Acompanhar os primeiros passos da carreira
profissional do filho é sempre um orgulho. Porém, para quem atua
como árbitro de futebol, é um fato incomum. Afinal, ainda não existe
uma regularidade para quem atua nesta função. Wagner dos Santos
Rosa, no entanto, foi um homem de sorte. Aos 45 anos, data limite
para "pendurar o apito", ele teve a oportunidade de fazer um jogo de
despedida: Tigres do Brasil x Ceres, pela última rodada do
Campeonato Estadual da Série B. Ao observar a escala, uma surpresa:
seus dois filhos foram alocados para atuar na mesma partida.
Wagner Gomes dos Santos Rosa, de 22 anos, é o
filho mais velho, e atuou como quarto árbitro. Hoje. ainda faz parte
do penúltimo módulo entre os juízes, podendo apitar jogos de
juniores. Rafael Gomes Rosa, de 20 é assistente e está em estágio
mais avançado que o irmão, podendo bandeirar jogos das séries B e C
de profissionais. Ambos foram incluídos propositalmente na escala
pela Comissão de Arbitragem do Rio de Janeiro (Coaf-RJ). Feito
comemorado por Wagner, que inicialmente havia feito sua despedida
ainda no Campeonato Carioca, em Flamengo x Cabofriense.
"É uma emoção muito profunda e eu agradeço muito a Federação pelo
reconhecimento. Foi uma surpresa, pois já havia sido homenageado ao
me despedir no Maracanã, em Flamengo x Cabofriense, mas me deram a
oportunidade de trabalhar ao lado dos meus filhos nesta partida. Um
momento que vou guardar para o resto da minha vida" - resume o
árbitro.
Policial civil, Wagner Rosa integra o quadro da FERJ desde 1992 e
atua também na CBF, onde estará ativo até o fim da temporada. Com
dois filhos atuando com arbitragem, ele sabe que já deixou um grande
legado para o enriquecimento da função, tão questionada nos últimos
anos. Porém, não quer parar por aí.
"Pretendo dar continuidade junto a Comissão de Arbitragem para
ajudar em alguma coisa. Sou o árbitro mais antigo do quadro atual e
quero aproveitar a experiência, não só estadual mas também nacional,
para poder orientar e ajudar o crescimento desta galera nova,
inclusive os meus filhos" - disse Rosa.
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O árbitro acredita que fez história ao pendurar
o apito no último ano permitido pela FIFA. Afinal, as exigências
físicas para que o profissional continue em atividade são cada vez
maiores.
"Daqui por diante vai ser muito difícil um árbitro encerrar a
carreira aos 45 anos, principalmente no tocante ao pilar físico, que
é primordial. Para isso, foram muitos anos de luta, dedicação,
paciência e tolerância. E, acima de tudo, busca de um objetivo. Sem
essa estrutura não se chega a lugar nenhum" - encerrou Wagner
Rosa. Veja abaixo escala completa da
partida.
Fonte: FutRio
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