentes e estava trabalhando no Estadual. Eu fui pra imprensa, reclamei, mas foi no tempo em que o Ivens Mendes estava saindo e o Armando Marques estava entrando, expliquei pra ele o acontecido mas não deu em nada e eu acabei sendo prejudicado na minha carreira.

Publicidade
 

8 – Você entrou para o Sindicato quando parou ou já fazia parte antes?

Becão: Antes de parar, eu fui um dos fundadores da Associação que veio antes do Sindicato. Em 2006 eu concorri e fui eleito até o final de 2008, fui reeleito em 2009 até o final de 2011 onde saio agora com o dever cumprido.

9 – Vai tentar a reeleição novamente?

Becão: Não! Apesar de alguns quererem isso, não sou candidato e não tenho nenhuma chapa lançada. Estou largando a arbitragem de vez, tenho outros projetos para o futuro, quero voltar a ser treinador de futebol. Função que já atuei sendo treinador de escolinha, treinador profissional onde treinei o Cruzeiro, parando para me dedicar a arbitragem. Agora vou fazer o caminho inverso pois não da para ser treinador estando participando da arbitragem. Estou muito convicto de que quero voltar a ser treinador e por isso vou deixar a arbitragem.

10 – Esse é o único motivo da sua saída da arbitragem?

Becão: Olha! Tem outro motivo que contribuiu bastante para essa decisão. Eu como dirigente da arbitragem estou de mãos amarradas, não posso fazer uma renovação no quadro. O pessoal que trabalha na CEAF não ajuda na renovação, eles tem medo de lançar os garotos e se esse jovem árbitro cometer um erro, eles afastam sem dar uma segunda oportunidade e o erro, apesar de ninguém querer cometê-los, é o que nos ensina a trabalhar na arbitragem.

11 – Já tem candidato e você apóia alguém para sucede-lo no Sindicato?

Becão: Temos candidatos sim, se trata da Maria Antonia, ela esta concorrendo as eleições com o seu vice Almir Belarmino que é ex-arbitro e presidente da CEAF que vem tentando dar oportunidades aos árbitros novos diferentemente do ex-presidente que não dava. No estado tem muitos árbitros jovens e de boa qualidade, o que falta é o trabalho de buscá-los e dar a eles as oportunidades. É que nem um atleta de futebol, você vê um atleta bom e vai buscá-lo para lapidar e lançar no cenário.

12 – Sendo assim, em 2012 Rondônia volta a ter o Becão como treinador?

Becão: Com certeza! Volto inicialmente na escolinha, tenho um filho que joga no Bragantino e ele me dará apoio para montar minha escolinha em Porto velho.

13 – Você, foi árbitro, dirigente sindical e treinador de futebol, tem uma filha árbitra (Márcia Lopes Caetano) e um filho jogador de futebol (Junior Lopes - Lourival Junior de Araújo Lopes) atualmente no bragantino. Tem mais alguém ligado ao esporte nesta família?

Becão: Eu tenho vinte sobrinhos, dez deles jogam em equipes profissionais e outros dois filhos, além do Junior Lopes que também são atletas profissionais atuando no Estado.

14 – A sua filha, foi assistente de uma partida onde o seu filho atuou, houve um lance irregular onde terminou em gol favorecendo a equipe do seu filho validado pela sua filha. O que achou do lance?

Becão: É complicado, mas é o que eu digo, toda a reclamação foi só pelo fato do erro e erros não podem acontecer. O lance foi muito rápido e complicado, se a bola fosse direta e o atleta tivesse feito o gol, não haveria problema, seria gol normal, mas houve o desvio e ela não percebeu esse segundo toque. Mesmo assim, se fosse uma partida onde não houvesse um parentesco entre a assistente e um atleta dentro de campo, não teria havido tanta reclamação, passaria normal e não achariam que ela não tem profissionalismo e segurança. Mas é ao contrario, ela é uma menina centrada e muito dedicada e o erro poderia ter acontecido com qualquer outro assistente.

Márcia Lopes Caetano

 Junior Lopes

Obs. A assistente Márcia Lopes Caetano e o atleta do Bragantino Junior Lopes são irmãos por parte de pai que separou da mãe da Márcia a mais de trinta anos com quem teve outros três filhos. Junior Lopes é filho único do atual casamento, até aí tudo normal, se não fosse o caso da assistente ter trabalhado em 2011 na partida em que o Bragantino venceu o Náutico, por 2 a 1, em Bragança Paulista, pela 23ª rodada do Brasileiro da Série B. Nesta partida, Junior Lopes atuou como zagueiro, sua posição e sua irmã bandeirou o ataque do Bragantino no primeiro tempo, quando foram anotados os dois gols do time da casa. No primeiro, assinalado por Léo Jaime, os dirigentes do Náutico nada questionam, mas no segundo houve a reclamação. De acordo com os dirigentes pernambucanos, Lincom estaria em posição de impedimento no momento em que coloca a bola dentro do gol. A auxiliar, porém, validou o gol. A imprensa pernambucana denunciou a assistente como irmã do zagueiro do Bragantino. O jogador, tratou de confirmar a informação e confirmou que a CBF tinha o conhecimento do parentesco dele e da assistente.

