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Árbitras assistentes formam um time de primeira em Santa Catarina

As assistentes contam suas histórias no mundo do futebol

 
05/02/2011 - No Campeonato Catarinense 2011, os jogadores não são as únicas atrações no gramado. Com um quadro de dar inveja a qualquer agência de modelo, a Federação Catarinense de Futebol (FCF) tem escalado um time feminino de árbitros-assistentes de tirar o fôlego dos atletas e da própria torcida.

Além da beleza física, elas têm curso superior e um sonho em comum: chegar ao quadro da Fifa. Conheça agora algumas das
assistentes mais escaladas no Estadual deste ano. Histórias não lhes faltam. Teve até quem recebesse um buquê de flores de um torcedor dentro de campo.

Loiziane recebeu flores no intervalo

Há cinco anos no quadro da FCF, a árbitro-assistente Loiziane Schappo, 25 anos, esbanja simpatia nos estádios. Ela jogava futsal, passou a anotadora (mesária) e resolveu cursar educação física. Mas foi um ex-namorado quem encaminhou a jovem para a arbitragem. Em busca de mais oportunidades, Loiziane trocou a pequena cidade de Maravilha, no Extremo-Oeste, por Itajaí. Solteira, Loiziane revela que recebe muitas cantadas durante os jogos. Numa partida, ela chegou a receber flores.

– Foi no intervalo de um jogo amador, em Maravilha. Um torcedor pediu autorização para entrar e me entregou rosas – diz a
assistente, que tem como principal objetivo entrar para o quadro da Fifa e trabalhar numa Copa do Mundo.

Cleidy é a mais antiga na Fifa

Maíra  Labes, 22 anos, começou na profissão aos 18

Aos 40 anos, a assistente Cleidy Mary Ribeiro é a mais experiente entre as mulheres da FCF e a mais antiga na Fifa, entre homens e mulheres, com 16 anos no quadro de arbitragem. Ela já participou de 13 competições internacionais, sendo sete mundiais, uma olimpíada e quatro sul-americanos. Apesar de nunca ter praticado o esporte, Cleidy é apaixonada pelo futebol desde criança. Ia ao estádio com os pais.

– O futebol meu deu a oportunidade de conhecer lugares onde nunca pensei em ir. Foram 48 cidades do mundo todo – conta a
assistente.

Para chegar ao quadro da Fifa, Cleidy trabalha com muita dedicação, seriedade e compromisso. Ela treina todos os dias na UFSC. Mesmo sendo tão experiente, a árbitro-assistente ainda tem um sonho.

– Tenho o desejo de trabalhar como assistente num clássico profissional – revela a bancária.

Neuza não descuida da beleza

A professora de educação física Neuza Inês Back, 26 anos, fez um sacrifício para seguir a carreira de árbitro-assistente. Moradora de Maravilha, Extremo-Oeste, ela percorreu 1,2 mil quilômetros (ida e volta) todos os finais semana, durante seis meses, para terminar o curso de arbitragem em Itajaí. A recompensa é que ela também faz parte do quadro masculino da CBF. Assim como toda mulher, Neuza não descuida da aparência na hora de entrar em campo. O estojo de maquiagem sempre fica ao lado da chuteira e dos outros acessórios da assistente.

Trocou o tênis pelo futebol

Até os 16 anos, a dentista Nadine Schramm Câmara Bastos pensou que o esporte da sua vida seria o tênis. Só que nesta época a jovem já frequentava os estádios de futebol. Um pouco mais tarde, Nadine recebeu o convite da amiga Maíra Labes para fazer o curso de arbitragem e nunca mais parou.

 Hoje com 27 anos, ela é uma das poucas mulheres da FCF que pertencem ao quadro masculino da CBF. Isso quer dizer que Nadine pode trabalhar em qualquer competição masculina promovida pela entidade.

  Cleidy Mary Ribeiro Loiziane Schappo Maíra Labes Nadine S. Câmara Bastos Neuza Inês Back  

– Não fico muito preocupada com a pressão dos atletas e da torcida, porque quando estou jogando eu sei que sou pior do que eles – brinca a dentista.

Nervosismo foi embora

Sobrinha do presidente da FCF, Delfim Pádua Peixoto Filho, a árbitro-assistente Maíra Americano Labes, 22 anos, começou cedo na arbitragem. Como a família tem grandes laços com o futebol, a personal trainer fez o curso ao completar 18 anos.

– Sempre gostei da arbitragem e foi uma maneira de trabalhar na minha área. É um trabalho paralelo que ajuda muito financeiramente – afirma.

No início da carreira, Maíra chegou a balançar com a pressão. O frio batia na barriga, a adrenalina aumentava e chegava o nervosismo. Hoje, quatro anos mais tarde, ela sente a diferença.

– Com o tempo o nervosismo passa. Agora, estou bem mais concentrada no jogo e nem presto atenção na torcida – conta a loira de olhos azuis. Namorando o árbitro-assistente Helton Nunes, ela tem o sonho de chegar ao quadro da Fifa. Ela treina todos os dias para completar o teste físico.

Hora de Santa Catarina- Foto: Caio Marcelo/Raquel Heidrich/Sirliane Freitas


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