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Arnoldo Vasconcelos Figarela -
Crédito: FFER |
O ex-árbitro Arnoldo Vasconcelos Figarela foi o
entrevistado na última quinta-feira (14/05) no programa No Mundo da
Bola na parceria entre Futebol do Norte e Capital FM PVH. Aos 50
anos, o profissional falou sobre o trabalho executado pelo árbitro
em campo, sua carreira, o momento da parada além do potencial dos
jovens árbitros do Estado que estão em posição de destaque. A Betway
Portugal fornece algumas das melhores chances quando a temporada for
retomada assim como os profissionais que estão em evidência na
arbitragem.
"Eu poderia estar apitando até hoje, me sinto
preparado e sinto uma falta danada de estar nos gramados. Mas para
mim foram algumas divergências mesmo da Federação (de Futebol do
Estado de Rondônia). Em 2016 eu vi que a coisa caminhava para um
lado diferente daquilo que eu prezo. Eu sou um cara muito
transparente, eu gosto das coisas com transparência, eu não
concordava com algumas coisas da nossa Comissão de Arbitragem e para
não me posicionasse como o cara que apitou a Série A e estava indo
contra uma federação, aí preferi me afastar e deixar que nossa
federação e nossa presidência da comissão pudessem seguir os rumos
deles. Eu me sinto um atleta e me mantenho em forma" - revelou.
Arnoldo Vasconcelos Figarela frisou que não guarda mágoas e destacou
que num futuro pode vir a executar algum trabalho em conjunto com a
FFER.
"Num outro momento quem sabe a Federação pode
precisar de uma outra forma. Naquele instante não foi o meu momento
ou se foi não me aproveitaram, mas sei que tenho muito a contribuir"
- acrescentou.
O ex-árbitro teve uma longa trajetória no futebol nacional apitando
jogos da Copa do Brasil e em todas as divisões do Campeonato
Brasileiro. E, hoje, ele serve de referência para muitos jovens
árbitros do quadro local.
"Me sinto muito feliz e lisonjeado até porque eu
não me considero o melhor árbitro, mas eu vivi a minha fase. Pois
nós tivemos lá atrás árbitros que viveram momentos excelentes só que
cada um dentro da sua etapa. Nós tivemos Antonio Carlos Bicho, nós
tivemos Floriano Vieira, nós tivemos o Ravengar, nós tivemos o
Becão. Nós tivemos árbitros que conduziram partidas dificílimas.
Como fui o árbitro que chegou mais longe apitando jogos da Série A,
obviamente que a gente acaba servindo como parâmetro. Eu fico muito
feliz com todo apoio que a imprensa me deu, mesmo não sendo
reconhecido dentro da minha federação. Não me sinto um ídolo, mas me
sinto um caminho. Eu acredito muito que o Jonathan, Marcos se me
superem que eu ficarei muito feliz que alguém que me viu apitando,
que me viu como motivação, passou de mim e conseguiu chegar até a
Fifa" - pontuou.
Arnoldo Figarela destacou o trabalho que vem sendo feito pelo
árbitro Jonathan Antero nos últimos anos.
"Hoje o árbitro que está em evidência até por
estar apitando os jogos da Série B é o Jonathan (Antero). Um cara
sério, dedicado, eu conheço bem, sei da sua índole e do esforço que
ele vem fazendo para se manter. Ele vem sendo o cara da nossa
arbitragem" - afirmou.
O ex-árbitro também fez questão de destacar outros bons valores na
arbitragem local.
"Nós temos o Caio Cazuza, nós temos o próprio
Maicon (Pessoa) que fez ou outra acaba parando no teste físico. Nós
tivemos o Fledes (Rodrigues Santos) com suas oscilações. E
acompanhando de fora nós temos o Marcos (Monteiro) que com certeza,
eu já falei para ele e sempre que ele me procura dou conselhos a ele
que é um cara que tem um futuro brilhante pela frente. Obviamente
que tudo isso a gente fala pelo que a gente vê hoje, mas amanhã pode
ser um novo cenário. A vida é feita de oportunidades. Se a pessoa
tem as habilidades, se a pessoa corresponde em campo, ela se prepara
fisicamente, mentalmente e estuda e as regras, ela vai ter um bom
resultado dentro de campo" - disse.
Arnoldo Figarela acredita que o momento é de dificuldades para todos
e também para o árbitro de futebol.
"É uma situação que não é fácil para ninguém. Na
verdade existe um aporte para os árbitros do quadro nacional.
Algumas federações estão dando esse aporte. Praticamente todo
árbitro tem uma segunda profissão que é o que dá a sustentação. Por
mais que seja um árbitro de Série A (do Campeonato Brasileiro), ele
nem sempre está apitando" - esclareceu.
A profissão de árbitro de futebol é regulamentada por legislação
própria, a Lei 12.867/2013, que faculta à categoria, por exemplo, a
organização em associações profissionais e em sindicatos.
"Apesar de ser uma profissão que foi aprovada pelo
Congresso, efetivamente não existe uma contratação de um árbitro.
Quanto que vale um árbitro? Qual o serviço de um árbitro? Por jogo
ele recebe uma taxa, mas nem todo árbitro trabalha todo final de
semana. Tem que se fazer um estudo disso e nossa classe sofre muitas
responsabilidades. É o único que chega no estádio xingado. As duas
equipes entram em campo aplaudidas e por mais que eles façam um jogo
ruim, eles vão ser vaiados do meio para o fim da partida" -
encerrou.