Sob investigação do Ministério
Público do Trabalho desde maio, a CBF (Confederação Brasileira de
Futebol), anunciou a mudança nas regras para atuação de árbitros no
quadro nacional. A decisão foi anunciada na ultima segunda-feira
(23) em manifestação da entidade no inquérito do MPT, provocado pelo
ex-árbitro Marçal Mendes, na qual é investigada por discriminação. A
CBF prometeu que os requisitos não vão mais ser cobrados a partir da
próxima temporada.
Nas regras usadas para ingresso e
permanência no quadro nacional, o limite de idade que vem sendo
usado é de 55 anos. Para árbitros que atuam apenas nas Séries C e D
do Brasileirão, o limite é de 45. Além disso, árbitros que atuam nos
estaduais, têm até os 38 anos para ingressar na quadro nacional.
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paraibano
"Estamos eufóricos pelo
reconhecimento da própria CBF dos excessos que vinham cometendo ao
longo dos anos e por ter abolido tais requisitos. Conseguimos de uma
forma pacífica equiparar as relações. Hoje é dia de comemorar. A
única coisa que falta é que a CBF, assim com envia ofício
informativos para categoria, inclusive com esses requisitos da
denúncia, tenha a mesma postura de comunicar federações e árbitros.
Temos que dar publicidade a isso" - comemorou Marçal Rodrigues
Mendes, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Arbitragem
Esportiva (Sintrace-RJ), que foi o autor da denúncia no Ministério
Publico do Trabalho do Rio de Janeiro (MPT/RJ).
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Com relação à proibição do uso de
barba, outro objeto do inquérito do MPT, a CBF alegou que essa
exigência não existe e usou como exemplos uma campanha feita em 2019
com a imagem de um árbitro com a barba por fazer e uma foto mais
recente de do árbitro Flavio Rodrigues de Souza que, possivelmente
incentivado pela CBF, atuou com a barba por fazer na partida
Fluminense 1x1 Fortaleza pela 5ª rodada do Brasileiro. Desde então,
nem Flavio, nem qualquer outro árbitro, pelo que se sabe, atuaram
com barba.
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Flavio Rodrigues Souza, de barba, durante
Fluminense 1x1 Fortaleza - Crédito: Caio Rocha/Gazeta Press |
O Sintrace, presidido por Marçal
Mendes, que fez o papel de denunciante na investigação, ainda vai se
pronunciar.
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O ex-árbitro Marçal Mendes, durante
audiência no MPT/RJ - Crédito: Marçal |
Na Conmebol (Confederação
Sul-americana de Futebol), o uso de barba não é proibido e os
árbitros dos países que integram a entidade, atuam com certa
freqüência de barba. Na partida em que o Palmeiras enfrentou o River
Plate na Copa Libertadores de 2020, um dos assistentes, Martin
Soppi, do Uruguai, atuou de barba, o que é comum em partidas da
Europa e principalmente nos paises árabes onde o uso de barba é uma
tradição milenar.
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Palmeiras x River Plate - Crédito:
Conmebol |
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