Você sabe quanto ganha um árbitro
de futebol nas quatro principais divisões do futebol brasileiro?
Mesmo que o Apitonacional tenha
disponibilizado em diversas matérias esses números aos longos dos
anos, é normal que muitos não saibam os valores.
Naturalmente, o torcedor encara o
árbitro de futebol como um inimigo, como ladrão, o filho da puta!
Até porque na hora da emoção, eles parecem ser mesmo. Entre eles e o
time de coração, escolhem seus times sempre e ponto afinal.
Mas olhar para esses profissionais
de forma mais humanizada, isto é, como personagens ativos do jogo,
passíveis de erros e acertos como os jogadores e não agentes mal
intencionados, pode ser bastante construtivo.
Uma maneira de exercitar esse
olhar é entender um pouco melhor a realidade da “profissão”, que no
Brasil ainda esta longe de, verdadeiramente, ser profissão de
verdade, com exceções de alguns, e está mais para atividade
autônoma, a partir de seu lado financeiro.
Quanto ganha um árbitro de
futebol? Existem valores diferentes? Como é essa remuneração? São
perguntas válidas e pertinentes para posicionar o que é ser um
árbitro de futebol. O Apitonacional
fez uma longa pesquisa e responde essas e todas as outras perguntas
no texto abaixo.
O árbitro de futebol na elite do
Brasil pode ganhar entre R$ 5.250,00, na Série A do Campeonato
Brasileiro e R$ 975,00, na Série C desta mesma competição por
partida. Todos os valores são relativos, tanto ao nível de
experiência e avaliação do árbitro quanto ao tamanho de uma partida
isto é, a competição e a fase em que ela é disputada.
Existem, basicamente, três
gradações de arbitragem no futebol brasileiro, que são os quadros
dos quais os árbitros fazem parte. A maior classificação é fazer
parte do quadro da FIFA, a segunda maior é fazer parte do quadro da
CBF e a terceira é do chamado quadro básico nas Federações.
Lembrando que o árbitro de futebol
que faz parte do quadro da FIFA também faz parte do quadro da CBF —
e do básico, obviamente.
Quanto maior a avaliação de um
árbitro, mais dinheiro ele pode ganhar numa partida, contando que
ela seja de competições de maior prestígio. Uma partida da Série A
do Brasileirão, por exemplo, paga mais do que da Séries B, C e D,
mas menos do que uma da Copa Libertadores.
Da mesma maneira, uma partida das
fases iniciais da Copa do Brasil paga menos que uma rodada da Série
A, mas a final do torneio é a que mais paga em todo o calendário do
futebol brasileiro.
Na Série A do Campeonato
Brasileiro, um árbitro ganha entre R$ 5,2 mil e R$ 3,72 mil por
partida. A diferença dos valores está na classificação do apitador,
isto é, do quadro do qual ele faz parte.
Os profissionais fazem jus, em
todas as divisões das competições, a diárias que vão de R$ 110 reais
a R$ 750, dependendo da distancia de sua residência e local da
partida.
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O árbitro de futebol que mais ganha no Brasil nos últimos anos é
Raphael Claus. O paulista faz parte do quadro da FIFA desde 2015 e
tem uma média de 20 partidas por temporada no Brasileirão. Em 2020
atuou em 20 partidas da Série A, que nos valores de hoje renderia
pouco mais de 100 mil reais só com a competição nacional.
Mas as taxas das partidas não são as únicas formas de remuneração de
Claus como árbitro, ele foi eleito, por quatro vezes, o melhor
arbitro da principal competição nacional dividindo prêmios de 300
mil reais com os assistentes. Somando todas as taxas e premiações
nas competições que ele atua pela FIFA, CBF, Conmebol e estadual,
seguramente o melhor arbitro do país tem um faturamento próximo dos
400 mil reais ano.
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Raphael Claus, árbitro que mais ganha no
Brasil - Crédito: Pablo Stefanec/Reuters |
Outro gigante no faturamento é
Anderson Daronco. O gaúcho também faz parte do quadro da FIFA desde
2015 e também tem uma media de 20 de partidas apitadas na Série A do
Brasileirão. Em 2020 atuou em 17 partidas da Série A, que rendeu
cerca de 90 mil reais brutos só com a competição nacional e somando
as taxas das demais divisões, Daronco fatura algo em torno de 300
mil ano.
Lembrando que os valores são aproximadamente, o que pode variar para
cima dependendo de eventuais participação em Olimpíadas e Copa do
Mundo ou para baixo, dependendo de eventual má fase que possa
diminuir as escalas ou qualquer tipo de contusão que afaste os
apitadores dos gramados. Os valores são brutos e diminui com os
descontos previstos em lei.
A Copa Libertadores da América paga ao seus árbitros algo em torno
de R$ 6 mil por partida. O valor é maior que o pago pela CBF no
Brasileirão, o que ocasionalmente faz com que árbitros brasileiros
dêem preferência ao torneio continental.
Um árbitro pode ganhar entre R$
2.3 na fase inicial e R$ 10,4 mil, na final por partida na Copa do
Brasil. O primeiro valor recebem aqueles “profissionais” que apitam
na primeira fase, normalmente do quadro básico da CBF.
Já os R$ 10 mil são destinados ao
árbitro que conduzir alguma das partidas da final. Aqui não
necessariamente cabe a diferenciação de quadros, já que só são
escalados apitadores FIFA ou CBF.
O árbitro que é promovido ao
quadro FIFA passa a ganhar o maior valor possível no futebol
brasileiro. No Brasileirão, por exemplo, ganha mais de R$ 5 mil por
partida; na Copa do Brasil inicia com 2,7 mil e pode chegar a mais
de 10 mil caso apite a final, sem falar dos R$ 6 mil da
Libertadores.
O valor é mais alto também nas
divisões inferiores do Campeonato Brasileiro. Na Série B, o valor
fica na casa dos R$ 4 mil; na Série C, R$ 3 mil e na Série D, R$ 2,4
mil, todos por cada partida, é bom dizer.
Q árbitro quando passa a fazer
parte do quadro da CBF, ganha R$ 3,7 mil por partida apitada no
Campeonato Brasileiro da Série A. Na divisões inferiores, o valor
cai naturalmente, como os R$ 975,00 pagos na fase inicial e os R$
1.260 pagos a partir das oitavas da Série D.
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Veja abaixo as taxas das series B.
C e D.