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 14/07/2017    14:07hs

     Morre aos 78 anos, Dirceu Fernandes,       ex-chefe da arbitragem paulista

Árbitro na década de 60, faleceu vitima de AVC e hipoglicemia

A arbitragem paulista esta de luto e triste, especialmente os mais antigos que conviveram ou ouviram falar de Dirceu Fernandes (foto), ex chefe da arbitragem paulista nos anos 80, que faleceu às 22:30hs da ultima quarta-feira (12), vitima de AVC e hipoglicemia, no Hospital Bom Clima em Guarulhos/SP onde permanecia internado na UTI, em estado grave, desde o dia 7.

Dirceu Fernandes foi árbitro formado na década de 60 tendo atuado até o inicio dos anos 80, quando encerrou a carreira se tornando secretario da Escola Paulista de Arbitragem Flavio Iazzeti e posteriormente Diretor da Comissão de Arbitragem da Federação Paulista de Futebol (FPF). Na época compunha na escola paulista o chamado ‘trio parada dura’, pois tinha Flávio Iazzeti era o diretor e Mario Franciscon o professor.

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Seu corpo foi velado e cremado, como era sua vontade, na quinta-feira (13) no cemitério Primavera 1 em Guarulhos. Ele tinha 78 anos (21/02/1939), morava em Guarulhos/SP, deixa esposa, filhos e netos.

Dirceu Fernandes não era uma pessoa fácil de se lidar, de gênio difícil, era filho de coronel do exercito, mas tinha muito respeito no meio, pois era profundo conhecedor de arbitragem. Quando diretor de arbitragem nos anos 80, criou os chamados ‘cardeais’ do apito, grupo formado por árbitros famosos da época apadrinhados seus como Romualdo Arpi Filho, Almir Laguna, José de Assis Aragão, Roberto Nunes Morgado, Pádua Sales, Dulcídio Vanderlei Boschilia entre outros.

Com a filha caçula Ana Neri Fernandes. Foto: arquivo familiar

O Apitonacional conversou com o ex-assistente FPF/CBF Sérgio Cenedezi que trabalhou com Dirceu Fernandes quando este era chefe dos árbitros paulistas. Ainda bastante abalado com a morte do amigo, Serginho, como também é conhecido, disse:

“Pra mim, com ele morreu a arbitragem de futebol. Ele era um profundo conhecedor de arbitragem, daqueles que até os inimigos se curvavam em termos de conhecimento da função arbitro de futebol.”

Serginho descreveu em detalhes a forma de seu ex-chefe avaliar um aspirante a árbitro.

“Só da postura do árbitro e nos primeiros movimentos com alguns minutos de jogo ele já se levantava e dizia vamos embora, já vi o que precisava. Daqui pra frente é saber fazer as escalas e acompanhar”.

Cenedezi ainda acrescentou:

“Se ele dissesse é ótimo arbitro e um homem sem caráter deixava de acreditar naquele momento, mas se dissesse é um homem de caráter e ótimo árbitro podia acreditar e investir que com certeza virava destaque. Aprendi muito com ele”.

Sérgio Cenedezi: "Foi um profundo conhecedor de arbitragem. Até os inimigos se curvavam pra ele"

Entristecido, o Apitonacional lamenta a perda. As pessoas são insubstituíveis em sua existência, e quando são especiais, além da falta que fazem àqueles que as amam, deixam o mundo mais pobre, sem brilho, alegria e cor.

A Deus pedimos que o receba de braços abertos e que dê a ele o merecido repouso eterno em seu reino. Muito respeitosamente, prestamos as nossas condolências e deixamos os nossos mais sinceros pêsames aos amigos e familiares.

Apitonacional, compromisso só com a verdade!

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