21/02/2014    17:47hs

Ministério Publico do Trabalho investiga Federações do Rio de Janeiro e São Paulo

As denuncias contra os dirigentes e contra as entidades foram feitas pelo ex assistente carioca Marçal Rodrigues Mendes

Uma pedra no sapato, essa tem sido a principal função do ex-assistente CBF do Rio de Janeiro Marçal Rodrigues Mendes desde que este juntamente com outro assistente Vinicius da Vitória  Nascimento foram afastados do quadro de arbitragem carioca em 2011 por determinação do presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiro Rubens Lopes. Na ocasião foi usado a Resolução da Presidência nº 025/11 que dava amplos poderes a Presidência da FERJ.

Marçal e Vinicius foram afastados supostamente sem motivo aparentes, mas há rumores os motivos teriam sido as cobranças e as investigações em cima das contas da cooperativa dos árbitro por parte de Marçal Mendes com apoio de Vinicius da Vitória.

Meses depois a TV Record veiculou matéria onde “sombras” (duas pessoas anônimas) denunciaram a arbitragem carioca, o presidente da FERJ Rubens Lopes e seu chefe de arbitragem Jorge Fernando Rabello. De acordo com os dois sombras que só aceitaram falar com a condição de

não serem identificados, existia um esquema para favorecer ou prejudicar times nas séries A, B e C do Campeonato Carioca. Segundo o Apitonacional apurou, os dirigentes da FERJ suspeitam que os sombras seriam Marçal Mendes e Vinicius da Vitória.

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De imediato Marçal Mendes e Vinicius da Vitória entraram na justiça onde conseguiram uma liminar para atuar e desde então o processo vem tramitando sem uma decisão definitiva.

Parado, sem trabalhar nas partidas de futebol, mais pela parte física do que a judicial, pois ele tem que fazer os testes físicos e teóricos da CBF para atuar tendo em vista que esta amparado judicialmente e poderia estar atuando em jogos da CBF, Marçal Mendes tem se especializado em fazer denuncias contra os dirigentes. Sua luta é ingrata, pois sozinho e sem apoio de ninguém, nem mesmo da classe que defende, virou um combate de um Davi fragilizado contra os cada vez mais poderosos Golias que comandam o futebol e a arbitragem brasileira. Felizmente em sua luta onde esta fadado a perder, de vez em quando ele acerta umas pedradas como essas aqui relatadas que são capaz de incomodar até mesmos os gigantes.

Marçal Rodrigues Mendes, de suspeito de ser um dos "sombras" a Robin Hood do apito

Foi através das denuncias feitas pelo Robin Hood da arbitragem brasileira que o Ministério Publico do Trabalho esta investigando varias federações de futebol do país, entre elas a paulista e a carioca.

Rio de Janeiro

As denuncias contra a Federação de Futebol, Cooperativa e Sindicato dos árbitros do Rio de Janeiro são: Discriminação contras os árbitros por exigirem certidões negativas SPC - SERASA – antecedentes “nada consta” civil e criminal e jubilar os trabalhadores do quadro com 45 anos de idade. Também por obrigar a filiação dos árbitros nas duas entidades (cooperativa e sindicato), e por não remunerar os trabalhadores quando obriga a presença dos selecionados nas pré-temporadas, em regime integral com pernoite, onde segundo as denuncias, todos os árbitros trabalham de graça, numa clara exploração de mão de obra e abuso do poder econômico.

No ultimo dia 04 de fevereiro, o Ministério Publico do Trabalho do Rio de Janeiro através do procurador Marco Antonio Sevidanes da Matta acolheu as denuncias e instaurou o inquérito civil nº 000051.2014.01.000/3 para apurar os fatos dando prazo de 30 dias para que os denunciados se manifestem.

A procuradoria também convocou os três denunciados para audiência administrativa as 13hs do próximo dia 06 de maio na sede da procuradoria.

Veja abaixo os documentos.

 

 

São Paulo

Na sua denuncia aceita pelo MPT referente o futebol paulista, Marçal Mendes afirma que os árbitros são forçados a apresentar atestados financeiros e judiciais já em desuso em outras empresas, são obrigados a se filiarem aos sindicato e as cooperativas (SP e RJ), além de terem que fazer pré-temporadas de até duas semanas sem nenhum tipo de remuneração. Também denuncia o assédio moral e discriminação de trabalhadores tendo em conta que o mesmo dirigente da comissão de arbitragem paulista também é dirigente do sindicato dos árbitros (Arthur Alves Junior).

Árbitros são verdadeiros Davis nas lutas contra os Golias que comandam o futebol brasileiro

O Ministério Público do Trabalho através da procuradora Dra. Ana Elisa Alves de Brito Segati da 2ª Regional do Trabalho de São Paulo, acatou as denuncias e resolveu instaurar inquérito civil contra a FPF para investigar e apurar fatos no sentido da celebração de termo de compromisso de ajustamento de conduta às normas legais.

Segundo o comunicado do MPT, caso não haja um acordo, há a possibilidade de ser instaurada uma ação civil pública onde poderão ser feitas requisição de documentos e informações, promovida a coleta de informações, depoimentos, certidões, perícias e demais diligências investigatórias.

Veja abaixo os documentos.

 

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