|
Ana Paula é a presidente da Comissão
de Arbitragem da FPF - Crédito: Rodrigo Corsi |
Diferentemente da CBF (Confederação Brasileira de
Futebol) que concedeu adiantamento aos árbitros do quadro nacional,
a Federação Paulista de Futebol (FPF) negou o pedido feito pelo
Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo (Safesp)
para 'concessão de remuneração e/ou auxílio financeiro a todos os
profissionais da arbitragem', que estão sem trabalhar - e,
consequentemente, sem receber - por conta da paralisação dos
campeonatos devido à pandemia do novo coronavírus.
No documento direcionado ao presidente da Fapesp,
Aurélio Sant'Anna, responsável pela solicitação, a FPF diz não ter
condições de ajudar os profissionais, uma vez que não estão
recebendo por conta da paralisação dos campeonatos.
"Estamos impossibilitados de atender ao requerimento formulado,
considerando que a epidemia da COVID-19 acarretou a suspensão dos
recebíveis relacionados aos campeonatos organizados por esta
Federação, que se encontram atualmente suspensos" - diz trecho
da carta, assinada pela presidente da Comissão de Arbitragem da FPF,
a ex-árbitra Ana Paula Oliveira.
Nota da redação:
O Apitonacional
apurou que, diferentemente da ANAF e CBF que mantém bom dialogo
entre os presidentes, o relacionamento entre a FPF e o sindicato
paulista dos árbitros é o pior possível.
O ofício do Safesp foi protocolizado no dia 18 de
março e solicitava 'a remuneração dos profissionais de arbitragem
enquanto perdurar a suspensão das competições já que infelizmente a
falta de rendimento dos jogos com certeza afetará a subsistência dos
nossos associados e de suas respectivas famílias'.
O texto ainda dizia o seguinte: 'Contamos com o bom senso da
Federação Paulista de Futebol uma vez a enorme dedicação de todos os
profissionais de arbitragem inclusive nas convocações de teste
físico, treinamentos regionalizados e reuniões que geraram despesas
aos mesmos sem o devido ressarcimento'.
A resposta da FPF veio hoje (1), mesmo dia em que a
CBF dá início a um repasse aos árbitros que fazem parte do quadro
nacional. Eles receberão um adiantamento equivalente à melhor taxa
recebida no ano passado, levando em conta a categoria de cada um.
A quantia é definida pela máxima competição que cada
um atuou no ano passado. Um árbitro Fifa que apitou algum jogo da
Série A, por exemplo, receberá R$ 5 mil de adiantamento. O valor
será abatido nas futuras escalações dos profissionais.