No CNN Esportes S/A deste domingo
(14), Adson Batista, presidente do Atlético-GO, criticou a
arbitragem brasileira. O dirigente afirmou que os profissionais
brasileiros “olham” diferente para times emergentes em relação aos
gigante do futebol.
“Acho que a arbitragem tem bons
árbitros, mas tem árbitros que não têm a mínima capacidade. O cara
chega ali tremendo para apitar um jogo, às vezes sente a torcida […]
o VAR tem atrapalhado mais que ajudado, não tem critério“ -
disse o presidente.
Polêmica na Série A
Na primeira rodada do Campeonato
Brasileiro, em derrota do Atlético-GO por 2 a 1 contra o Flamengo,
Adson Batista disparou contra a arbitragem após pênalti marcado para
o Rubro Negro, que resultou na expulsão de Maguinho, jogador do
Dragão.
“Sobre a arbitragem, uma boa
parte é uma vergonha, é uma máfia. Eles entram em campo para
fabricar resultados” - reclamou.
Na ocasião, o presidente ameaçou
“desistir” do futebol caso Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, não
tomasse atitudes a fim de diminuir os erros causados pela arbitragem
brasileira.
“Acho que nós temos árbitros
muito ruins, tem árbitros bons e tem vícios muito profundos, nós
precisamos nos qualificar melhor. A única forma do futebol
brasileiro se recuperar e ter uma arbitragem de alto nível é o cara
viver daquilo. Nós gastamos dinheiro demais com isso […] a CBF
também investe pra caramba. O cara precisa viver daquilo, não pode
ser bico. O cara tem que viver daquilo, ser cobrado e ser exposto”
- falou Batista à CNN.
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Marcelo Henrique foi muito criticado pela
arbitragem de Atlético-MG 2x1 São Paulo - Foto: Gilson Lobo/AGIF |
Diferença de tratamento
O presidente do Atlético-GO, que
conquistou o acesso à elite do futebol no ano passado, afirmou que
os árbitros brasileiros tratam diferente os clubes emergentes e os
gigantes do futebol.
“Olha, não tenho dúvida disso.
Eu vivo isso há mais de 30 anos, eles sentem, às vezes não é mal
intencionado, não é comprado, não é nada. É pela pressão, por não
ter personalidade, não ter um preparo para aquilo” - concluiu.
Arbitragem no campeonato
A última rodada do Brasileirão foi
marcada por reclamações em relação a arbitragem. Luis Zubeldía,
técnico do São Paulo, se revoltou com o árbitro Marcelo de Lima
Henrique após o polêmico gol de Paulinho, que deu a vitória ao
Atlético-MG.
Já no Rio, o técnico Tite expos
sua decepção se referindo ao lance que originou o primeiro gol do
Fortaleza, quando Lucero teria feito falta em Wesley, do Flamengo. O
técnico Tiago Carpini também mostrou revolta após a derrota do
Vitória contra o Botafogo, alegando que a arbitragem “interferiu
diretamente no resultado da partida”.