“Eu não sabia que ele
havia, juntamente com os responsáveis pela equipe de jogo, combinado
de me prestigiar naquele momento para encerrar a partida. Um ato
simples, mas que pra mim ficará eternizado, homenagem muito
marcante, não pelo ato e sim pelo significado. Cabe ressaltar que
não há palavras que descrevam a minha felicidade naquele momento,
pois passam milhares de pensamentos positivos num só instante que
com certeza foram legitimados num final de carreira honrado” –
disse Wagner Rosa e acrescentou:
"Espero me dedicar agora a
outras atividades com o mesmo empenho que tive até aqui", frisou
Rosa, em uma das muitas entrevistas que deu ainda no gramado.
Nota
da redação: Wagner Rosa foi convidado e já pertence à
EAFERJ na função de instrutor e tomou posse recentemente na nova
diretoria da ANAF no cargo de assessor da presidência.
O
Apitonacional esteve ao lado de Wagner Rosa em Recife na
sua despedida do apito e trás mais informações sobre sua vida
pessoal, profissional e tudo que rolou na partida pra você.
Nascido no Rio de Janeiro, vive
no Município de Duque de Caxias/RJ desde sua infância. Filho de Arispene Cardoso da Rosa, aposentado da Petrobras e de Mariza
dos Santos Rosa, uma Policial Civil Aposentada de quem puxou a
vocação. Wagner Rosa é Comissário da Polícia Civil do Estado do Rio
de Janeiro, Instrutor na Academia de Polícia Civil, e Coordenador do
Programa Crack é Possível Vencer pela SENASP.
É casado desde 1990 com a
pedagoga Márcia Gracinda Gomes Rosa com quem tem três filhos: Wagner
Rosa Júnior (24 anos) - terminando a faculdade de Analista de programação
(Informática) e árbitro da FERJ no módulo do futuro, Rafael Rosa (22
anos) - cursando faculdade de Engenharia Química, também pertence ao
quadro da FERJ, atua como assistente no módulo Verde Profissional e Ryan
Rosa de 13 anos.
A arbitragem surgiu em sua
vida como um meio de permanecer no esporte, pois desde adolescente
já era um amante do futebol e como nunca teve oportunidade como
atleta, resolveu se dedicar ao estudo das regras iniciando carreira
primeiramente nas ligas e consequentemente formando-se árbitro em
1992.
Veja abaixo vídeo do momento
em que Wagner Rosa encerrou a carreira.
Entrou no quadro da CBF em
2000 ocupando a vaga que era de Cláudio Vinicius Cerdeira (naquela
época, só entrava quando alguém encerrava a carreira), mas só
estreou na primeira divisão em julho de 2007 na partida em que o
Paraná foi derrotado por 1x0 pelo América/RN no estádio Durival de
Brito em Curitiba/PR.
De lá para cá foram 146 partidas, sendo
sete pela série A, sessenta e nove pela B (árbitro que mais apitou
nesta divisão), quatorze pela C, onze pela D e treze pela Copa do
Brasil. Também atuou em 32 partidas como árbitro adicional.
Por conta da idade, Wagner
deixa o apito, mas deixa um legado, dois legítimos representantes na
arbitragem.
“Sempre estiveram focados
no trabalho que era desenvolvido por mim. Sabiam do sacrifício, das
dificuldades estabelecidas pela profissão, pela falta de tempo com
as atividades em sociedade, do convívio familiar e dos caminhos a
serem seguidos na trajetória da arbitragem. Vivenciaram os momentos
de satisfação, de decepção, de orgulho e de angústia, com o passar
dos anos. A idéia de integrarem a arbitragem partiu deles próprios,
não tive em nenhum momento indução para as suas decisões
individuais. O que eles tem o tempo todo é apoio para se
estruturarem e seguirem os seus passos individualmente,
respeitando-se as suas características que são bem diferentes.
Espero que sigam com bastante objetividade as suas carreiras e se
mantenham na mesma linha de retidão profissional”- diz o pai
orgulhoso.
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Seu
maior legado: Os filhos Rafael Gomes Rosa e Wagner Gomes
dos Santos Rosa |
Wagner diz que se pudesse
faria alguns ajustes na arbitragem.
“Faria com que os gestores
entendessem que arbitragem não é somente o gasto empregado no
pagamento de taxas. Tem que ser encarada como investimento, pois
todas as decisões tomadas em campo, giram em torno de uma paixão
mundial que não é medida na proporção adequada de responsabilidades”
– disse o agora ex-árbitro que encerra deixando os agradecimentos.