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 18/02/2017    15:36hs     -     Atualizado 18/02/2017    23:16hs

CBF tenta melhorar arbitragem com incentivo financeiro

Entidade vai dar prêmio em dinheiro aos melhores árbitros de cada rodada do Brasileiro

Buscando oferecer um incentivo a mais para a arbitragem em 2017, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou uma novidade para o Campeonato Brasileiro da temporada, os três melhores sextetos de cada rodada da competição vão receber um bônus equivalente a 50% do que cada um já receberia para atuar.

“O árbitro FIFA ganha R$ 4 mil na partida. A CBF vai dar mais um prêmio de R$ 2 mil para o primeiro, segundo e terceiro colocado” - disse Marco Polo Del Nero (foto) durante o evento de entrega das insígnias aos integrantes do quadro FIFA.

 
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A disputa pela premiação por rodada irá ocorrer em paralelo com a corrida pelo premio de melhor trio da competição – que rendera uma quantia de R$ 500 mil para ser divididos entre os vencedores ao fim do Brasileirão. A nova premiação é vista com bons olhos pelo coronel Marcos Marinho, presidente da comissão de arbitragem da CBF. O dirigente elogiou a iniciativa de Del Nero, ressaltando a motivação que o projeto irá lançar entre os árbitro durante a disputa das 38 rodadas do Campeonato Brasileiro.

“É um estímulo para todo mundo, uma motivação para conquistar um dinheirinho a mais. As três melhores equipes vão ter o bônus. Isso vai ser durante as 38 rodadas. É dinheiro da CBF” - afirmou o coronel.

Nota do Apitonacional

Faz tempo que a CBF vende a imagem que investe na arbitragem, que é uma benfeitora da categoria como se não fosse dela essa obrigação, pois organiza as competições com as quais ganha milhões de patrocínios fora os valores milionários, como aqui publicado, com as camisas dos árbitros e repasses da FIFA para desenvolvimento dos homens de preto.

Trio formado por Raphael Claus, Van Gasse e Rogério Zanardo dividiram os 300 mil do ano passado

Na verdade a entidade é somente uma atravessadora que fica com o lucro sem risco do negócio futebol. Não tem sob contrato um único jogador e tem sob seu comando a seleção mais valiosa do mundo. Tem um quadro de árbitros de aproximadamente quinhentos profissionais sem nunca sequer ter formado algum. Com esse plantel valioso sob comando, arrecada mais de 400 milhões de reais por ano no mercado publicitário. Seus contratos e finanças são uma caixa preta guardadas a sete chaves e inacessível até mesmo poderes federais como do Senador da Republica Romário que não conseguiu acesso para investigações da  CPI  do futebol.

Ano passado, copiando a Federação Paulista de Futebol de onde veio seu presidente, deu quinhentos mil reais de premio ao suposto melhor trio da competição, que além de pegar todos de surpresa pelo árbitro vencedor, um dos assistentes fez menos jogos com o trio que o substituto que nesse caso ficou sem nenhum centavo. Certamente o criador desse prêmio não previu essa possibilidade.

Claro que uma grana extra é sempre bem vinda, mas além de poder enriquecer alguns – Raphael Claus ganhou cerca de 300 mil reais só de prêmios nos últimos dois anos - não resolve os problemas da arbitragem, pois é notório que os erros continuaram os mesmos. Fazendo uma conta rápida com os valores repassados pelo presidente, só os incentivos passara facilmente da casa dos 400 mil reais nas 38 rodadas do campeonato e com certeza não mudara em nada a arbitragem. Seria melhor e mais justo que esse valor fosse dividido com todo o grupo que com melhores taxas teriam mais disposição para encarar a dura realidade das adversidades de uma partida.

Del Nero tem um bolso generoso, mas não tem varinha mágica para mudar a situação da arbitragem comprando melhoras com incentivos financeiro. Árbitro não é como uma criança que você da a chupeta, um doce e ele para de chorar. A medida anunciada é imediatista, demagoga e servira como álibi para a entidade que a cada erro poderá dizer a grande imprensa que deu todos os incentivos aos árbitros.

Temos certeza que não, mas veremos agora nesse brasileiro se incentivo monetário muda alguma coisa na maneira dos árbitros atuarem e também veremos os critérios que a entidade usara para escolher os melhores e se informara tudo de forma rápida e transparente.

Grana da CBF

O desavisado chefe do apito brasileiro, Marcos Marinho, disse no mesmo evento que a grana do incentivo será da CBF, como se não entrasse 1.7 milhão de reais todo ano na conta da entidade por conta do patrocínio nas camisas dos árbitros e outros tantos milhares de dólares enviados pela FIFA para serem usados no desenvolvimento da arbitragem. Dinheiro mais que o suficiente para cobrir todos os gastos com os seminários, treinamentos e cursos realizados com os árbitros.

Como disse Abraham Lincoln, 16º presidente americano, ‘você pode enganar uma pessoa por muito tempo; algumas por algum tempo; mas não consegue enganar todas por todo o tempo’.

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