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    São Paulo - 16/10/2020    11:17hs

Pressionado, Gaciba troca árbitro de São Paulo x Grêmio

Dirigente ainda admitiu erro humano no uso do VAR na partida Atlético-MG x São Paulo ao Sportv um dia depois de ter negado informação ao Fox Sports

Leonardo Gaciba admite erro do VAR durante programa Seleção SporTV - Crédito: Reprodução SporTV
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A tarde da última quinta-feira (15) foi agitada para o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF. Gaciba teve que explicar o inexplicável para dirigentes do São Paulo que foram até a sede da CBF no Rio de Janeiro cobrar posicionamento da entidade e do dirigente por conta das péssimas arbitragens no campeonato brasileiro deste ano.

Em reunião com Leonardo Gaciba, Alexandre Pássaro e Raí, dirigentes da equipe paulista, pediram explicações sobre lances marcantes da atual temporada e pediram que Rodolpho Toski Marques (FIFA/PR) fosse retirado da escala do VAR para a partida contra o Grêmio, que será disputada na noite do próximo sábado (17) no Morumbi. Toski foi o responsável por apitar o empate contra o Fortaleza, pela Copa do Brasil, e recebeu severas críticas da diretoria e da comissão técnica do São Paulo, assim como dos dirigentes do Fortaleza.

Segundo informações de uma fonte próxima a CA/CBF, a Comissão reconheceu equívocos da arbitragem na partida e que houve erro no tempo de acréscimo de apenas nove minutos concedido no 2º tempo do jogo, pois só na expulsão do goleiro da equipe cearense foram 11 minutos de paralisação e acrescentado a paralisação do VAR e as substituições, os acréscimos teriam que ter sido de no mínimo 15 minutos.

Pressionado e sem ter muito o que argumentar, Gaciba ofereceu o famoso cafezinho com calmante aos dirigentes e aceitou o pedido da equipe paulista trocando Rodolpho Toski por Elmo Resende Cunha no comando do VAR como exigiu os dirigentes e como mostra o antes e o depois do veto na escala abaixo.

Questionado, Gaciba se posicionou também sobre outros lances com muita reclamação que ocorreram contra a equipe tricolor permitindo acesso aos áudios do VAR sobre ocasiões anteriores. A agressão de Jô em Diego Costa no clássico com o Corinthians foi uma delas. Na ocasião, a Comissão de Arbitragem e a ouvidoria da CBF entenderam não ter havido agressão na jogada, mas o atacante corintiano foi denunciado e suspenso por duas partidas pelo STJD.

Mas o que chamou mais atenção foi o erro assumido, mesmo que tardiamente, no impedimento de Luciano diante do Atlético-MG. Gaciba alegou aos dirigentes que só se manifestou na tarde da quarta-feira (14), por ser a primeira vez em que foi questionado sobre o tema. O que na verdade é uma mentira.

Um dia antes, na terça, no programa 'Fox Sports ao vivo', Gaciba admitiu um único erro do VAR e ao ser questionado pelos jornalistas da emissora se o lance seria da partida entre Atlético-MG x São Paulo, o dirigente se esquivou dizendo que não falaria de jogos específicos e não confirmou que o erro teria sido no gol de Luciano. Em seguida foi confrontado veemente pelo jornalista Paulo Lima que cobrou que falasse pela transparência e disse que a arbitragem brasileira é péssima deixando o dirigente visivelmente irritado e bufando com as críticas.

Já no 'Seleção Sportv', um dia depois, talvez por se sentir ainda funcionário da casa ou para deixar portas abertas, Gaciba foi bem solicito e admitiu o erro chegando a dizer que contra imagem não há argumentos.

Se contra imagens não a argumentos, porque então ter negado na ocasião da partida e durante o programa da Fox Sposts dando nitidamente preferência ao sistema Globo do qual era funcionário até pouco tempo atrás.

Veja vídeo com as duas entrevistas abaixo.

 

"Fizemos uma análise do lance. A linha realmente não é colocada (de forma correta). Há outros detalhes que temos na análise que a gente faz. Não adianta lutar contra a imagem. Claramente, a linha não está colocada de forma padrão. Não é erro da tecnologia. É um equívoco humano da colocação da linha de impedimento” - disse ao Seleção SporTV.

Gaciba afirmou que a imagem foi paralisada em um momento errado e que isso poderia modificar o resultado na linha de impedimento. Para ele, o erro foi gerado um ‘equívoco humano’.

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