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Quanto ganhou os árbitros da Final da Copa do Brasil?

Rafael Klein e Raphael Claus receberam 21 mil cada pelo apito da decisão da Copa do Brasil. Veja todos os valores
    São Paulo - 08/11/2024    06:39hs

Atualizado em 10/11/2024    18:16hs

Raphael Claus, mais de três milhões de reais de remuneração na carreira - Crédito: Paul Ellis/AFP
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A decisão da Copa do Brasil 2024, que colocou frente a frente Flamengo e Atlético-MG, envolveu não só um espetáculo dentro de campo, mas também uma série de elementos que passam despercebidos pelos torcedores. Entre eles está a complexa e importante questão da remuneração dos árbitros que apitam jogos desse nível. O que poucos sabem é que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) adota critérios rigorosos para selecionar e compensar esses profissionais.

A atuação do árbitro é sempre um ponto de discussão, ainda mais em partidas de tamanha relevância, como uma final de Copa do Brasil. E por isso, a CBF não poupa esforços para garantir que os melhores profissionais estejam em campo. A remuneração é um dos fatores que busca atrair e manter árbitros de alto nível, especialmente aqueles com escudo FIFA.

Critérios de remuneração diferenciada

A CBF utiliza um sistema de pagamento que diferencia os árbitros de acordo com seus níveis de qualificação. Aquele que possui a certificação FIFA recebe valores mais elevados em comparação aos que têm somente o escudo da CBF. Isso ocorre porque a presença do escudo FIFA indica que o árbitro está habilitado a apitar jogos internacionais, tendo passado por treinamentos e avaliações mais rigorosas.

• Árbitro FIFA: R$ 21.000,00
• Assistente FIFA: R$ 12.600,00
• Quarto e quinto árbitros FIFA: R$ 3.480,00
• VAR FIFA: R$ 12.600,00
• AVAR FIFA: R$ 7.560,00
• AVAR 2 FIFA: R$ 7.560,00

Para os árbitros que possuem apenas o escudo da CBF, além das escalas serem, com raras exceções, apenas nas fases iniciais da competição, a remuneração é um pouco mais modesta:

• Árbitro CBF: R$ 15.750,00
• Árbitro CBF: R$ 9.450,00
• Quarto e quinto árbitros CBF: R$ 2.520,00
• VAR CBF: R$ 9.450,00
• AVAR CBF: R$ 5.670,00
• AVAR 2 CBF: R$ 5.670,00

Veja taxas completa abaixo.

Esses valores são estabelecidos pela CBF com o objetivo de reconhecer a complexidade e a responsabilidade envolvidas na condução de partidas de alta relevância. Afinal, erros de arbitragem em jogos decisivos podem gerar consequências dramáticas, tanto para os clubes quanto para a própria reputação da entidade que organiza o campeonato.

Bastidores da escala de arbitragem

Para a primeira partida da final da Copa do Brasil 2024, a CBF designou Rafael Rodrigo Klein. Ele é do Rio Grande do Sul, portador do escudo FIFA e apitou uma das finais pela primeira vez em sua carreira. Apesar de sua vasta experiência, Klein foi alvo de críticas ao longo da temporada, o que gerou discussões acerca de sua escolha para um jogo tão importante. Ao seu lado, estiveram os assistentes Bruno Raphael Pires, de Goiás, e Bruno Boschilia, do Paraná, ambos também com escudo FIFA. O quarto árbitro foi Edina Alves Batista, de São Paulo, conhecida por sua atuação destacada no futebol brasileiro e internacional.

O VAR, elemento cada vez mais crucial em decisões do futebol moderno, ficou sob o comando de Caio Max Augusto Vieira, do Rio Grande do Norte, com Cleriston Clay Barreto Rios, de Sergipe, como AVAR.

A partida, disputada no último domingo (3) no Maracanã, Rio de Janeiro, terminou com vitória do Flamengo por 3 a 1 e Klein teve ótimo desempenho, assim como os demais membros da arbitragem tiveram ótima atuação no confronto.

Lista de árbitros escalados para a final

• Primeiro jogo (Flamengo x Atlético-MG)
• Árbitro: Rafael Rodrigo Klein (RS)
• Auxiliar 1: Bruno Raphael Pires (GO)
• Auxiliar 2: Bruno Boschilia (PR)
• Quarto Árbitro: Edina Alves Batista (SP)
• VAR: Caio Max Augusto Vieira (RN)
• AVAR: Cleriston Clay Barreto Rios (SE)

Para o jogo de volta, no domingo (10), na Arena MRV, em Belo Horizonte-MG, o escolhido foi Raphael Claus, árbitro de São Paulo com escudo FIFA. Claus é amplamente respeitado e considerado um dos melhores do Brasil nas últimas duas décadas trazendo dezenas de decisões no currículo na carreira, o que justifica sua designação para a partida decisiva. A equipe que o acompanhou incluiu Neuza Inês Back e Danilo Ricardo Simon Manis, ambos também de São Paulo, com grande experiência e competência. Daiane Muniz, de São Paulo, foi a escolhida para o VAR, com Fabrício Porfírio de Moura atuando como seu assistente.

