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 11/10/2017    13:36hs

SEM ACORDO!

Audiência entre CBF, MPT e representantes da arbitragem termina sem acordo; Justiça deve julgar em breve ação que questiona patrocínios da arbitragem

Arthur Alves, Ester Freitas e Marco Martins em frente ao TRT logo após audiência. Foto: Arthur Alves Junior
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Sem possibilidade de acordo! Com essa frase, a CBF, através de seu advogado, deixou bem claro que não pretende repassar qualquer valor recebido com os patrocínios nas camisas dos árbitros. Como já publicado por este site, desde 2012 entrou nos cofres algo em tono de 12 milhões de reais que foram usados pela entidade sem qualquer prestação de contas aos representantes dos homens de preto.

A afirmação ocorreu na audiência de conciliação realizada na manhã desta quarta-feira (11) na 49ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ). Além da magistrada (Raquel de Oliveira Maciel) e do representante do MPT (Marco Antônio Sevidanes da Matta), participaram da audiência o presidente da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (ANAF), Marco Antônio Martins, Arthur Alves Junior, presidente do Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo (Safesp) e vice-presidente regional da ANAF e Marçal Rodrigues Mendes, ex-assistente CBF e atual presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Arbitragem Esportiva (Sintrace) autor da proposta de ação ao MPT.

Na parte jurídica Ester Silva de Freitas atuou em defesa dos árbitros e Roberto Florêncio Soares da Cunha defendeu os interesses da CBF.

Durante a audiência, a CBF pediu que a ANAF justifique sua entrada na ação como terceira interessada, não só pedir por pedir como foi feito, mas que fundamente suas razões. A CBF também questionou a pretensão do Sintrace fazer parte da ação alegando que já tinha a Associação Nacional como representante dos árbitros. Após ser esclarecido que, apesar de também representar os árbitros, não tem qualquer ligação com a ANAF, a magistrada concedeu dez dias de prazo para que o Sintrace também fundamente seu requerimento.

Por fim a CBF pediu sigilo na ação por entender que vários documentos e contratos que fazem parte da ação não devem ser divulgados. Como operacionalmente não é possível proteger só os documentos e como  não houve contestações, o pedido foi aceito pela juíza e a ação agora corre sob segredo de justiça.

Após estas rápidas decisões, a audiência foi encerada e a categoria espera agora por uma decisão da justiça que deve ocorrer nos próximos dias.

Ação questiona poderes da CBF para celebrar contratos de patrocínios nas camisas dos árbitros

O Apitonacional procurou os dirigentes que estiveram na audiência. Veja abaixo o que eles disseram.

“Saí ontem de São Paulo para ir à audiência. Compramos a passagens em três pagamentos pela crise que passamos, não houve acordo ou qualquer decisão, mas é importante a participação para que não fique parecendo que a categoria não tem representatividade” – disse Arthur Alves Junior.

“O Sintrace-RJ como interessado não é parte, pois o Ministério Publico do Trabalho é o legítimo proponente da ação. Contudo vamos procurar ter um estreito relacionamento com o MPT nessa ação comunicando que a lei Pelé art. 4 inciso II, precisa ser valorada, sob pena de tornar a uma lei morta, ou seja, sem eficácia” – disse Marçal Mendes, presidente do Sintrace.

Procuramos também Ester Freitas e Marco Martins, respectivamente advogada e presidente da ANAF, mas ambos não responderam até o fechamento desta matéria. Martins estava em transito retornando ao seu estado e Ester não foi localizada.

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