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    São Paulo - 14/06/2024    16:38hs

Eurocopa 2024 terá ‘tolerância zero’ e poderá decretar fim do ‘assistente de arbitragem’

Apenas capitães das equipes poderão se dirigir ao árbitro e assistentes de arbitragem perdem mais funções

Árbitros serão rigorosos na Euro 2024
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A Eurocopa 2024 tem seu início na tarde desta sexta-feira (16:00h - horário de Brasília) na partida entre Alemanha, os anfitriões, e a Escócia, com promessas de mudanças na arbitragem que, se realmente aplicadas como se pretende, pode significar o fim das reclamações – bolinho de jogadores cercando o árbitro – e o fim dos assistentes de arbitragem.

Na verdade, a função de assistente de arbitragem vem perdendo sua relevância e necessidade para a partida ao longo dos anos e com a implantação do VAR, não tem mais qualquer serventia a não ser apontar infrações menores de uma partida como lateral, escanteios ou sendo mais ousados, falta na intermediaria do campo e sem qualquer importância para a partida. Nenhuma decisão importante hoje, em uma partida de futebol, é tomada pelo assistente. Todas suas decisões em uma partida, a mais importante, a de impedimento, em caso de gol, são revisadas pela tecnologia o que tornam os assistentes mera figura decorativa na partida e a experiência nesta Euro, mostrara mais um vez que a função deixará de existir em breve.

Para desespero dos assistentes, a EURO vai estrear uma "bola inteligente", novidade que promete funcionar como assistente da arbitragem e tirar ainda mais a necessidade humana nesta função. A inovação foi batizada de Fussballliebe (amor pelo futebol, em português), e terá sua estreia na partida de abertura da competição que será em Munique.

A bola foi desenvolvida pela Adidas e tem tecnologia chamada de Connected Ball. O sistema deve auxiliar na marcação mais rápida de impedimentos ao enviar dados em tempo real aos árbitros de vídeo, que estarão na cabine do VAR.

Além disso, a Fussballliebe será aliada de outras tecnologias no campo, como as câmeras que captam os movimentos dos jogadores. Isso pode ajudar a arbitragem a determinar pontos de contato entre o atleta e a bola, de modo a colaborar com a marcação de faltas ao apontar se houve toque de mão, por exemplo.

Na parte externa, o design da bola foi projetado com foco em representar "movimento e a energia do jogo", segundo comunicado da Uefa. O produto tem também ilustrações de cada um dos estádios da Eurocopa 2024 e o nome das cidades-sede.

Tolerância zero

A outra novidade e esta já foi tentada algumas vezes, mas não deram resultado esperado e foi esquecida, será a permissão para que apenas o capitão possa se aproximar do árbitro para dialogar durante a partida. Roberto Rosetti, chefe da arbitragem da UEFA, explicou as novas medidas e normas de relacionamento entre jogadores e árbitros na Euro 2024.

O jogador que não cumprir com a regra será advertido com cartão amarelo. Segundo o dirigente, esta regra não ‘é pelos árbitros’, mas sim ‘pelo futebol’, pois não se pode mais tolerar que vários jogadores reclamem do o árbitro ao mesmo tempo retardando a partida e estragando o espetáculo.

“Não estamos fazendo isto pelos árbitros, estamos fazendo pelo futebol. Pelo futuro. Para os jovens e para aqueles que querem ser árbitros. Queremos explicar as nossas decisões, mas é impossível dirigirmo-nos a onze jogadores. Só o faremos ao capitão. O quarto árbitro fará o mesmo com o treinador. Estamos a falar de situações importantes, obviamente, não de todas. Não queremos os jogadores por perto, apenas o capitão. Os outros serão advertidos” – disse Roberto Rosetti, chefe de arbitragem da UEFA.

Roberto Rosetti - chefe dos árbitros da UEFA

Pela determinação, se o capitão for um goleiro - que, por norma, está mais longe das principais incidências da partida, a equipa poderá escolher um jogador - de campo - para se dirigir ao árbitro e será comunicado no início do jogo. Os árbitros também serão rigorosos nos lances bruscos e violentos.

“É preciso ter tolerância zero quando há um risco. É preciso proteger o jogador. Jogar a bola não é suficiente para lidar com as agressões” – finalizou Rosseti.
 

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