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    São Paulo - 03/11/2022    09:16hs

Denuncias de manipulação de resultado agita arbitragem paraense

O árbitro Marco José Almeida foi afastado pela Federação Paraense de Futebol por conta de denúncias de suposta manipulação de resultados na Série B do Parazão

Marco José Soares de Almeida - Crédito: Fernando Torres
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Segundo matéria divulgada na última quarta-feira (2) pelo Portal Roma News, o árbitro Marco José Soares de Almeida, foi afastado de forma preventiva pela Comissão de Arbitragem da Federação Paraense de Futebol (FPF) por conta de denúncias de suposta manipulação de resultados, que teriam partido da equipe do Vila Rica, na Série B do Parazão.

A confirmação do afastamento do profissional foi feita através da portaria 49/2022 assinada pelo presidente da entidade, Ricardo Gluck Paul, e publicada no site da FPF.

A portaria determina a instauração de processo administrativo disciplinar e o afastamento preventivo do árbitro do quadro de arbitragem da FPF, até as conclusões do PAD (veja abaixo).

Segundo a reportagem, a denúncia por parte da diretoria do Vila Rica teria sido apresentada na noite da última terça-feira (1). Em reunião da sede da Federação, onde estiveram presentes o presidente Ricardo Gluck Paul, o diretor jurídico da FPF, André Cavalcante, o presidente da Comissão de Arbitragem, Fernando Castro e o secretário geral da FPF, José Ângelo Miranda de Souza, o advogado do Vila Rica, Marco Antônio Pina, teria mostrado documentos e áudios comprovando a suspeita de manipulação de resultados.

Em contato com a reportagem, o advogado do clube denunciante, teria informado que o boletim de ocorrência seria feito nesta quinta-feira (3), em uma delegacia da capital paraense e em seguida o clube pretende entrar com uma notícia de infração junto ao Tribunal de Justiça Desportiva do Pará (TJD-PA). Além disso, o advogado do Vila Rica informou que a proposta de manipulação de resultado foi apresentada por uma pessoa da imprensa paraense.

“Fomos até a Federação para participar o que estava acontecendo. Reunimos com o presidente da Federação, com o presidente da Comissão de Arbitragem, como diretor jurídico e o doutor José Ângelo Miranda. Relatei o que estava acontecendo, que o clube me passou as provas e coloquei na mesa. Todos ouviram o áudio da pessoa da imprensa, que é um repórter esportivo, sugerindo a situação para o jogo Vila Rica e Santa Rosa. Mandou um áudio em conversa com o árbitro Marco José, que chamam de Marquinhos. Todo ficou espantando e falei o que vamos fazer enquanto Vila Rica. Vamos formalizar um boletim de ocorrência na DIOE amanhã cedo, juntamente com o presidente Ventania, que representa o clube, com o áudio para ser periciado e pela parte da tarde vamos peticionar na Federação, com o boletim de ocorrência e a mídia, e entrar com uma notícia de infração junto ao TJD. O Frederico Carvalho, diretor do Vila Rica, foi procurado um dia antes do jogo Vila Rica e Santa Rosa. Essa é a situação. Não ficou bem claro isso (se era a manipulação de resultado). O repórter esportivo que ligou para ele disse que conhecia o árbitro do jogo e depois mandou um áudio conversando com o árbitro e entrou na questão do jogo dizendo que precisava ganhar o jogo, mas sem falar qual dos times precisava ganhar o jogo” - explicou o advogado.

No documento divulgado pela Federação, é informado que “será instaurado um Processo Administrativo Disciplinar em desfavor do senhor Marco José Soares de Almeida”. Além disso, a Comissão da FPF que vai acompanhar o caso será formada por André Cavalcante, diretor jurídico da entidade, José Ângelo Miranda, diretor executivo e secretário geral da entidade, e Del Filho, diretor de competições da entidade.

O que eles disseram

Em contato com a reportagem, Gustavo Ramos Melo, o advogado do árbitro, afirmou que Marco José segue tranqüilo e que está sendo “vítima de armação” por parte de um jornalista esportivo de Belém que, assim que identificado, será processado nas esferas civil e criminal.

“O Marco está tranqüilo quanto as acusações levantadas, que são levianas, grotescas e pífias. Ele é vítima de um jornalista esportivo paraense e lamentamos o corporativismo que vem sendo dado, porque em momento algum citaram o nome do jornalista, que tentou fazer uma armação contra o árbitro. Estamos tomando as medidas legais, cabíveis, e vamos processar criminalmente e civilmente o senhor Lino Machado, bem como fazer uma representação junto ao TJD Pará” - disse Gustavo Ramos.

O advogado ainda explicou que o árbitro está disposto a colaborar com as investigações e deve prestar esclarecimentos assim que for chamado pela Comissão criada pela Federação Paraense de Futebol (FPF) para apurar o caso.

“O Marco vai prestar os esclarecimentos que forem necessários aos órgãos competentes. Desde logo ele colocou seu sigilo bancário e telefônico a disposição, irá responder o processo interno na Federação. O afastamento do Marco é de praxe da nova gestão no sentido de poder se defender. Inclusive, é sabido pela classe que as medidas são essas. Você é afastado para poder se defender”.

Em nota de esclarecimento, o advogado citou o jornalista Lino Machado, da RBA/TV como autor das acusações, segundo ele, levianas contra o arbitro Marco José Soares (veja abaixo).

O Apitonacional entrou em contato com Fernando Castro, segundo o dirigente, mediante denúncia apresentada, o arbitro foi afastado preventivamente das escalas para que possa apresentar sua ampla defesa e foi solicitado perícia no áudio da denúncia para ser iniciado processo administrativo e desportivo.

Fernando ainda disse que essas ações fazem parte do modelo de gestão da nova diretoria e assim tudo transcorrer com muita transparência sobre qualquer tipo de ação ou denuncias para não deixar qualquer duvidas sobre a lisura dos campeonatos e do futebol paraense.

As informações são do Portal Roma News

 

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