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 26/02/2020    08:02hs

Árbitros obrigados a fazerem posição de sentido durante hino nacional

Profissionais do apito reclamam da determinação vinda do chefe Cel. da PM, dos problemas durante a pré-temporada e da taxa de R$ 20 para reteste físico

Fotos Crédito: Instagram/Divulgação

Árbitros mato-grossenses em posição absoluto de sentido durante Hino Nacional cumprindo a determinação da CEAF/MT
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Você acha que já viu tudo na arbitragem? Não, você não viu tudo! Esse é só mais um absurdo, mas certamente você verá outros ainda piores, os árbitros merecem e eles sabem disso!

Por conta da covardia e subserviência dos árbitros que acovardados e sem qualquer representação sindical, cujo dirigentes, na sua esmagadora maioria, se tornam pelegos sindicais servindo aos patrões, neste caso às federações, são obrigados a se submeterem a todo tipo de determinação que terão que cumprir a rigor ou sofrer as conseqüências.

Diz a boa educação que nas ocasiões em que houver a execução do Hino Nacional, todos devem tomar atitude de respeito, de pé e em silêncio. Os civis do sexo masculino com a cabeça descoberta e os militares em continência, segundo os regulamentos das respectivas corporações.

Mas se o comportamento respeitoso e a educação de todos durante o hino é desejável e bem-vindo, o autoritarismo em obrigar civis a se portarem como militares, no caso os árbitros, é totalmente inadmissível e inaceitável. Não é o que pensa o Presidente da Comissão de Arbitragem do Mato Grosso que teria enviado determinação para os árbitros se portem como se militares fossem durante o hino nacional. Atitude que demonstra mais uma vez o quanto os dirigentes são autoritários, retrogradados e fora da realidade.

Fotos Crédito: Instagram/Divulgação

Árbitros mato-grossenses em posição absoluto de sentido, sem respirar, como se militares fossem durante Hino Nacional

Veja abaixo a mensagem (original) enviada via whatsapp para os árbitros da primeira divisão do Campeonato Mato-grossense de Futebol.

“Bom dia o Senhor Oficial de Arbitragem deverá junto com seus Comandados ter uma postura respeitosa quando da execução do HINO NACIONAL ou seja posicao de sentido ou pés unidos e mao mão direita com as palmas abertas sobre o peito esquerdo”.

A mensagem teria sido enviada aos árbitros diretamente do celular de Altair da Neves Magalhães, que além de presidente da Comissão de arbitragem desde 2006, é Coronel da reserva da PM Mato-grossense.

Cel. Magalhães (camisa branca) durante cerimônia no quartel - Crédito Dayanni/PMMT

Pré-temporada

Mas não é só da obrigatoriedade da posição militar durante o Hino Nacional que vem incomodando os árbitros, eles reclamam também da pré-temporada classificada por todos como verdadeira tragédia.

Com problema de saúde Cel. Magalhães ficou afastado por um período e a pré-temporada foi realizada sob organização do velho e conhecido Ismar Gomes e sua filha Helisangela Almeida que preferiram fazer as atividades nas dependências da Federação Mato-grossense de Futebol. Ocorre que o lugar não oferece a mínima condição de receber um evento como este com os árbitros ficando amontoados, em pé, sem espaço e até mesmo sentados no chão como mostra as fotos abaixo.

Fotos Crédito: Instagram/Divulgação

Ismar Gomes e é um velho conhecido da arbitragem nacional tendo sido militante em diversas reuniões no passado distante da ANAF (Associação Nacional dos Árbitros de Futebol) e atualmente é funcionário da FMF e responsável pela escola de arbitragem. Ele e sua filha também auxiliam na CEAF/MT na parte burocrática, principalmente na digitação das escalas, tendo em vista que Altair Magalhães tem dificuldades com a informática.

Obs. Nos anos anteriores a pré-temporada foi realizada nas dependências da Assembléia Legislativa do Estado com amplo espaço e conforto oferecido aos árbitros.

Crédito: ZakiNews

O ex-árbitro Ismar Gomes, 77 anos, como delegado em partida da 2ª Divisão de Mato Grosso em 2019

Reteste

Outra reclamação dos árbitros é por conta da cobrança de 20,00 reais de cada um para a realização do reteste físico para aqueles que foram reprovados no teste anterior ou que não fizeram o teste por algum motivo. O Apitonacional teve acesso ao comunicado da FMF (abaixo) onde não se diz o motivo e nem a finalidade da cobrança da taxa para os árbitros realizarem o reteste.

Crédito: Reprodução Whatsapp/Divulgação

O que eles disseram

Tentamos contatar o presidente da CEAF/MT Altair Magalhães, mas não recebemos resposta até o fechamento desta matéria. Não conseguimos contatar Ismar Gomes e nem sua filha Helisangela Almeida.

Apitonacional, compromisso só com a verdade!

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