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    São Paulo - 31/01/2022    06:11hs

Federação Paraibana de Futebol cria ranking para árbitros

Quarenta profissionais distribuídos em seis categorias passam a somar pontos que os farão ascender ou descender de posição no quadro local

Arthur Alves Junior, presidente da Ceaf-PB — Foto: Rômulo Melquíades / FPF-PB
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A Federação Paraibana de Futebol (FPF-PB) preparou uma grande novidade para esta temporada no que diz respeito ao quatro de arbitragem do estado. É que a Comissão Estadual de Arbitragem de Futebol da Paraíba (Ceaf-PB) decidiu implantar um sistema de acesso e rebaixamento de árbitros, que estarão divididos em seis categorias e passarão a somar pontos de acordo com as suas atuações.

Atualmente, o quadro de arbitragem do futebol paraibano é composto por 40 profissionais, entre árbitros e assistentes. Todos eles participaram da pré-temporada, organizada pela Ceaf-PB, e estão cotados para trabalhar no Campeonato Paraibano. E todos serão avaliados com mais rigor, como parte de um procedimento implantado pela FPF-PB para otimizar a aplicação das regras nos jogos.

Quem falou sobre o assunto foi Arthur Alves, que é presidente da Ceaf-PB. Ele explicou como funcionará o sistema de acesso e rebaixamento. Segundo o dirigente, os árbitros que compõem atualmente o quadro de arbitragem do futebol paraibano foram avaliados pelas suas atuações nas últimas quatro temporadas (de 2018 a 2021) e, a partir disso, distribuídos em seis categorias (ou níveis), a saber: Elite, Promissor, Básico 1, Básico 2, Iniciante e Estagiário.

"Os árbitros e assistentes terão um ranqueamento, estarão em categorias e no momento eles ainda não sabem em que categorias estão. Eles foram avaliados desde 2018 até 2021 para entrar nas categorias, e a partir deste ano irão passar a pontuar" - explicou Arthur Alves.

A idéia é escalar para os principais jogos aqueles árbitros que estiverem no "topo da pirâmide". E a tendência é que, a cada temporada, haja acessos de profissionais das categorias inferiores para as superiores, e também o processo inverso, com rebaixamentos desses árbitros, sempre de acordo com seus rendimentos em campo.

Arthur Alves fez questão de deixar claro que essa avaliação é independente da CBF e será feita diretamente pela FPF-PB. Mais detalhes sobre esse novo sistema — como, por exemplo, em qual categoria está cada árbitro — só serão divulgados em breve pela Ceaf-PB.

Opinião do Apitonacional

O sistema de acesso e rebaixamento anunciado na semana passada na Paraíba, é nada mais é que o ranking da arbitragem criado por Sérgio Corrêa, em 2005, em São Paulo e implantado na CBF em 2008, permanecendo até 2012 (leia). Na época, após ajustes, pois o ranking era fechado, foi aberto publicamente os critérios e pontuações de cada árbitro, tornando o sistema totalmente transparente e motivador para os profissionais que podiam usar os números de seus companheiros como motivação para subirem de posição. Logo depois, quando assumiu a comissão, juntamente com Arthur Alves Junior, Cel. Marinho determinou a criação das categorias ouro, prata e bronze, tirou a publicidade dos dados de cada árbitro tornando o ranking confuso, inoperante e sem transparência, o que praticamente decretou seu fim.

Em 2018, Dionísio Domingos, então presidente da CEAF paulista, tentou aperfeiçoar a ferramenta criando as licenças A, B, C e Pro (leia). Pelo pouco que se sabe, o sistema ainda esta ativo, mas não se tem noticias dos resultados e nem dos dados, que não foram divulgados pela falta de transparência pela atual comissão.

Se o ranking paraibano for aberto e transparente, como a idéia inicial de Sergio Corrêa, será uma ferramenta importantíssima para a arbitragem paraibana, mas se usar os mesmos métodos de Cel. Marinho que persiste até hoje em São Paulo, Arthur cometera o mesmo erro que cometeu uma década atrás juntamente com seu ex-chefe.

Espero que tenha tirado lição do episodio e que o ranking paraibano seja moderno e transparente.

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