Juntando as taxas das partidas normais, das diferenciadas em finais de campeonatos por todo Brasil, incluindo amadores, as remunerações em competições internacionais e premiações como melhor arbitro do Paulistão e Brasileiro, Raphael Claus acumula mais de três milhões de reais na carreira.

A partida terminou em 1 a 0 para o Flamengo que assim conquistou o título da competição pela 5ª vez (1990, 2006, 2013, 2022 e 2024).

Lista de árbitros escalados para a final

• Segundo jogo (Atlético-MG x Flamengo)
• Árbitro: Raphael Claus (SP)
• Auxiliar 1: Neuza Inês Back (SP)
• Auxiliar 2: Danilo Ricardo Simon Manis (SP)
• Quarto Árbitro: Matheus Delgado Candançan (SP)
• VAR: Daiane Muniz (SP)
• AVAR: Fabrício Porfírio de Moura (SP)

A importância da remuneração adequada

O futebol é um esporte que envolve emoção, paixão e, em muitos casos, milhões de reais em investimentos. Diante disso, os árbitros são figuras centrais, responsáveis por garantir que as regras do jogo sejam cumpridas de maneira justa e imparcial. A pressão que esses profissionais enfrentam é imensa, tanto por parte dos jogadores e técnicos quanto do público, que não hesita em manifestar sua insatisfação diante de qualquer erro.

Rafael Klein durante primeira partida da Copa do Brasil - Crédito: Reprodução Rede Globo

Para motivar e atrair árbitros qualificados, a CBF oferece remunerações que estão entre as mais altas do futebol sul-americano. O pagamento diferenciado para árbitros com escudo FIFA não é apenas um reconhecimento de suas habilidades, mas também uma tentativa de manter esses profissionais na ativa, evitando que sejam atraídos por ligas estrangeiras que oferecem salários mais elevados.

Comparativo com outras competições

Em termos internacionais, os árbitros que apitam jogos de torneios como a Libertadores da América ou a Liga dos Campeões da UEFA também recebem valores consideráveis. A ideia é garantir que a arbitragem esteja à altura da importância das partidas. No entanto, é interessante observar que o Brasil se destaca por oferecer uma estrutura financeira robusta para seus árbitros, algo que nem todos os países conseguem fazer.

Remuneração em diferentes situações

• Árbitros de competições nacionais: A maioria dos árbitros que atuam em competições organizadas pela CBF recebem valores que variam conforme a relevância do jogo. Jogos de menor visibilidade têm pagamentos reduzidos, enquanto clássicos e decisões, como a final da Copa do Brasil, garantem valores expressivamente maiores.

• Torneios regionais: Árbitros que apitam torneios regionais ou estaduais recebem remunerações significativamente menores, o que leva muitos profissionais a buscar a qualificação internacional para ter acesso aos jogos mais rentáveis.

• Competições internacionais: Quando convocados para atuar em torneios da Conmebol ou da FIFA, os árbitros brasileiros têm a chance de receber pagamentos ainda mais elevados, além de ganhar visibilidade global.

Expectativas e desafios para os árbitros

O caminho para se tornar um árbitro de elite não é fácil. Exige anos de treinamento, estudo das regras, e uma excelente condição física. Além disso, é necessário ter um controle emocional extraordinário para lidar com as situações de alta pressão. Árbitros como Rafael Klein e Raphael Claus, apelidado na infância carinhosamente de ‘Ratão’ pelo formato do rosto, se destacaram justamente por sua capacidade de manter a calma em momentos críticos e aplicar as regras de forma imparcial.

Porém, os desafios são muitos. Erros de arbitragem podem manchar a carreira de um árbitro, especialmente em tempos de VAR, onde cada decisão é analisada minuciosamente. O uso dessa tecnologia trouxe avanços para o esporte, mas também tornou o trabalho dos árbitros ainda mais complexo.

Fatores que influenciam na escolha dos árbitros para finais

• Desempenho durante a temporada: Árbitros que têm um bom histórico de decisões corretas e atuação firme são mais propensos a serem escolhidos para jogos importantes.

• Experiência: Ter apitado jogos de alta relevância no passado conta pontos na hora de ser escolhido para uma final.

• Preparação física e mental: Árbitros que mostram estar bem preparados fisicamente e mentalmente são preferidos, pois jogos decisivos exigem máxima concentração e resistência.

Afinal, a pressão sobre os árbitros na final da Copa do Brasil de 2024 é imensa, mas a CBF espera que a escolha de profissionais qualificados garanta uma condução justa e sem erros que possam comprometer o espetáculo.

Como já mencionado, no primeiro confronto os protagonistas foram os jogadores e que seja assim também no apito final do próximo domingo e que a arbitragem passe despercebida cumprindo seu papel. Boa sorte e sucesso para todos.

Com informações do www.mixvale.com.br/

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