Por GloboEsporte – 08/04/2020 21h27 • Atualizado apitonacional
09/04/2020 11h33
O IFAB, órgão responsável por alterar as regras do
futebol, aprovou algumas mudanças nas Regras do jogo para a
temporada 2020/2021.
Essas mudanças entram em vigor a partir de 1º de
junho deste ano. Mas a FIFA deu autorização para as competições que
iniciarem antes dessa data, no caso o campeonato brasileiro, já
poderem adotar as mudanças.
Abaixo o Apitonacional
reproduz ampla matéria do portal Globo.com com informações e
ilustrações reproduzindo as mudanças.
A International Board, órgão que regulamenta as
regras do futebol, divulgou recentemente uma alteração do que é
considerado "mão". A partir de junho, se a bola tocar a parte
superior do braço, mais próxima ao ombro, não será mais considerada
infração. Embora a orientação possa parecer mais específica que
a anterior, ainda restam algumas dúvidas em relação ao que é "mão na
bola" e o que é "bola na mão" (ilustração abaixo).
Por mais que a regra seja clara, ela não é capaz de
prever tudo o que acontece no futebol. Jogadas em que a bola encosta
na mão ou no braço dos jogadores estão entre as que geram mais
dúvidas. Cabe, então, ao árbitro ser pragmático frente às
generalidades das normas no tocante a “mão na bola” (quando há
falta) ou “bola na mão” (quando não há). Este guia interativo
ajuda a entender as interpretações e a aplicação da regra.
JOGADAS OFENSIVAS
Em muitos lances de gols anulados, torcedores
enfurecidos reclamam que não houve intenção do jogador do time
atacante de encostar na bola com a mão ou o braço. Essa aparente
injustiça, no entanto, tem uma explicação.
Mão de atacante em lance de gol
A regra diz: “Considera-se infração se um jogador
marcar um gol na baliza adversária diretamente após o toque na
mão/braço, inclusive se for acidental.” E isso vale também se o
contato criar u ma oportunidade de gol logo em seguida.
MÃO NA BOLA
Mesmo sem intenção, jogadores do time atacante são penalizados se
criam situações de gol (ilustração abaixo).
Atacante chuta a bola na mão do defensor
Segundo a regra do futebol, não será considerada a infração se a
bola tocar a mão ou o braço de um jogador “vinda diretamente da
cabeça, corpo (incluindo os pés) de um adversário que se encontra
próximo”.
BOLA NA MÃO
Nestes casos, a mão ou o braço precisam estar junto ao corpo criando
uma volumetria natural (ilustração abaixo).
JOGADAS DEFENSIVAS
Jogadores que defendem o time estão em circunstâncias
que podem os deixar mais predispostos a participar de jogadas onde
ocorrem dúvidas se a jogada foi “mão na bola” ou “bola na mão”.
Nesses casos, o árbitro é fundamental para entender a situação,
interpretar e aplicar a regra. Só que algumas vezes sobra cartão até
para quem não teve a intenção do toque. Vamos analisar o que diz a
regra para as situações:
Mão proposital
Estes casos são tão claros que não há discussão. Inclusive, quando
um jogador de linha evita um gol com a mão, ele é imediatamente
expulso. Na verdade, é uma ação que só se explica em casos extremos,
mas mesmo assim é caracterizado o antijogo.
MÃO NA BOLA
Qualquer tentativa deliberada de mudar a trajetória da bola com a
mão ou o braço (ilustração abaixo).
Jogador na barreira
Em lances de falta, jogadores da barreira são alvos fáceis. Muitas
vezes, quando pulam para tentar bloquear a bola, seus braços e mãos
podem criar uma volumetria não natural do corpo. Se forem tocados
pela bola, mesmo que involuntariamente, a regra decreta a infração.
BOLA NA MÃO
Não há perigo de infração se mãos e braços ocuparem a área natural
do corpo (ilustração abaixo).
MÃO NA BOLA
É falta se a bola tocar o braço ou mão acima do nível do ombro ou
nas laterais do corpo (ilustração abaixo).
Carrinho
Numa situação em que um jogador está em queda, a regra diz que não é
infração se a bola tocar o braço ou a mão e estes estiverem “entre o
corpo e o solo num movimento de apoio, sem se afastar muito num
plano lateral ou vertical”.
BOLA NA MÃO
Não é falta se a bola tocar o braço ou a mão de apoio, caso estes
não estejam longe do corpo (ilustração abaixo).
MÃO NA BOLA
Se a mão ou braço tocados pela bola aumentam a volumetria natural do
corpo, é infração (ilustração abaixo).
Disputas de bola pelo alto
Lances de bola aérea estão entre os mais discutidos pelos
comentaristas de arbitragem. Pela dinâmica do jogo, muitas vezes o
árbitro não está na melhor posição para apitar lances que precisam
de interpretação e são definidos em detalhes.
BOLA NA MÃO
A jogada é normal se o movimento do jogador for natural e o toque
involuntário (ilustração abaixo).
MÃO NA BOLA
É infração se a bola toca mão ou braço em volume não natural do
corpo, mesmo vinda do adversário (ilustração abaixo).
Interceptação de passe ou cruzamento
É comum ver jogadores colocarem as mãos para trás ao tentar
interceptar um passe ou cruzamento em seu campo de defesa. Essa é,
talvez, a forma mais eficaz de evitar que a bola bata na mão ou no
braço e cause alguma infração.
BOLA NA MÃO
Não é infração se a bola bate na mão ou braço que está junto ao
corpo do jogador (ilustração abaixo).
MÃO NA BOLA
É falta se a bola bate no braço ou mão em posição que amplia a área
natural do corpo (ilustração abaixo).
Bloqueio
Ao contrário do tipo anterior, em jogadas de bloqueio muitas vezes o
jogador que atua na defesa sequer tem tempo de colocar o braço para
trás de modo a evitar o toque. Mesmo sem intenção, há exemplos em
que são aplicados, inclusive, cartões amarelos.
BOLA NA MÃO
A regra é válida da mesma forma, o jogador precisa manter braços e
mãos em posição natural do corpo (ilustração abaixo).
MÃO NA BOLA
Se o jogador amplia seu volume corporal de forma não natural e há
toque na mão ou braço, é infração (ilustração abaixo).
A bola rebatida para a mão
A regra do futebol considera que “normalmente” não é infração se a
bola, vinda diretamente de outra parte do corpo do próprio jogador,
toca a mão ou o braço. Mesmo assim, continua sendo levada em conta a
volumetria não natural.
BOLA NA MÃO
Se a bola rebatida toca mão ou braço que esteja junto ao corpo, não
é considerado infração (ilustração abaixo).
MÃO NA BOLA
Mesmo sem intenção, a bola rebatida não pode tocar mão ou braço que
amplia a área do corpo (ilustração abaixo).
CRÉDITOS:
Design, ilustrações e animações / Alexandre Lage, Mario Leite, Tarso
Moura e Vinícius Souza
Apuração e texto / Fabio Penna
Desenvolvimento / Diego Marcelo e Elihofni Lima