|
Árbitros Brasileiros que ficarão de
forma exclusiva para partidas da Copa Libertadores |
A Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol)
decidiu isolar a arbitragem para finalizar a fase de grupos de sua
principal competição em combate à pandemia do coronavírus. Para
evitar grandes deslocamentos, definiu que os jogos serão comandados
por árbitros de países que fazem fronteira com aquele onde o
confronto é realizado. Mas não só isso.
Os profissionais escalados ficarão hospedados nos
países para os quais foram escalados a apitar jogos durante todo o
período da fase de grupos em que for necessário seu serviço, que
pode durar até mais de um mês: 15 de setembro a 23 de outubro. Esse
tempo pode ser menor, a depender da escala da comissão de
arbitragem. Dependendo da restrição de quarentena e acesso a
fronteira do país é até possível que um profissional volte a sua
casa entre as escalas, mas essa não é a recomendação inicial da
direção da Conmebol.
O gaúcho Anderson Daronco, um dos principais árbitros
do Brasil, por exemplo, ficará na Argentina onde poderá trabalhar em
nove jogos. Ele terá a companhia de outro brasileiro, o carioca
Bruno Arleu, e dois auxiliares, o goiano Fabrício Vilarinho e o
gaúcho Rafael Alves. É provável que Daronco e Arleu revezem e cada
um fique um período no país vizinho, mas isso ainda não está
definido.
Apesar de a Conmebol ter liberado em documento que
árbitros do país de um dos times que se enfrentam possam ser
escalados, isso não deve ser necessário. Daronco nem Arleu serão
escalados para River Plate x São Paulo, dia 20 de outubro, já que
haverá também um trio chileno na Argentina.
O árbitro paranaense Rodolpho Tosky, acompanhado dos
auxiliares Bruno Boschilia (PR) e Kleber Lucio Gil (SC), ficará no
Paraguai, onde poderá trabalhar em quatro partidas, entre 17 de
setembro e 22 de outubro. Já os árbitros Flávio Souza (SP) e Bráulio
Machado (SC), com os auxiliares Marcelo Van Gasse (SP) e Bruno Pires
(GO, estarão na Venezuela.
Arleu e Bráulio Machado estão escalados para jogos do
Brasileiro no sábado (29), respectivamente Bahia x Palmeiras e
Fluminense x Botafogo. Depois disso não devem aparecer mais nas
escalas até retornaram do isolamento para trabalhar em partidas da
Libertadores.
A Conmebol definiu que os árbitros terão que seguir
as regras sanitárias dos países para onde irão. No caso da Argentina
é preciso ficar duas semanas isolado assim que entrar no país, antes
de poder sair do hotel e trabalhar. Todos também terão que ser
testados para a Covid-19 antes da viagem.
Os jogos que serão realizados no Brasil, 14 no total,
serão comandados por profissionais da Argentina e do Uruguai. Serão
três árbitros argentinos (Fernando Rapallini, Patricio Loustau e
Facundo Tello) e dois uruguaios (Leodán Gonzalez e Estebán Ostojich).
Os argentinos terão que revezar para não estarem em partidas de
times de seus países, como River Plate (ARG), Tigre (ARG) e Defensa
Y Justicia (ARG).
Por Marcel Rizzo – Uol Esportes