10/12/2014    21:028hs

Carioca Wagner Rosa se aposenta, recebe homenagem especial e chora em campo

O confronto Sport 1x0 São Paulo foi sua última partida como profissional

O árbitro Wagner dos Santos Rosa teve uma tarde especial no ultimo domingo (07). Ele atuou como árbitro adicional na partida Sport x São Paulo pela 38ª e ultima rodada do campeonato brasileiro de 2014. O confronto entre os dois times foi sua última partida como profissional.

Antes do apito final, o árbitro principal, Wagner Reway, lhe prestou uma homenagem: lhe cedeu o apito e permitiu que Rosa o trilasse pela última vez na carreira. Esse foi o momento mais emocionante de um jogo que não valeu nada para o campeonato. São Paulo e Sport jogaram apenas para cumprir tabela.

Rosa, que tem 45 anos e é árbitro desde 1992, os últimos quatorzes pela CBF, foi cumprimentado pelos companheiros e pelos jogadores em campo - a partida terminou 1 a 0 para os pernambucanos. Ainda em campo, Wagner Rosa agora aposentado, chorou bastante.

Segundo ele foi tudo inesperado.

“Eu não sabia que ele havia, juntamente com os responsáveis pela equipe de jogo, combinado de me prestigiar naquele momento para encerrar a partida. Um ato simples, mas que pra mim ficará eternizado, homenagem muito marcante, não pelo ato e sim pelo significado. Cabe ressaltar que não há palavras que descrevam a minha felicidade naquele momento, pois passam milhares de pensamentos positivos num só instante que com certeza foram legitimados num final de carreira honrado” – disse Wagner Rosa e acrescentou:

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"Espero me dedicar agora a outras atividades com o mesmo empenho que tive até aqui", frisou Rosa, em uma das muitas entrevistas que deu ainda no gramado.

Nota da redação: Wagner Rosa foi convidado e já pertence à EAFERJ na função de instrutor e tomou posse recentemente na nova diretoria da ANAF no cargo de assessor da presidência.

O Apitonacional esteve ao lado de Wagner Rosa em Recife na sua despedida do apito e trás mais informações sobre sua vida pessoal, profissional e tudo que rolou na partida pra você.

Nascido no Rio de Janeiro, vive no Município de Duque de Caxias/RJ desde sua infância. Filho de Arispene Cardoso da Rosa, aposentado da Petrobras e de Mariza dos Santos Rosa, uma Policial Civil Aposentada de quem puxou a vocação. Wagner Rosa é Comissário da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, Instrutor na Academia de Polícia Civil, e Coordenador do Programa Crack é Possível Vencer pela SENASP.

É casado desde 1990 com a pedagoga Márcia Gracinda Gomes Rosa com quem tem três filhos: Wagner Rosa Júnior (24 anos) - terminando a faculdade de Analista de programação (Informática) e árbitro da FERJ no módulo do futuro, Rafael Rosa (22 anos) - cursando faculdade de Engenharia Química, também pertence ao quadro da FERJ, atua como assistente no módulo Verde Profissional e Ryan Rosa de 13 anos.

A arbitragem surgiu em sua vida como um meio de permanecer no esporte, pois desde adolescente já era um amante do futebol e como nunca teve oportunidade como atleta, resolveu se dedicar ao estudo das regras iniciando carreira primeiramente nas ligas e consequentemente formando-se árbitro em 1992.

Veja abaixo vídeo do momento em que Wagner Rosa encerrou a carreira.

 

Entrou no quadro da CBF em 2000 ocupando a vaga que era de Cláudio Vinicius Cerdeira (naquela época, só entrava quando alguém encerrava a carreira), mas só estreou na primeira divisão em julho de 2007 na partida em que o Paraná foi derrotado por 1x0 pelo América/RN no estádio Durival de Brito em Curitiba/PR.

De lá para cá foram 146 partidas, sendo sete pela série A, sessenta e nove pela B (árbitro que mais apitou nesta divisão), quatorze pela C, onze pela D e treze pela Copa do Brasil. Também atuou em 32 partidas como árbitro adicional.

Por conta da idade, Wagner deixa o apito, mas deixa um legado, dois legítimos representantes na arbitragem.

“Sempre estiveram focados no trabalho que era desenvolvido por mim. Sabiam do sacrifício, das dificuldades estabelecidas pela profissão, pela falta de tempo com as atividades em sociedade, do convívio familiar e dos caminhos a serem seguidos na trajetória da arbitragem. Vivenciaram os momentos de satisfação, de decepção, de orgulho e de angústia, com o passar dos anos. A idéia de integrarem a arbitragem partiu deles próprios, não tive em nenhum momento indução para as suas decisões individuais. O que eles tem o tempo todo é apoio para se estruturarem e seguirem os seus passos individualmente, respeitando-se as suas características que são bem diferentes. Espero que sigam com bastante objetividade as suas carreiras e se mantenham na mesma linha de retidão profissional”- diz o pai orgulhoso.

Seu maior legado: Os filhos Rafael Gomes Rosa e Wagner Gomes dos Santos Rosa

Wagner diz que se pudesse faria alguns ajustes na arbitragem.

“Faria com que os gestores entendessem que arbitragem não é somente o gasto empregado no pagamento de taxas. Tem que ser encarada como investimento, pois todas as decisões tomadas em campo, giram em torno de uma paixão mundial que não é medida na proporção adequada de responsabilidades” – disse o agora ex-árbitro que encerra deixando os agradecimentos.

 

“Vão os meus agradecimentos especiais a todas as pessoas que de alguma forma, contribuíram para que eu pudesse encerrar a minha carreira na CBF aos 45 anos, sabendo-se que vai ser muito difícil o profissional de arbitragem perfazer essa trajetória, efetuando todas as exigências estabelecidas pela evolução dos tempos. Em especial a Comissão Nacional de Arbitragem, na pessoa do Presidente Sérgio Corrêa, que mesmo nos momentos mais difíceis, teve a serenidade de conduzir os trabalhos e dar o melhor para o crescimento da arbitragem nacional, estabelecendo um legado” - encerrou Wagner Rosa.

Histórico CBF

 

Ultima partida

 

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