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    São Paulo - 27/05/2021    08:23hs

Nova safra dá show em finais do catarinense

Luiz Tisne (32 anos) na primeira partida e Ramon Abatti (31 anos) na segunda, comandaram as finais do Estadual vencida pelo Avaí

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No último domingo (23) e na tarde da última quarta-feira, foram disputadas as duas partidas da final do campeonato catarinense de 2021. Nos dois confrontos, a Federação Catarinense de Futebol (FCF), comandada por Rubens Angelotti, escalou dois jovens para comandar os confrontos finais entre Chapecoense e Avaí. Tanto Luís Augusto Tisne, na primeira partida como Ramon Abatti na final, tiveram excelente desempenho, legitimaram o resultado e aproveitaram a oportunidade para, fazer agora, parte da história da arbitragem catarinense.

Na partida de ida, disputada no domingo, no Ressacada, em Florianópolis, o Avaí venceu por 2 a 1. Na partida da volta, na Arena Condá, em Chapecó, o confronto terminou empatado em 1 a 1, o que deu o título a equipe da capital.

Descoberto nos campos da várzea, Luiz Augusto Silveira Tisne, 32 anos (30/04/1989), trabalha de supervisor de vendas no Grupo Pag Seguro, nasceu em Seara e reside atualmente em Içara, região metropolitana de Criciúma.

Formado árbitro em 2017, Tisne apitou as finais da Série B e C do catarinense em 2019, mesmo ano em que foi promovido ao quadro de árbitros da CBF – Confederação Brasileira de Futebol - tendo atuado, até aqui, em quatro partidas da Série D do Brasileiro.

Tisne durante primeira partida da final deste ano - Crédito: Arquivo pessoal

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Tisne busca seu espaço que vem conquistando pela meritocracia. Novo nos grandes jogos, é árbitro raiz e acostumado aos jogos da várzea e amadores, com atuações segura, boa qualidade técnica e disciplinar. Ainda em formação, está sendo lapidado pela comissão e certamente terá um futuro brilhante pela frente.

Apesar da pouca idade, Ramon Abatti Abel, 31 anos (18/09/1989), já tem boa experiência acumulada com os onze jogos do Estadual deste ano, sendo sete na primeira fase, duas pelas quartas de final, uma da semifinal e a final.

Árbitro de dois jogos das semifinais do ano passado, estava escalado para apitar a final entre Chapecoense e Brusque, mas Ramon deixou o sonho de atuar na final do Estadual por um sonho ainda maior, estrear na Série A do campeonato Brasileiro, que ocorreu na mesma data da final, na partida entre Atlético/MG e Red Bull, disputada no Mineirão.

Ao todo, atuou em onze partidas da Série A do Brasileirão na temporada passada.

Nascido no minúsculo Município de Turvo, oeste catarinense e formado em Direito pela Unisul, Ramon é tido como a principal revelação da arbitragem catarinense na última década.

Árbitro desde 2012, estreou na primeira divisão do estadual em 2017, promovido ao quadro da CBF em 2017, Ramon apitou a final da Série C do Brasileiro de 2020 entre Remo e Vila Nova, no estádio Mangueirão, em Belém (PA).

Ramon Abatti - Crédito: Patrick Floriani / Figueirense

 

Renovação
Mas nem só de Ramon e Tisne vive a arbitragem catarinense. Com um amplo projeto de renovação em andamento, a comissão de arbitragem da FCF, sob comando do ex-árbitro Marco Antonio Martins e dos membros Cantucho João Setúbal e Luiz Carlos Spindola, buscam constantemente formar, capacitar, orientar e dar oportunidades aos jovens árbitros que estão correspondendo dentro de campo as expectativas neles depositadas.

Com Ramon sendo a bola da vez e Tisne ocupando seu espaço, outros como Diego da Costa Cidral, 30 anos - árbitro da primeira partida da final de 2020 -, Fernando Henrique de Medeiros Miranda, 33 anos e Gustavo Ervino Bauermann, 25 anos, estão no processo e em breve estarão nos grandes jogos a nível estadual e nacional, oxigenado a arbitragem Brasileira carente de renovação e de árbitros de qualidade.

Os ‘meninos’ já aparecem no retrovisor e, alguns deles, já desbancaram medalhões como Heber Lopes e os FIFAs Rafael Traci e Bráulio Machado que vem perdendo espaço para a nova geração.

Os parabéns do Apitonacional aos árbitros pelo excelente desempenho e principalmente a comissão de arbitragem da FCF que, com um orçamento minúsculo, cerca de 70 mil reais ano, conseguiu entregar mais um campeonato sem maiores problemas e ainda revelar árbitros para esta e para as próximas temporadas e até mesmo às próximas décadas.

CEAF catarinense formada por Marco Martins Cantucho Setúbal e Luiz Spindola - Crédito: Marçal

 

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