|
Imagem: Divulgação/Diário do Nordeste |
A pandemia do novo coronavírus não atingiu apenas
jogadores, dirigentes e entidades esportivas. Uma outra categoria,
igualmente importante, passa por situação difícil, neste momento, de
isolamento social e sem partidas para comandar. Árbitros e
assistentes do Estado estão sem trabalhar desde que o futebol
cearense parou.
De lá para cá, a categoria está se mantendo como
pode. Para alguns, que têm na arbitragem uma segunda renda, a
situação está sendo mais contornável. É possível se preocupar mais
com os treinos para manter o condicionamento físico do que com a
renda mais baixa.
No entanto, para outros que tomam a profissão de
árbitro como única, o impacto no orçamento já é mais visível. Por
isso, a categoria já tratou de se organizar para reivindicar ajuda
financeira.
"A CBF nos adiantou uma taxa do maior jogo que
trabalhamos no ano anterior. E, à Federação Cearense de Futebol
(FCF) foi solicitado um adiantamento de taxas. Acredito que também
vai nos ceder" - disse o árbitro Léo Simão, que apita jogos em
solo cearense, mas também faz parte do quadro da CBF.
Atualmente, a lista local de árbitros conta com 130
profissionais. Desses, apenas 24 estão também nos quadros da CBF.
Por isso, a ajuda da FCF é tão importante.
"Nós temos conversado muito por videoconferência e
já estamos tentando apoiar e ajudar os árbitros de futebol.
Escutando cada necessidade" - afirmou o presidente Mauro
Carmélio, mas sem confirmar se as taxas pedidas pelos árbitros serão
liberadas pela entidade.
Enquanto isso, a Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (Anaf)
enviou documento ao Governo Federal solicitando que os árbitros
autônomos sejam incluídos entre os beneficiados com o auxílio
emergencial de R$ 600, que já está sendo pago.
A informação é do presidente do Sindicato dos Árbitros de Futebol do
Estado do Ceará (Sindarf/CE), César Magalhães.