A Federação Paraibana de Futebol
(FPF-PB) preparou uma grande novidade para esta temporada no que diz
respeito ao quatro de arbitragem do estado. É que a Comissão
Estadual de Arbitragem de Futebol da Paraíba (Ceaf-PB) decidiu
implantar um sistema de acesso e rebaixamento de árbitros, que
estarão divididos em seis categorias e passarão a somar pontos de
acordo com as suas atuações.
Atualmente, o quadro de arbitragem
do futebol paraibano é composto por 40 profissionais, entre árbitros
e assistentes. Todos eles participaram da pré-temporada, organizada
pela Ceaf-PB, e estão cotados para trabalhar no Campeonato
Paraibano. E todos serão avaliados com mais rigor, como parte de um
procedimento implantado pela FPF-PB para otimizar a aplicação das
regras nos jogos.
Quem falou sobre o assunto foi
Arthur Alves, que é presidente da Ceaf-PB. Ele explicou como
funcionará o sistema de acesso e rebaixamento. Segundo o dirigente,
os árbitros que compõem atualmente o quadro de arbitragem do futebol
paraibano foram avaliados pelas suas atuações nas últimas quatro
temporadas (de 2018 a 2021) e, a partir disso, distribuídos em seis
categorias (ou níveis), a saber: Elite, Promissor, Básico 1, Básico
2, Iniciante e Estagiário.
"Os árbitros e assistentes
terão um ranqueamento, estarão em categorias e no momento eles ainda
não sabem em que categorias estão. Eles foram avaliados desde 2018
até 2021 para entrar nas categorias, e a partir deste ano irão
passar a pontuar" - explicou Arthur Alves.
A idéia é escalar para os
principais jogos aqueles árbitros que estiverem no "topo da
pirâmide". E a tendência é que, a cada temporada, haja acessos de
profissionais das categorias inferiores para as superiores, e também
o processo inverso, com rebaixamentos desses árbitros, sempre de
acordo com seus rendimentos em campo.
Arthur Alves fez questão de deixar
claro que essa avaliação é independente da CBF e será feita
diretamente pela FPF-PB. Mais detalhes sobre esse novo sistema —
como, por exemplo, em qual categoria está cada árbitro — só serão
divulgados em breve pela Ceaf-PB.
Opinião do
Apitonacional
O sistema de acesso e rebaixamento
anunciado na semana passada na Paraíba, é nada mais é que o ranking
da arbitragem criado por Sérgio Corrêa, em 2005, em São Paulo e
implantado na CBF em 2008, permanecendo até 2012 (leia).
Na época, após ajustes, pois o ranking era fechado, foi aberto
publicamente os critérios e pontuações de cada árbitro, tornando o
sistema totalmente transparente e motivador para os profissionais
que podiam usar os números de seus companheiros como motivação para
subirem de posição. Logo depois, quando assumiu a comissão,
juntamente com Arthur Alves Junior, Cel. Marinho determinou a
criação das categorias ouro, prata e bronze, tirou a publicidade dos
dados de cada árbitro tornando o ranking confuso, inoperante e sem
transparência, o que praticamente decretou seu fim.
Em 2018, Dionísio Domingos, então
presidente da CEAF paulista, tentou aperfeiçoar a ferramenta criando
as licenças A, B, C e Pro (leia).
Pelo pouco que se sabe, o sistema ainda esta ativo, mas não se tem
noticias dos resultados e nem dos dados, que não foram divulgados
pela falta de transparência pela atual comissão.
Se o ranking paraibano for aberto
e transparente, como a idéia inicial de Sergio Corrêa, será uma
ferramenta importantíssima para a arbitragem paraibana, mas se usar
os mesmos métodos de Cel. Marinho que persiste até hoje em São
Paulo, Arthur cometera o mesmo erro que cometeu uma década atrás
juntamente com seu ex-chefe.
Espero que tenha tirado lição do
episodio e que o ranking paraibano seja moderno e transparente.
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