Segundo matéria divulgada na
última quarta-feira (2) pelo Portal Roma
News, o árbitro Marco José Soares de Almeida, foi
afastado de forma preventiva pela Comissão de Arbitragem da
Federação Paraense de Futebol (FPF) por conta de denúncias de
suposta manipulação de resultados, que teriam partido da equipe do
Vila Rica, na Série B do Parazão.
A confirmação do afastamento do
profissional foi feita através da portaria 49/2022 assinada pelo
presidente da entidade, Ricardo Gluck Paul, e publicada no site da
FPF.
A portaria determina a instauração
de processo administrativo disciplinar e o afastamento preventivo do
árbitro do quadro de arbitragem da FPF, até as conclusões do PAD
(veja abaixo).
Segundo a reportagem, a denúncia
por parte da diretoria do Vila Rica teria sido apresentada na noite
da última terça-feira (1). Em reunião da sede da Federação, onde
estiveram presentes o presidente Ricardo Gluck Paul, o diretor
jurídico da FPF, André Cavalcante, o presidente da Comissão de
Arbitragem, Fernando Castro e o secretário geral da FPF, José Ângelo
Miranda de Souza, o advogado do Vila Rica, Marco Antônio Pina, teria
mostrado documentos e áudios comprovando a suspeita de manipulação
de resultados.
Em contato com a reportagem, o
advogado do clube denunciante, teria informado que o boletim de
ocorrência seria feito nesta quinta-feira (3), em uma delegacia da
capital paraense e em seguida o clube pretende entrar com uma
notícia de infração junto ao Tribunal de Justiça Desportiva do Pará
(TJD-PA). Além disso, o advogado do Vila Rica informou que a
proposta de manipulação de resultado foi apresentada por uma pessoa
da imprensa paraense.
“Fomos até a Federação para
participar o que estava acontecendo. Reunimos com o presidente da
Federação, com o presidente da Comissão de Arbitragem, como diretor
jurídico e o doutor José Ângelo Miranda. Relatei o que estava
acontecendo, que o clube me passou as provas e coloquei na mesa.
Todos ouviram o áudio da pessoa da imprensa, que é um repórter
esportivo, sugerindo a situação para o jogo Vila Rica e Santa Rosa.
Mandou um áudio em conversa com o árbitro Marco José, que chamam de
Marquinhos. Todo ficou espantando e falei o que vamos fazer enquanto
Vila Rica. Vamos formalizar um boletim de ocorrência na DIOE amanhã
cedo, juntamente com o presidente Ventania, que representa o clube,
com o áudio para ser periciado e pela parte da tarde vamos
peticionar na Federação, com o boletim de ocorrência e a mídia, e
entrar com uma notícia de infração junto ao TJD. O Frederico
Carvalho, diretor do Vila Rica, foi procurado um dia antes do jogo
Vila Rica e Santa Rosa. Essa é a situação. Não ficou bem claro isso
(se era a manipulação de resultado). O repórter esportivo que ligou
para ele disse que conhecia o árbitro do jogo e depois mandou um
áudio conversando com o árbitro e entrou na questão do jogo dizendo
que precisava ganhar o jogo, mas sem falar qual dos times precisava
ganhar o jogo” - explicou o advogado.
No documento divulgado pela
Federação, é informado que “será instaurado um Processo
Administrativo Disciplinar em desfavor do senhor Marco José Soares
de Almeida”. Além disso, a Comissão da FPF que vai acompanhar o caso
será formada por André Cavalcante, diretor jurídico da entidade,
José Ângelo Miranda, diretor executivo e secretário geral da
entidade, e Del Filho, diretor de competições da entidade.
O que eles
disseram
Em contato com a reportagem,
Gustavo Ramos Melo, o advogado do árbitro, afirmou que Marco José
segue tranqüilo e que está sendo “vítima de armação” por parte de um
jornalista esportivo de Belém que, assim que identificado, será
processado nas esferas civil e criminal.
“O Marco está tranqüilo quanto as
acusações levantadas, que são levianas, grotescas e pífias. Ele é
vítima de um jornalista esportivo paraense e lamentamos o
corporativismo que vem sendo dado, porque em momento algum citaram o
nome do jornalista, que tentou fazer uma armação contra o árbitro.
Estamos tomando as medidas legais, cabíveis, e vamos processar
criminalmente e civilmente o senhor Lino Machado, bem como fazer uma
representação junto ao TJD Pará” - disse Gustavo Ramos.
O advogado ainda explicou que o
árbitro está disposto a colaborar com as investigações e deve
prestar esclarecimentos assim que for chamado pela Comissão criada
pela Federação Paraense de Futebol (FPF) para apurar o caso.
“O Marco vai prestar os
esclarecimentos que forem necessários aos órgãos competentes. Desde
logo ele colocou seu sigilo bancário e telefônico a disposição, irá
responder o processo interno na Federação. O afastamento do Marco é
de praxe da nova gestão no sentido de poder se defender. Inclusive,
é sabido pela classe que as medidas são essas. Você é afastado para
poder se defender”.
Em nota de esclarecimento, o
advogado citou o jornalista Lino Machado, da RBA/TV como autor das
acusações, segundo ele, levianas contra o arbitro Marco José Soares
(veja abaixo).
O
Apitonacional entrou em contato com Fernando Castro,
segundo o dirigente, mediante denúncia apresentada, o arbitro foi
afastado preventivamente das escalas para que possa apresentar sua
ampla defesa e foi solicitado perícia no áudio da denúncia para ser
iniciado processo administrativo e desportivo.
Fernando ainda disse que essas
ações fazem parte do modelo de gestão da nova diretoria e assim tudo
transcorrer com muita transparência sobre qualquer tipo de ação ou
denuncias para não deixar qualquer duvidas sobre a lisura dos
campeonatos e do futebol paraense.
As informações são do
Portal Roma News