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    São Paulo - 23/08/2021    07:16hs

Precisamos dar menos peso para as análises dos comentaristas de arbitragem

Por: Blog do Perrone
Engenheiros de obras acabadas, comentaristas cravam, até com certa arrogância, o que aconteceu no lance e mudam de opinião depois que é anunciada a decisão final em outra direção - Crédito: Divulgação/internet
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O torcedor brasileiro se acostumou a encarar o comentário de um ex-árbitro durante as transmissões dos jogos como verdade absoluta. A cada lance polêmico constatamos isso nas redes sociais.

Imediatamente são feitas postagens como: "o comentarista tal falou que foi pênalti, então quem fala que não foi está errado".

É diferente da maneira como lidamos com o comentário do analista tático. O que esse fala ouvimos como opinião, não como a versão a ser seguida.

O peso dado pelo torcedor à palavra do comentarista de arbitragem fez com que cada vez mais ex-juízes fossem contratados para a função.

Quanto mais vagas a serem ocupadas, mais difícil é encontrar profissionais competentes para elas. Ainda mais num país em que o nível do árbitros é muito baixo.

Outro dia, li um comentário do jornalista Mauro Cezar, também colunista do UOL, dizendo que árbitros que erraram muito em campo agora erram muito comentando.

Ele foi preciso. Puxe pela memória quantas vezes você se irritou com a atuação de um árbitro que hoje é comentarista?

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A cada rodada do Brasileirão isso fica mais evidente. São muitas as vezes em que eles cravam, até com certa arrogância, o que aconteceu no lance e mudam de opinião depois que é anunciada a decisão final em outra direção.

Errar todo mundo erra, em todas as atividades. Não há nada de errado em mudar de opinião, principalmente se for por conta de uma nova imagem do lance. O problema é cravar com tanta segurança como se a análise não dependesse do ângulo de visão ou de outros fatores. A cravada dá uma seção para o torcedor de que o lance está resolvido.

Bastaria um discurso mais humilde, com ressalvas como "na minha opinião", "com essas imagens".

É verdade que também são feitos comentários dessa forma, mas a prepotência que muitos tinham em campo foi levada para os comentários e atrapalha a já conturbada arbitragem brasileira, vítima da falta de profissionalização.

Por tudo isso precisamos dar outro peso ao comentário de ex-árbitros. É só opinião, não é a última instância para decidir um lance.

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Sobre o autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André.

De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

As informações são do Blog do Perrone/Uol

 

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