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 28/05/2018    18:22hs

Árbitro marca pênalti de gandula em partida do Campeonato Paulista

Lance que configura erro de direito e gerou enorme confusão foi marcado para equipe visitante após intervenção do gandula impedindo que bola entrasse no gol

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Quem achou que nada seria pior que a administração Marinho por longos dez anos frente à Comissão de Arbitragem da Federação Paulista de Futebol (FPF) estava completamente enganado. A atual administração do apito paulista, comandada pelo ex-árbitro Dionísio Roberto Domingos, vem se especializando em cometer lambanças e conseqüentemente conseguindo superar, em despreparo e má gestão, a comissão anterior. Se na era Cel. Marinho a arbitra Silvia Regina, FIFA na época e membro da atual comissão, validou um gol de gandula (veja abaixo), nesta, uma equipe inteira de arbitragem cometeu um erro de direito ao marcar penalidade em lance onde o gandula impediu um gol da equipe visitante.

 
Silvia Regina, que faz parte da atual comissão, valida gol de gandula em 2006

Erro, despreparo, falta de orientação técnica, falta de treinamentos ou falta de aptidão para a função? E de quem é a culpa? De quem escala ou dos escalados? Essas respostas só podem ser dadas por quem de direito, basta que analise o trabalho realizado, o custo beneficio e o objetivo para a arbitragem paulista que mais uma vez é vitima de chacotas por um erro absurdo.

Após os escândalos de assedio sexual e moral que abalou a antiga comissão em dezembro de 2015, sucedido de erros inadmissíveis como a escala de um árbitro apadrinhado suspenso pelo STJD, Marinho foi demitido e em seu lugar entrou o sisudo e carrasco Dionísio Domingos, temido pelos subalternos e de passado nada recomendado para comandar um departamento de arbitragem.

Como publicado pela Folha em outubro de 1995, o ex-árbitro Wilson Roberto Catani acusou Domingos de suposta participação em um “esquema” em partida da Série A2 do Campeonato Paulista e que o acordo só não teria saído porque o atual chefe dos árbitros paulistas teria pedido além da cota estabelecida. Na época, Dionísio negou a acusação (Leia).

Após assumir o Departamento de Arbitragem da FPF em janeiro de 2016, Dionísio tirou do caminho todos os seus desafetos e colocou em seus lugares aspones, bajuladores e subservientes incapazes de contrariar o todo poderoso para quem só dizem amem. Desde então, o setor de arbitragem da FPF vem fazendo lambanças em cima de lambanças, as quais este veículo de comunicação, sempre que tem conhecimento, tem denunciado.

A ultima lambança, feita pelos árbitros dentro de campo é verdade, mas sob comando e treinamento desta comissão, só reproduz a bagunça que se transformou o setor de arbitragem da FPF. Na partida das divisões de base, entre as equipes Sub-17 do Taboão da Serra e o Desportivo Brasil, disputada no dia 19/05/2018, o árbitro André Pereira Monteiro, marcou pênalti para a equipe visitante após intervenção do gandula que impediu que a bola entrasse no gol.

Segundo o relato do árbitro na sumula, aos 78' minutos o gandula Raimundo Lima, foi expulso por invadir o campo de jogo evitando com um chute o que seria um gol da equipe do Desportivo Brasil. Segundo ainda o relato, após a expulsão, houve tumulto entre os jogadores e a partida ficou paralisada por 8 minutos, sendo reiniciada com um tiro penal, convertido a favor da equipe do Desportivo Brasil que venceu o confronto por 2 a 1 (veja documento abaixo).

Vale destacar que apesar do erro ter sido cometido em uma partida da divisão de base, os árbitros envolvidos no lance, com exceção do quarto árbitro, são todos veteranos com longa vivencia na arbitragem tanto dentro de campo como nas salas de aulas. Provavelmente esses árbitros têm em seus currículos mais horas de aulas teóricas que na pratica dentro de campo. O árbitro André Pereira Monteiro tem 36 anos, destes, 13 na arbitragem. Os assistentes também são bem rodados, Paulo Márcio Carmo Hergesel tem 39 anos e oito na bandeira. Já a assistente Luciana da Silva Ramos tem 37 e 18 na arbitragem.

Observação
Conforme a Regra 03, o árbitro deveria ter reiniciado a partida com bola ao chão no ponto mais próximo em que houve a interferência.

Veja o que diz a regra abaixo
REGRA 3 – OS JOGADORES
– Caso um jogador reserva, substituído ou até um integrante da comissão técnica cause interferência no jogo, um tiro livre direto será marcado e haverá a expulsão do infrator. Exemplo: uma bola está entrando no gol e um jogador reserva que estava aquecendo na linha de fundo invade o campo e impede o gol. O árbitro marcará pênalti e aplicará cartão vermelho.

> Caso um gandula ou um torcedor ou um elemento externo ao jogo cometa a mesma infração, a partida seguirá sendo reiniciada com bola ao chão. Porém, se um gandula tenta evitar um gol e toca na bola, mas não consegue impedir que a bola entre, o gol será validado.

O que eles disseram
Procuramos profissionais da área de instrução que treinam os árbitros para entender o que houve no lance. Temendo represálias, nenhum representante da FPF quis falar sobre o assunto, mas um importante integrante da comissão nacional de arbitragem da CBF, que forma e recicla árbitros em todo país, disse que houve total equivoco dos componentes da arbitragem desta partida.

“As regras do jogo tiveram mudanças significativas. No lance especifico, que é muito raro de ocorrer, a regra três equiparou jogadores titulares, substitutos e membros da comissão técnica inscritos na sumula como geradores de tiro livre direto em caso de interferência. Quem não estiver inscrito na sumula como jogadores, substitutos e membros da comissão técnica não podem gerar tiro livre direto ou qualquer punição técnica a não ser bola ao chão. Então, se um torcedor, gandula ou qualquer outra pessoa não relacionada na sumula adentrar ao campo de jogo interferindo na partida, esta devera ser paralisada e reiniciada com bola ao chão” - disse o instrutor CBF.

Foto: Tossiro Neto - G1

Dionísio Domingos dando depoimento no TJD-SP após ser acusado de interferir na decisão do Paulistão deste ano

Falamos também com Dionísio Roberto Domingos, diretor do departamento de arbitragem da FPF. Segundo Dionísio, a FPF tem uma demanda de 4 mil jogos por ano, destes, cerca de 150 por rodada e pelo lance em questão ser de uma alteração recente nas regras do jogo, ocorrem situações que fazem parte do processo constante da pratica e do aprendizado de todos.

O dirigente ainda disse que apesar de todos já terem sido atualizados, pediu agendamento a EAFI – órgão responsável pela formação – para que a equipe da partida passe por uma reorientação.

Os árbitros estarão afastados até passarem por esta reciclagem.

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