Apuramos que o funcionário público e
assistente formado em 2000 conta com uma ampla proteção de dois peso
pesados da arbitragem alagoana. Um deles é
Hercules Martin, chefe dos árbitros local. Martins tem laços com
Ferino até mesmo fora da arbitragem, pois ambos freqüentam a mesma
igreja evangélica sendo que Julian se tornou membro a convite de
Martins.
O outro protetor é nada mais nada
menos do que Francisco Carlos do Nascimento, o FIFA do estado que
adotou Ferino e anda com ele a tiracolo como se fosse seu
chaveirinho de estimação.
Em junho de 2013 o Apitonacional fez
uma ampla reportagem onde apontava que o assistente recebia proteção
e regalias por ser o queridinho do presidente
(leia). Na matéria, mostramos diversas irregularidades cometidas
por Julian contra o Regulamento da Arbitragem alagoana. Entre elas
escrever em redes sociais e restrições de documentos o que é vedado
pelo artigo 7º do RA. Também mostramos as regalias e a proteção que
recebia do chefe do apito local que desrespeitava o RA criado por
ele mesmo para salvar a pele do amigo.
Oito meses se passaram e nada mudou,
o cenário é praticamente o mesmo, ou seja, Julian Ferino esta de
volta as escalas e assim como na época da reportagem anterior, com
supostas restrições de documentos. Ele estaria com o seu nome em uma
lista
do "Refin" que é um banco de dados de pendências bancárias de
consumidores e empresa.
O assistente teria uma pendência de R$ 671,84 com o Banco do Brasil,
ocorrência de novembro de 2013.
Veja abaixo o documento que
recebemos:
Mesmo
com a restrição do SPC e Serasa mencionada no Artigo 7 do RA
alagoano (leia),
Hércules Martins, chefe dos árbitros
daquele estado não da a mínima importância para a pendência e já
escalou o assistente em pelo menos quatro rodadas do campeonato
alagoano deste ano (veja as atas dos sorteios).
Para Hércules que elaborou os termos
do RA, não tem a mínima importância o que escreveu no documento
quando é um “amigos” que não respeita as determinações. Para o
dirigente do apito as leis e determinações é
como uma cerca, se ela for baixa manda o amigo pular por
cima e se for alta manda passar por baixo, pois ele garante.
O que vale
mesmo neste longínquo estado é a velha máxima: "Aos amigos a
interpretação favorável das leis. Aos inimigos... os rigores das
leis!"
Julian Ferino
Entramos em contato com Julian
Ferino que aproveitou o contato para fazer ameaças e não respondeu
sobre a denuncia e em nenhum momento como da outra vez
desmentiu as acusações .
Veja abaixo sua resposta:
Hércules
Martins
Entramos em contato
também com Hércules Martins (foto ao lado) que disse ter
um parecer do jurídico da FAF que isenta os árbitros de
apresentarem SPC e Serasa e deu a entender que quem
deveria cuidar dos documentos seria o Sindafal pelo
motivo do assistente fazer parte da lista apresentada
pela entidade a ser usada no campeonato.
Retornamos o contato
desta vez pedindo que enviasse o parecer que dizia ter.
Pedido negado segundo ele por o parecer não ter sido
feito de forma oficial, não ser um documento. |
|
“Por entendimento do Departamento
Jurídico da FAF não será preciso o árbitro apresentar Atestado do
SPC e Serasa devido a essa exigência não ter amparo legal. Ademias,
quem estiver incluído no contrato celebrado entre FAF e Sindafal
poderá ser utilizado, coisa que o referido AA está” – disse
Hercules Martins.
Veja abaixo o que disse Martins na
integra:
Entramos em contato com, Charles
Hebert, presidente do Sindafal e o mesmo ficou de enviar resposta e
até o fechamento desta matéria não tinha retornado nosso contato.
CBF
Fomos perguntar ao chefe do
departamento de arbitragem da CBF qual atitude a entidade tomaria em
uma caso semelhante a este. Segundo Sérgio Corrêa, a FAF é uma
entidade com suas normas internas e o que ela decide não cabe comentar, mas
na CBF, enquanto não houver outra determinação – determinação
adotada antes da corregedoria ser instalada em abril de 2012 -, os
candidatos devem encaminhar a documentação. Se não enviar ou tiver
restrições, pode até
permanecer na relação de árbitros do estado, mas não será escalado.
Profissionais???
Mas o que esperar da arbitragem
alagoana se não for esses tipos de personagens e acontecimentos, no
final do ano passado ocorreram os teste físicos para os árbitros que
estão trabalhando no campeonato alagoano deste ano. Na ocasião, após
insistência de Francisco Carlos do Nascimento, o Chicão, e Charles
Hebert junto a CEAF, foi adotado o protocolo CBF 2 (30x40) para
aproximar na parte física os árbitros alagoanos dos tempos
praticados na CBF e na maioria dos estados brasileiros. O que já era
esperado aconteceu, como os tempos são mais exigentes, nada mais
nada menos do que 50% dos árbitros reprovaram. O que se viu na pista
cavalar do exercito onde foi realizado o teste físico, foi uma
verdadeira mistura de jovens mal preparados com ex-árbitros em
atividades colocando os bofes pra fora com alguns até mesmo chegando
a passar mal. O estado físico deplorável dos homens de preto fez até
mesmo a comissão de arbitragem perder os últimos fios de cabelo ao
perceberem que se o padrão CBF2 fosse mantido no reteste físico, não
teriam árbitros em numero suficiente para tocar o campeonato. Dos 45
árbitros testados, 23 foram reprovados.