Márcia também atuou em 2010, também pela Série B, na goleada do Bragantino, por 4 a 0, sobre o Brasiliense, em plena Boca do Jacaré, em Brasília. Além disso, Júnior Lopes foi o autor de um dos gols do Bragantino na ocasião. Mesmo após as explicações, a assistente foi suspensa e passou por um período de reciclagem.

15 – Ela sofreu muito assedio da imprensa na ocasião?

Becão: Com certeza! A imprensa toda foi em cima, queriam entrevista-la de todo jeito e ela se esquivou como pode, mas é o papel da imprensa, ela quer detalhes e o árbitro só fica em evidencia quando tem o erro, no acerto, ninguém fala nada.

16 – Fiquei sabendo uma historia maluca que em certa ocasião de sua vida, você já foi trabalhador escravo. É verdade? Conta como foi.

Becão: É verdade! Foi uma aventura. Foi em 1968, eu tinha apenas 25 anos de idade e nessa idade, a gente acredita em tudo. Eu e meu primo Rivaldo ficamos sabendo que em Ji-Paraná estavam ganhando muito dinheiro com derrubadas e fomos para lá, fomos então contratados por um gato (quem contrata os trabalhadores) para com outros companheiros realizar uma derrubada de mato na fazenda Castanhal. Fomos para a fazenda de teco-teco (avião), na chegada já estranhei porque fomos revistados por homens armados. Fizemos a derrubada, depois que terminamos, colocaram a gente para carpir café e arrancar toco do campo de aviação que tinha na fazenda e não deixaram nós sairmos da fazenda, pois o único meio de sair da fazenda era através do avião, então nos tornamos escravos brancos sempre vigiados por homens com papo amarelo (espingarda rifle).

Um dia, já de saco cheio, me evoquei, achei que o feijão estava duro e joguei a comida no chão, segundos depois me arrependi do que fiz. Um jagunço colocou o rifle na minha orelha e me obrigou a pegar o feijão com a terra e comer todinho. Quando assisti o filme “Tropa de Elite” a cena da comida me pareceu muito familiar.

Como não permitiam que fossemos embora, sem o avião, a única saída era a fuga, foi ai que eu, meu primo e outros dois companheiros planejamos a fuga. Nosso primeiro problema era um rio de cinqüenta metros que tínhamos que atravessar. Uma noite antes da fuga, enquanto nós despistávamos os jagunços, um dos companheiros fugiu, foi no rio e preparou uma balsinha com folhas e troncos de bananeira para colocarmos o galo (roupas) em cima para cruzar o rio. Nosso segundo problema era um jagunço que ficava dentro do barracão, as quatro horas da madrugada do dia seguinte, um dos companheiros passou por uma tabua que já havíamos soltado do barracão, deu a volta por fora e dominou o jagunço, deixamos então ele amarrado, pegamos a arma dele e começamos a fuga jogando a arma no mato pois ela não teria serventia, lá na frente, tinha outros jagunços armados e nenhum de nós tinha pratica do uso de armas. Usando do elemento surpresa, conseguimos dominar os outros jagunços e também deixamos amarrados e finalmente chegamos no rio. Pegamos a balsinha e começamos a cruzá-lo, mas quando estávamos na metade, escutamos vários disparos em nossa direção, era só bala que cantava nos nossos ouvidos. Fomos obrigado a largar da balsinha e sair no nado desesperado pois os jagunços pegaram um barco com motor e vieram atrás de nós. Por infelicidade, um de nossos companheiros não sabia nadar, ele foi arrastado pelo rio abaixo, nunca mais ouvimos falar dele, provavelmente morreu na cachoeira que tinha poucos metros rio abaixo. Já eu, meu primo e o companheiro que sobrou conseguimos chegar na margem e correr até amanhecer o dia pelo picadão no meio da floresta.

Ai começou o nosso terceiro problema, ficamos perdidos no meio da floresta comendo só orelha de pau e castanha. Depois de vinte dias vagando sem achar saída da floresta, conseguimos finalmente chegar a civilização, fomos sair em Espigão do Oeste e depois voltamos para Ji-Paraná onde a minha mãe morava naquela época. Dias depois voltei para Porto Velho e nunca mais quis saber de derrubadas.

