conhecido como José de Assis "Aramengão".
25 anos
na arbitragem, cheia de confusões. Era acusado de ofender e perseguir jogadores.
Um deles, Nelsinho lateral do São Paulo na década de 80, recusou-se a voltar ao
campo para o segundo tempo de uma partida alegando que o juiz havia ameaçado de
expulsá-lo, sem motivo aparente.
Ficaram
famosas também suas brigas com a imprensa. Em 1987, durante uma das edições do
programa Mesa Redonda, da TV Gazeta, ameaçou bater no radialista Milton Neves,
da Jovem Pan de São Paulo. Desse episódio, a expressão mais leve usada por
Aragão para definir o jornalista foi “mau-caráter”. “Era um bom juiz, mas muito
arrogante e prepotente”, devolveu Milton Neves.
O
corpanzil de 1,87 que fez história na década de 80 conduzindo com mão-de-ferro
jogos no Morumbi e Maracanã, que muitos chamavam de Aragato ou
Aragalo (pois sempre favorecia o Atlético Mineiro), foi funcionário da
Prefeitura Municipal de São Paulo, trabalhou no Estádio do Pacaembu e foi afastado do cargo
por péssima administração, suspeita de corrupção, entre outras irregularidades. O caso foi abafado, na época, por
ingerência de Aldo Rebelo, que indicou o ex-árbitro para o cargo.
Foi presidente do Sindicato dos Árbitros do Estado de São Paulo e tentou, após pendurar o apito, ser treinador de futebol, mas morreu na praia
após ter treinado times como Serra Negra, Nacional e São José, além de ter sido
auxiliar-técnico na Portuguesa.
Encerrou a carreira em 1989, atualmente esta no segundo mandato de integrante do CNE-Conselho Nacional do
Esporte.
Aragão apitou três finais de Brasileiro sendo:
1987 - Flamengo 1 x 0 Internacional
1986 - Guarani 3 x 3 São Paulo
1980 - Flamengo 3 x 2 Atlético-MG
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