Publicidade

 

 
    São Paulo - 25/08/2021    09:02hs

Sob investigação no Ministério Público, CBF acaba com limite de idade e exigência de ensino superior

Pressionada pelo Ministério Público, que foi provocado pelo ex-árbitro Marçal Mendes, entidade promete excluir requisitos a partir da próxima temporada

Trio de arbitragem Fluminense x Fortaleza - Crédito: CBF
Publicidade

Sob investigação do Ministério Público do Trabalho desde maio, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), anunciou a mudança nas regras para atuação de árbitros no quadro nacional. A decisão foi anunciada na ultima segunda-feira (23) em manifestação da entidade no inquérito do MPT, provocado pelo ex-árbitro Marçal Mendes, na qual é investigada por discriminação. A CBF prometeu que os requisitos não vão mais ser cobrados a partir da próxima temporada.

Nas regras usadas para ingresso e permanência no quadro nacional, o limite de idade que vem sendo usado é de 55 anos. Para árbitros que atuam apenas nas Séries C e D do Brasileirão, o limite é de 45. Além disso, árbitros que atuam nos estaduais, têm até os 38 anos para ingressar na quadro nacional.

> Marçal Mendes denuncia e Ministério Público do Trabalho apura condições dos vestiários da arbitragem no Carioca

> Ex-árbitro Marçal Mendes segue lutando por conquistas para a arbitragem

> Semp Toshiba condenada a indenizar ex-árbitro por uso indevido de imagem

> Justiça condena CBF que terá que dividir patrocínios com os árbitros

> Ministério Público do Trabalho processa CBF por publicidade em camisas de árbitros

> O barba negra do apito: Protesto? Marketing? Com aval da CBF, Pablo dos Santos Alves apita no melhor estilo pirata de navio corsário no campeonato paraibano

"Estamos eufóricos pelo reconhecimento da própria CBF dos excessos que vinham cometendo ao longo dos anos e por ter abolido tais requisitos. Conseguimos de uma forma pacífica equiparar as relações. Hoje é dia de comemorar. A única coisa que falta é que a CBF, assim com envia ofício informativos para categoria, inclusive com esses requisitos da denúncia, tenha a mesma postura de comunicar federações e árbitros. Temos que dar publicidade a isso" - comemorou Marçal Rodrigues Mendes, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Arbitragem Esportiva (Sintrace-RJ), que foi o autor da denúncia no Ministério Publico do Trabalho do Rio de Janeiro (MPT/RJ).

 Publicidade

Com relação à proibição do uso de barba, outro objeto do inquérito do MPT, a CBF alegou que essa exigência não existe e usou como exemplos uma campanha feita em 2019 com a imagem de um árbitro com a barba por fazer e uma foto mais recente de do árbitro Flavio Rodrigues de Souza que, possivelmente incentivado pela CBF, atuou com a barba por fazer na partida Fluminense 1x1 Fortaleza pela 5ª rodada do Brasileiro. Desde então, nem Flavio, nem qualquer outro árbitro, pelo que se sabe, atuaram com barba.

Flavio Rodrigues Souza, de barba, durante Fluminense 1x1 Fortaleza - Crédito: Caio Rocha/Gazeta Press

O Sintrace, presidido por Marçal Mendes, que fez o papel de denunciante na investigação, ainda vai se pronunciar.

O ex-árbitro Marçal Mendes, durante audiência no MPT/RJ - Crédito: Marçal

Na Conmebol (Confederação Sul-americana de Futebol), o uso de barba não é proibido e os árbitros dos países que integram a entidade, atuam com certa freqüência de barba. Na partida em que o Palmeiras enfrentou o River Plate na Copa Libertadores de 2020, um dos assistentes, Martin Soppi, do Uruguai, atuou de barba, o que é comum em partidas da Europa e principalmente nos paises árabes onde o uso de barba é uma tradição milenar.

Palmeiras x River Plate - Crédito: Conmebol

 Publicidade

 

 

Siga o Apitonacional nas redes sociais

Facebook.com/apitonacional

Twitter.com/apitonacional

Instagram/

 

Apitonacional, compromisso só com a verdade!

 

 

 

 
Publicidade

Copyright © 2009     -     www.apitonacional.com.br ® Todos os direitos reservados