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 30/08/2017    13:01hs

Com medo de represálias da FERJ, árbitros do RJ deixam de apitar na várzea

Motivo seria arbitragem no Clube Cinco de Julho onde antigo responsável Edilson Soares - assessor da FERJ - foi substituído pelo desafeto Vinicius da Vitória

 

O Apitonacional recebeu mensagens onde árbitros do Rio de Janeiro reclamam que não estão podendo atuar em jogos amadores com medo de represálias da FERJ. Com a diminuição de jogos da entidade, boa parte dos árbitros do quadro estadual atuam em diversos jogos de competições amadoras (várzea) onde as taxas ajudam nas despesas do dia a dia.

Segundo os relatos, o clube mais problemático é o Combinado Cinco de Julho, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro. O clube passou recentemente por eleição e a nova diretoria trocou Edilson Soares da Silva, que estava a mais de vinte anos como responsável pelas arbitragens interna do clube, pelo seu desafeto Vinicius da Vitória.

A troca não teria sido bem digerida pelo ex-árbitro que também é assessor e técnico de arbitragem da FERJ. Pelas informações os

Edilson Soares

árbitros teriam recebido ligações e mensagens de watsapp de Edilson proibindo, supostamente com conhecimento de Jorge Rabello e José Messias, ambos da FERJ assim como Edilson, que eles atuassem nas partidas do clube e caso desobedecem às ordens, poderiam até ser banidos da arbitragem.

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O motivo da troca seria, na opinião dos novos mandatários clube, o alto valor das taxas de arbitragem que a nova direção não estava disposta a pagar. O Apitonacional apurou que normalmente são disputados quatro jogos no final de semana ao custo de R$ 170 reais por partida de dois tempos de 30 minutos.

Segundo ainda apurado, desse valor, 130 reais eram pagos para árbitros de São Gonçalo-Niterói e 140 para árbitros vindos do Rio de Janeiro, o restante eram destinados para Edilson e Jorge Nunes que usavam o valor como taxas de administração.

Ao Apitonacional, Edilson Soares disse que não foi procurado pela nova direção do Cinco de Julho, mas que recebeu alguns recados deles para passar no clube, pois as taxas estavam caras. Disse ainda que não foi em nenhum momento convidado para renegociar os valores o que ele acha uma falta de consideração tendo em vista que não respeitaram os mais de 20 anos que prestou o serviço ao referido clube onde inclusive iniciou sua carreira de árbitro.

O tradicional clube Combinado Cinco de Julho costuma ter personagens do apito atuando em seus campeonatos como o ex-FIFA Marcelo de Lima Henrique

Segundo ainda Edilson, após sua saída, não pediu, tão pouco proibiu qualquer árbitro de trabalhar no clube.

“Em momento algum foi dito por mim para nenhum árbitro que não trabalhasse no clube. Rabello nem sabe disso, pois é um campeonato de várzea e não tem nada a ver com a Federação” – disse o ex-árbitro que acrescentou:

“Essa historia de dizer que árbitros estão proibidos não tem nada a ver, isso é mentira! Os árbitros não querem trabalhar porque não se dão bem com quem esta lá agora” – frisou Edilson.

Já na sua rede social do facebook, o ex-árbitro postou no dia 30 de julho passado, comunicado anunciando que estava deixando o clube e fez um alerta aos árbitros não autorizando eles a trabalharem no clube assinado o post como instrutor de arbitragem da COAF-FERJ (veja abaixo).

Em resposta a um comentário no post, Edilson disse:

“Não tiveram nem o respeito e a consideração de me comunicarem sobre a mudança, convidaram outras pessoas que ofereceram árbitros com valores menores, mas sem o respaldo do profissionalismo com que os que trabalham comigo tem”.

Segundo informações, o comunicado acima e alguns supostos telefonemas foram interpretados como ameaças e árbitros do quadro da FERJ da região deixaram de aceitar convites para apitar no clube.

Nota da redação: O Apitonacional apurou que o valor das taxas de arbitragem pagas atualmente pelo clube é de R$ 130 reais por partida.

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