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    São Paulo - 13/08/2020    06:11hs


Onde esta o dinheiro? O gato comeu e ninguém viu!

Árbitros nada receberam pelo patrocínio nas camisas da arbitragem durante final do campeonato carioca 2020

Arbitragem da final com as camisas com logo nas mangas (Tupi) e nas costas (Zaeli) - Crédito: Úrsula Nery/Agência FERJ
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Durante a partida final do campeonato carioca de 2020, onde a equipe do Flamengo venceu a do Fluminense por 1 a 0 e faturou o seu 36º titulo carioca, a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), fechou dois patrocínios pontuais para os uniformes da arbitragem. Os acordos foram assinados especificamente para a finalíssima com a empresa paranaense do ramo de alimentação Zaeli e com a Rádio Tupi. As marcas foram estampadas nas costas e nas mangas das camisas dos árbitros.

A Medida Provisória 984, assinada pelo Presidente Jair Bolsonaro, permite que empresas de comunicação, estampem sua logo em uniformes de clubes, arbitragens e instituições esportivas.

A partida, que foi disputada no dia 15 de julho, no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, teve comando do árbitro Grazianni Maciel Rocha com Rodrigo Figueiredo Henrique Corrêa e Thiago Henrique Neto Corrêa como assistentes e Philip Georg Bennett como quarto árbitro. No VAR, atuaram João Batista de Arruda, Rodrigo Carvalhaes de Miranda, Daniel do Espírito Santo Parro e Cláudio José de Oliveira Soares. O quinto árbitro foi Silbert Faria Sisquim, enquanto Sergio de Oliveira Santos atuou como analista.

Os valores dos patrocínios não foram revelados, mas apuramos com uma pessoa do marketing da FERJ que o total teria girado na casa dos 180 mil reais.

Camisa usada pela arbitragem durante final do carioca 2020 - Crédito: Divulgação / Ferj

Aporte de 2019 sumiu

O mesmo procedimento foi adotado na finalíssima de 2019 com o Grupo Assurê Corretagem de Seguros e a marca de moda feminina Enjoy. A informação do aporte foi repassada pelo então presidente da comissão de arbitragem, Jorge Rabello, que disse que o valor de 35 mil reais apurados naquele ano seria para pagar concentração dos árbitros, cerca de 10 o restante, cerca de 15 mil seriam repassados aos árbitros da final. Rodrigo Carvalhaes de Miranda apitou a final daquele ano e segundo consta, até hoje, ele e nenhum dos outros membros da equipe de arbitragem daquela partida receberam qualquer valor referente ao patrocínio conforme informado por Rabello (leia).

O que eles disseram

O Apitonacional procurou as pessoas responsáveis pela arbitragem carioca para saber o destino da verba arrecada com o aporte e quanto foi o repasse para os árbitros da partida final e para a entidade de classe representativa, mas não obtivemos sucesso.

Contatado, Wagner de Almeida Santos, presidente do sindicato dos árbitros do Estado do Rio de Janeiro e assistente atuante do quadro FERJ, disse que ‘os contratos de patrocínios para a partida final não foram realizados pelo sindicato e sim pela FERJ’.

O Apitonacional conversou com uma pessoa próxima ao presidente do SAPERJ que informou em off que o sindicato sequer foi avisado previamente sobre as negociações do aporte e só ficou sabendo ao ver as imagens pela televisão.

O Apitonacional contatou também José Carlos Santiago, presidente da comissão de arbitragem da FERJ, que não quis falar sobre o assunto e apontou o assessor de imprensa da Federação como fonte provável das informações. Por sua Vez, Guto Seabra, o assessor de imprensa, disse que ia ver e retornava, o que não ocorreu até o fechamento desta matéria.

Veja abaixo os prints das conversas.

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