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Cai a
dama de ferro do Futebol Paulista! |
Federação Paulista afasta Silvia
Regina da chefia da Escola de Árbitros. Coronel do Exercito Brasileiro é
o novo diretor |
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18/04/2012 - Os assistentes do futebol
paulista tem errado demais neste paulistão 2012, a própria FPF admite
que o índice de erros aumentou em relação ao do Estadual do ano
passado. As falhas ficaram freqüentes nas últimas rodadas. Santos e
Palmeiras, por exemplo, tiveram gols anulados por impedimentos
inexistentes. Os erros foram considerados graves porque influenciaram
no resultado dos jogos. Ao Palmeiras, custou uma vitória. Ao Santos,
um empate.
Os erros proporciona irritação no presidente da
Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero. Por isso, o
dirigente anunciou nesta terça-feira mudanças que mexe diretamente com
a arbitragem, mas por enquanto, Marcos Marinho segue como o chefe do
quadro de árbitros da FPF. Nesta terça-feira, Marinho esteve no
encontro com os clubes classificados às quartas de final do Paulistão,
porém deixou a sala de reuniões da entidade rapidamente, sem qualquer
contato com a imprensa.
"A decisão saiu da minha cabeça, se não está bem,
precisa fazer alguma coisa. O treinamento precisa ser contínuo,
precisamos buscar um caminho. Em 2011, tivemos umas das melhores
arbitragens neste país. Eu não estou feliz, os clubes também não",
afirmou Marco Polo, após a reunião com os finalistas do Campeonato
Paulista na sede da entidade.
A FPF
identificou as causas da diminuição na qualidade dos apitadores e
reagiu com mudanças, a primeira delas foi anunciada no encontro de
ontem: a ex-árbitra Sílvia Regina de Oliveira (foto) deixou a chefia
da escola de árbitros e será substituída pelo
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ex-assistente Nilson de Souza Monção que
atualmente é assessor de arbitragem da CBF.
FPF: "A caserna"
Assim, a FPF vai se
transformando em uma caserna, com a indicação de Monção (foto ao
lado), ela aumenta o seu poder militar na casa e se prepara para
a guerra. A FPF já conta com os serviços de dois Coronéis da
Policia Militar (Silas Santana e Marcos Marinho), um Delegado
Especial da Policia Civil (Bento da Cunha) e agora aumenta o
poder bélico com o novo integrante que é Coronel do Exercito
Brasileiro.
O cargo é considerado
estratégico. Além de formar novos árbitros, a escola treina e
instrui os profissionais que atuam nos principais jogos.
Punidos sem defesa
Como errar contra os grandes é
fatal, os assistentes que falharam nessas duas partidas foram
imediatamente afastados, orientados a estudar mais e se
aperfeiçoarem. Tudo isso, sem chance de se defenderem, só para
lembrar, quem deveria fazer isso (Arthur Alves Junior) é
contratado e remunerado pela FPF e não tem força para defender
os associados do Safesp pelo qual foi eleito democraticamente
prometendo se afastar da FPF caso ocorresse uma
incompatibilidade das funções. Se isso não for, o que será! |
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A demissão da dama de ferro
Silvia Regina foi pioneira em muitas
coisas, entre elas, foi a primeira mulher à assumir uma diretoria de
uma escola de árbitros no Brasil. Também protagonizou várias outras
vitórias do gênero no esporte — entre elas, o fato de ter sido a
primeira mulher a apitar um jogo de futebol no Campeonato
Paulista (Mogi Mirim x São Paulo, em 2001). Na CBF, apitou São
Paulo x Guarani, em 2003, pelo Campeonato Brasileiro, mesmo ano em que
dirigiu Santos e São Caetano, pela Copa Sul-Americana.
Depois que encerrou a carreira nos gramados, ela foi convidada
pela FIFA para ser instrutora no Programa Futuro III - Desenvolvimento
da Arbitragem, em 2007. Nessa época já estava em curso, desde 2005,
uma revolução na maneira de conduzir a arbitragem no futebol paulista
e a FPF abriu as portas para que Sílvia Regina tivesse a oportunidade
de ser a primeira mulher a integrar uma Comissão de Arbitragem,
comandada por Marcos Marinho.
O reinado de Silvia
Regina frente a escola paulista de arbitragem durou três anos.
Empossada no final de 2008, participou ativamente da formação dos
novos árbitros de 2009 a 2011. Quando assumiu a escola, Silvia Regina,
que vinha trabalhando na Comissão de Arbitragem da FPF desde 2008,
esperava fazer história na formação dos futuros árbitros e árbitros
assistentes.
“Por já ter vivenciado a vida de árbitro, sei que poderei ajudar muito
na formação de novos talentos. E chego pronta para inovar, sempre com
o objetivo de ter uma arbitragem cada vez melhor”. Disse ela na época.
Pouco mais de três anos depois, foi
retirada por não ter inovado como prometido. Também contribuíram
decisivamente para sua demissão a sua arrogância que cresceu
vertiginosamente desde que abandonou o apito e seus compromissos com a
CBF e com a FIFA na qual ocupa desde março deste ano o cargo de
assessora de arbitragem internacional.
A Federação considerou que Sílvia
Regina se dedicava mais às suas funções de instrutora da Fifa, cargo
que acumulava, do que às suas atribuições na escola.
Na opinião do
comandante da Federação Paulista de Futebol, o pulso firme do novo
chefe da Escola de Árbitros, a cortesia e o tempo disponível é uma
qualidade importante do novo diretor.
Repercussão
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O ex-árbitro da Federação Paulista de Futebol e atual consultor
de arbitragem Rafael Porcari classifica como demagoga a demissão
de Silvia Regina. Para ele, Silvia foi punida injustamente
quando na verdade a culpa maior deveria cair em cima de Marco
Marinho e Arthur Alves, este sim, quem realmente manda na
arbitragem paulista, tanto pela FPF quanto pelo Sindicato.
“Balela. Pura bobagem. O presidente da FPF quer imputar a má
atuação dos árbitros no Paulistão a ela? Demiti-la seria uma
satisfação demagógica às reclamações dos clubes?” disse o
ex-arbitro.
“Ora, não é Sílvia quem escala os árbitros. Não é ela quem
promoveu a absurda e forçada renovação de 70% do quadro de
assistentes (bandeiras) da 1ª divisão! Na Escola de Árbitros,
ela ensina regras àqueles que entravam no curso. Administrar o
quadro, orientá-los dentro de campo é de responsabilidade da
Comissão de Árbitros, não da Escola! A função deve ser exercida
pelos |
administradores do departamento, Marcos Marinho e seu assessor,
Arthur Alves Júnior. Na hora do sorteio dos árbitros e das
orientações, são eles que tem a função. Na hora de punir
os árbitros, são eles que determinam as penas. Quando é para dar
entrevistas, eles aparecem em público. E a culpa é da Sílvia?”.
Concluiu Rafael Porcari. |
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