Publicidade
 

17 – Que experiência, hein!

Becão: Isso é coisa da vida, as pessoas que vivem isso é destemida, é que nem árbitro de futebol. A pessoa para ser árbitro de futebol tem que ser destemida, tem que respeitar e se fazer respeitar, o contrário do praticado hoje em dia quando os árbitros deixam os tomarem conta deles. Não fazem como antigamente, na época de José Roberto Wright, Dulcídio Wanderley Boschilia, Antonio Pereira e Arnaldo Cezar Coelho. Eles eram árbitros que faziam acontecer, ou respeitava ou saia do jogo e naquele tempo tinha só fera como Zico, Serginho Chulapa, Roberto Dinamite, Nunes entre outros. Eram árbitros destemido mesmo, entendeu!

18 – Vamos falar do momento, o que achou do congresso da Anaf, qual foi a impressão ficou?

Becão: Foi uma satisfação muito grande participar pela terceira e ultima vez deste evento, a organização foi total, Marco Martins esta de parabéns a frente da Anaf juntamente com sua diretoria que estão fazendo um trabalho muito bom até então, dando exemplo com a prestação de contas de forma antecipada o que fará com que a Anaf cresça cada vez mais.

19 – Já conhecia o presidente Marco Martins?

Becão: Conhecia de vista nos nossos encontros anteriores, sempre foi uma pessoa que questionava aquilo que julgava estar errado. Também conhecia o diretor tesoureiro, Salmo Valentim que é outro que questiona muito, é destemido, direto com as palavras e com certeza contribuirá muito para o engrandecimento da Anaf.

20 – Para terminar, tenho uma curiosidade: Quanto ganha hoje um árbitro para apitar a partida mais importante em Rondônia?

Becão: O estado é pobre, futebolisticamente falando é mais pobre ainda e na arbitragem não poderia ser diferente. Neste ano, o quarteto recebeu oitocentos reais por partida, para ser dividida entre todos da seguinte forma: trezentos reais para o árbitro central, duzentos para cada assistente e cem reais para o quarto árbitro. Além disso é pago uma diária no valor de cem reais para cada árbitro.

21 – Quer deixar uma mensagem final?

Becão: Primeiramente quero agradecer a diretoria da Anaf e pedir aos árbitros que confiem que seu presidente, ele fará um grande trabalho. Também quero dizer que espero fazer um grande trabalho e contribuir para o crescimento futebolístico do estado e principalmente na capital, eu sempre digo que o que falta em Rondônia é treinador, jogadores nós temos. Falta um trabalho mais profissional, que tenha mais respeito pelo nosso estado e que vá para lá para trabalhar em busca de títulos. Os treinadores que vão para lá não estão mostrando até o momento nenhum tipo de trabalho novo, de renovação e que possa ser seguido. O futebol de Rondônia sempre foi dominado pelas equipes do interior, o Ji-Paraná já conquistou nove títulos, a Ulbra conquistou três, Cacoal, Vilhena e Ariquemes tem duas conquista cada um e a Capital tem apenas um titulo conquistado pelo CFA em 2002.

Nota do Editor: Poucas vezes tive tanto prazer em conversar com uma pessoa e posso afirmar sem medo de errar que Lourival Domingos Lopes é uma pessoa do bem. Simples, sempre alegre e solicito com todos, concedeu essa entrevista minutos antes de embarcar de volta para Porto Velho, cidade onde reside. Agradeço ao Becão pela gentileza, educação e carinho dispensado nos poucos momentos que passamos juntos, desde o momento que desembarcamos no aeroporto de Florianópolis, até o final desta entrevista quando o mesmo seguiu sua viagem de volta.

Obs 1. A cabo da PM e professora de educação física Márcia Lopes Caetano tem 37 anos, deixou o quadro da FIFA passando a compor o quadro especial da CBF, ela é casada com o ex-árbitro, sargento da PM, vice-presidente do sindicato e membro da comissão de arbitragem de Rondônia, Almir Caetano Belarmino.

Obs 2. Não conseguimos um contato com Becão para atualizar a entrevista, por esse motivo, não podemos informar se o mesmo esta desempenhando a carreira de treinador como afirmou que faria na entrevista.

Obs 3. Também enviamos e-mail ao seu genro Almir Belarmino solicitando contato ou informações sobre o Becão. Lamentavelmente o mesmo não respondeu o e-mail e em vez disso, fica mandando e-mail com correntes e orações para a caixa de e-mails do apitonacional  que é exclusivamente para receber noticias e informações de árbitros.

Envie esta página a um amigo!


Fechar

Publicidade

 

 

Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.

Copyright © 2009 -2011     www.apitonacional.com.br ® Todos os direitos reservados

Publicidade