Ao final do jogo, Márcio
Chagas se dirigiu ao estacionamento privativo do clube, onde só a
equipe de arbitragem e funcionários do clube têm acesso, e encontrou
seu carro com a lataria arranhada e bananas em cima do veículo.
Segundo o árbitro casos
semelhantes são comuns em partidas sediadas na Serra gaúcha.
“Infelizmente é algo que
acontece nos jogos na Serra”, lamentou ele, em entrevista ao ZH.
“Alguns torcedores
manifestaram de forma racista, como macaco, teu lugar é na selva e
volta pro circo”, acrescentou o árbitro.
Segundo Chagas, os jogadores do Esportivo ainda disseram que esse
tipo de atitude é comum quando o time não está em boa fase. Márcio
Chagas da Silva registrou o acontecimento em súmula.
“Relatei, (a súmula) deve ser publicada durante a tarde. Meu
carro estava no estacionamento do estádio, em frente ao vestiário da
arbitragem. Eles (torcedores) pularam o portão” – encerrou
Marcio chagas.
Obs:
A federação Gaúcha de Futebol emitiu
um comunicado repudiando os acontecimentos, porém a sumula da
partida até o fechamento desta matéria não tinha sido publicada no
site da entidade conforme determina o estatuto do torcedor.
Veja vídeo abaixo.
De volta a Porto Alegre, em
casa, Márcio Chagas concluiu que deveria denunciar a agressão. O
árbitro lembrou ainda ter sofrido ofensas semelhantes em um jogo do
Encantado, em 2005. Naquele ano, o técnico Danilo Mior o chamou de
"negrão coitado" e acabou suspenso das atividades por 60 dias.
Passado quase 10 anos, Márcio Chagas constata que o comportamento da
torcida e das pessoas do futebol pouco mudou.