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    São Paulo - 28/04/2021    07:13hs

BIZARRO! Presidente de Comissão proíbe árbitros de usarem rádio comunicador em partidas do Estadual

Federação Matogrossense não fornece equipamentos aos profissionais do apito e proíbe uso de kit do sindicato sob alegação de 'meritocracia'

Altair Magalhães comanda arbitragem matogrossense desde 2006 - Crédito:  Robson Boamorte
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O presidente da comissão de arbitragem do Mato Grosso, Altair das Neves Magalhães, ligou para os árbitros, minutos antes da partida, com eles estavam nos vestiários, proibindo o uso de rádio de comunicação durante a partida Cuiabá e Dom Bosco, disputada no último domingo (25), pelas quartas de final do Campeonato Mato-grossense.

Logo depois, o dirigente postou mensagem no grupo de whatsapp dos árbitros, proibindo que eles usassem rádio de comunicação durante as partidas do Campeonato Estadual. Para justificar a proibição, usou a palavra ‘meritocracia’, que segundo ele seria para que cada um tivesse as mesmas condições de atuar.

Mesmo a Federação Mato-grossense de Futebol recebendo verba de mais de ‘HUM milhão de reais’ ano da CBF, - a última prestação de contas divulgada publicamente, a de 2019, consta valor recebido de 1.045.000,00 mil reais -, parte dele para treinar e capacitar a arbitragem, a FMF sequer é capaz de oferecer rádios e bandeiras eletrônicas para seus árbitros e, em uma decisão esdrúxula e autoritária, proíbe que os mesmo usem os equipamentos eletrônicos adquiridos pelo sindicato através das contribuições dos associados.

Da redação: Segundo definições, meritocracia é um tipo de gestão que busca promover e premiar funcionários que apresentam os melhores índices de desempenho. Ou seja, se trata de um sistema que almeja valorizar os melhores talentos e permitir que os colaboradores cresçam dentro da organização.

A fala do dirigente, há quinze anos na presidência da comissão, que além de demonstrar total falta de comunicação e capacidade para gerir um grupo, usou palavra inapropriada que, além de não esclarecer nada, só confundiu ainda mais os árbitros do estado (ouça o áudio abaixo).

 

Enquanto as federações dos demais estados vem investindo cada vez mais na arbitragem, principalmente na tecnologia com uso do VAR, rádios e bandeiras eletrônicas, no Mato Grosso, os árbitros sequer podem usar o rádio para comunicação entre os membros da arbitragem e assim diminuir os erros e legitimar as decisões.

Em 2020, ao custo de 5 mil reais, o sindicato dos árbitros local adquiriu um conjunto contendo rádio e bandeiras eletrônicas para os árbitros usarem durante as partidas, preferencialmente nas partidas transmitidas pela TV, para dar uma melhor qualidade e evitar críticas pela falta do equipamento.

O que eles falaram

O Apitonacional entrou em contato com Edilson Ramos Damata, presidente do Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de Mato Grosso (Sindamat). Segundo o dirigente a Federação Matogrossense não colocou nenhuma objeção quanto ao uso dos equipamentos, mas que foi pego de surpresa com a proibição no ultimo domindo pelo presidente da comissão de arbitragem.

“Pra mim foi uma surpresa. Nós compramos um kit com adio comunicador e bandeiras eletrônicas para os árbitros usarem, mas no domingo foram proibidos já nos vestiários quando receberam uma ligação do Cel. Altair com a ordem para não usarem o rádio” – disse Damata.

O Apitonacional também entrou em contato com o presidente da comissão, Altair Magalhães, que respondeu, mas não conseguiu ser esclarecedor em sua resposta.

“Fico muito feliz com o sucesso da arbitragem, daquilo que é realizado com os árbitros para que eles possam exercer com eficiência, competência e determinação a sua atuação para que recebam o tratamento adequado, a avaliação adequada e sejam motivados a perseguir aquilo que todos como eu, você, que trabalhamos na arbitragem queremos, a excelência da arbitragem. O profissional do apito cada vez mais respeitado, disciplinado e determinado na busca do bem comum, na coletividade desta coisa tão gostosa que é ser árbitro de futebol” – encerrou Altair Magalhães.

Taxas

Segundo presidente do sindicato, as taxas de arbitragem foram diminuídas este ano para alguns árbitros com a classificação dos profissionais, que antes eram um só, em dois grupos, o A, com árbitros do quadro da CBF, que continuam ganhando valores de 2020 e B formado por árbitros local, que tiveram valores diminuídos.

Damata disse que foi contra a diminuição nas taxas, mas que não teve como lutar sozinho contra a força da FMF. Os árbitros do quadro local, que ganhavam R$ 730 reais por partida no ano passado, estão recebendo 550 reais este ano (veja abaixo).

 

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