|
Charles Hebert, de sindicalista legalista à pelego
ditador a serviço da FAF |
Como já dizia um velho ditado "a
oportunidade faz o ladrão", e guardado as devidas proporções, neste
caso a oportunidade mostrou o que as pessoas são realmente capaz de
fazer por dinheiro, status e poder. O cenário mudou quando a
Federação Alagoana de Futebol percebeu que não teria árbitros para
tocar o campeonato. Teria sido colocado em ação um ardiloso e
escandaloso plano para aprovar os árbitros repetentes. Contando no
mínimo com a colaboração do Sindafal, a FAF supostamente realizou um
reteste “amigo” para aprovar todos os árbitros que foram reprovados
anteriormente, para isso teriam reduzido o tamanho da pista e
passaram a usar o protocolo CBF3 (35x40) no reteste, pois o mais
importante para a FAF naquele momento era aprovar os 23 árbitros que
tinham sido reprovados em dezembro e garantir a realização do
campeonato. Já para o Sindafal era importante que amigos e aliados
fossem aprovados.
Uma fonte revelou ao Apitonacional
que o presidente da CEAF, Hércules Martins, teria feito uma reunião
em sua sala com o presidente do sindicato dos árbitros Charles
Hebert e o vice George Alves Feitosa. Na reunião teria supostamente
sugerido que o Sindafal realizasse o reteste físico nos termos acima
citado. Martins teria dito inclusive que eles fizessem o que fosse
necessário desde que aprovassem todos os árbitros para "salvar" o
campeonato. Não temos a informação se a proposta foi aceita
pela cúpula do sindicato, mas Charles Hebert foi conivente com o
escandaloso reteste realizado em uma pista (UFAL) toda esburacada,
no meio de um matagal e cheia de dejetos de animais. Lembrando que
foi a pedido do sindicato que a presidência em exercício da FAF
baixou um ato administrativo trocando o protocolo do reteste para
beneficiar claramente amigos e aliados do Sindafal.
|
|
Um árbitro
aprovado no primeiro teste realizado na pré-temporada e com
protocolo mais difícil, confirmou o acordo entre a CEAF e o Sindafal
ao Apitonacional com a condição de não ter sua identidade revelada.
O acordo previa a mudança no
protocolo que seria usado no reteste para facilitar a aprovação de
todos os árbitros que tinham sido reprovados nos termos pretendido
pela FAF, principalmente alguns árbitros em fim de carreira que
dificilmente seriam aprovados se não fosse mudado o protocolo, entre
eles Flavio Feijó de Omena, Silvio Acioli e George Alves Feitosa,
todos eles do grupo de apoio do presidente Charles Hebert que
aceitou o acordo na calada da noite indo contra tudo que pregava
anteriormente.
Para este árbitro, a
profissionalização da arbitragem mudou radicalmente o pensamento do
presidente do Sindafal que ultimamente tem pensado mais nele e no
grupo que o cerca em vez de lutar por causas justas em prol da
arbitragem. Este árbitro também relata que as forças no estado estão
mudando devido a forma ditatorial de administrar da atual diretoria
e que no próximo pleito Charles Hebert terá muita dificuldade se
quiser se eleger ou até mesmo fazer um sucessor.
O Apitonacional também apurou que
além de usarem o vergonhoso protocolo CBF3 para se beneficiarem -
protocolo é usado para os testes realizado na categoria feminino -
ainda escolheram uma pista que além de ser um verdadeiro matagal,
estaria 40 metros menor do que a medida oficial exigida pela CBF. Uma
vergonha em se tratando de um campeonato profissional e de uma
arbitragem que se diz profissional!
|
Arbitragem
profissional de alagoas realizando reteste físico em uma
pista de alta performance |
Os dirigentes da arbitragem alagoana
estão cantando aos quatro quantos que serão os primeiros a
celebrarem um contrato na era da arbitragem profissional, mas com
essas atitudes serão capaz de envergonhar até mesmo um Edílson
Pereira de tristes lembranças para a arbitragem brasileira.
Como podemos notar na matéria
acima, nada mudou na arbitragem alagoana. Os desrespeitos aos
regulamentos, as proteções e as mazelas são as mesmas do ano
passado, do ano retrasado e assim vai. A novidade é a mudança
radical de atitude e posição do presidente do sindicato dos árbitros
que agora é um pelego a serviço da FAF. Nada como um dia atrás do
outro!
Obs1. Mais uma vez o
Apitonacional provando solidariedade ao companheiro Julian Ferino,
lembra do recado dado recentemente pelo assistente para colaborar
novamente dando ânimo ao mesmo. No que depender de nós, prometemos
que você sempre terá ânimos para se reerguer. Conte conosco para
isso!
Obs2. O
espaço esta aberto para quem foi citado na matéria ou para quem
quiser colaborar prestando qualquer tipo de nova informações.