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 01/11/2019    15:32hs

Árbitro agredido por Guardas Municipais na Bahia faz BO, corpo de delito e vai acionar agressores na justiça

Francisco Neto, presidente da Associação de Árbitros do Estado da Bahia, foi agredido no campeonato municipal de Funcionários da Prefeitura de Salvador

Francisco Neto no CT do Bahia momentos antes da agressão - Foto: arquivo pessoal
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O presidente da Associação de Árbitros do Estado da Bahia (AEBA), José Francisco Nascimento Neto, foi agredido enquanto comandava a partida entre Seinfra e Saúde, pelo Campeonato dos Funcionários da Prefeitura de Salvador, no último sábado (26), no Centro de Treinamentos do Bahia (Fazendão). Ao Bahia Notícias, a vítima explicou o episódio e revelou que três atletas o espancaram.

"No momento de uma expulsão, ele colocou o dedo no meu rosto, pedi para que não tocasse em mim, mas tomei como surpresa um pontapé por trás, depois ele desferiu um soco em minha boca, e depois veio outro por trás e me deu uma rasteira. Caí no chão, o pessoal tentou separar, tentaram me chutar, mas não conseguiram. Acabei machucando meu cotovelo" - relatou o árbitro.

Ainda de acordo com o presidente da AEBA, a partida foi encerrada logo depois e a polícia foi acionada. A vítima e os agressores foram encaminhados para a delegacia:

"Um colega ligou para a polícia, algumas viaturas chegaram, e fomos encaminhados para a delegacia de Itinga, mas lá não havia delegado de plantão. Então, fomos encaminhados para a de Lauro de Freitas, que é Metropolitana, e fiz exame de corpo de delito" - informou Francisco.

Presidente da associação dos árbitros, Francisco Neto ainda faz um apelo e pede que os autores sejam responsabilizados por esse tipo de ato.

"São coisas do futebol, coisas corriqueiras que acontecem, e isso vem acontecendo com freqüência. Precisamos combater e responsabilizar os autores para que essas coisas não aconteçam mais com os profissionais da arbitragem" - salientou o dirigente.

Outro lado

Segundo postagem nas redes sociais de um dos supostos agressores, a diretoria do Sindseps (Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador) emitiu nota repudiando as informações do árbitro.

Segundo Edielson Santos, apontado no BO como um dos supostos agressores, a postura do árbitro foi equivocada em acusar colegas servidores municipais - de maneira generalizada e irresponsável - de tê-lo agredido.

Edielson diz ainda que as acusações são injustas e tem clara tentativa de vitimizar do árbitro perante à sociedade, buscando problematizar uma situação de ânimos exaltados durante uma competição esportiva.

Por fim, Edielson lamentou a conduta antiesportiva e antissocial do árbitro e diz que buscara defender a si e os colegas ofendidos fisicamente e em suas honras estabelecendo o contraditório e garantir a inocência dos acusados injustamente pelo árbitro.

O que ele disse

O Apitonacional procurou Francisco Neto que não só confirmou sua narrativa ao ‘Bahia Notícias’ como informou que Edielson Santos foi um dos agressores e que vai acionar os agressores na justiça comum.

O apito apurou ainda que os supostos agressores são da corporação da Guarda Municipal de Salvador e que a Polícia Militar enviou oito viaturas para conter os ânimos, quando três agressores foram identificados e encaminhados à delegacia.

BO
O Apitonacional teve acesso ao Boletim de Ocorrência por lesão corporal leve lavrado logo depois das agressões e registrado na 27 DT – Itinga – Lauro de Freitas. Segundo relato do Boletim de Ocorrências, Alex da Silva, Edielson dos Santos, Victor Lino e Solon Guimarães. Teriam agredido Francisco Neto durante uma partida de futebol com soco na boca e no cotovelo esquerdo causando lesões.

Segundo ainda o BO, o árbitro foi encaminhado para realizar exame de corpo de delito (Veja copia de parte do BO abaixo).

Audiência publica

A agressão ao presidente da Associação de Árbitros do Estado da Bahia (AEBA), motivou o vereador Toinho Carolino (Podemos) a convocar uma audiência pública, para o dia 28 de novembro, às 9hs, no Edifício Bahia Center, para tratar do tema.

”Os árbitros baianos realizam um trabalho sério e importante, é fundamental que sejam adotadas medidas rígidas para impedir novas agressões” - afirmou o Vereador, indignado ao saber da notícia.

“Em tempos que se clama pela paz nos estádios, é inadmissível que fatos como esse ocorram nos campos e quadras esportivas. O juiz deixou o local abalado com a violência dos jogadores, precisamos encontrar formas de proteção aos árbitros e desenvolver ações que valorizem a profissão. Me pergunto se o jogo fosse válido por um campeonato profissional, qual teria sido o desfecho” - questionou Carolino.

Com informações do Bahia Noticias

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