24/08/2016    10:07hs

CBF ainda não pagou taxas dos Analistas de Vídeos

Valor devido acumulado desde a primeira rodada do Brasileirão pode ultrapassar sessenta mil reais

A CBF implantou a partir da primeira rodada do Campeonato Brasileiro deste ano, o programa ‘analista de vídeo’ no qual quarenta e oito instrutores treinados espalhados pelo país são responsáveis por observar os árbitros e elaborar relatórios após cada partida das séries A e B do Brasileirão.

O analista, previamente escalado, assiste a uma partida pela televisão, anota em um tablet todas as ocorrências do jogo como cartões, faltas, impedimentos etc. gerando

relatórios sobre o desempenho do trio de arbitragem e envia a uma central na sede da entidade no Rio de Janeiro.

 
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A intenção da CBF não é punir ou premiar os árbitros com os resultados das análises, mas sim tentar melhorar o nível da atuação de cada um a partir dos dados colhidos deles mesmos.

Ao custo de aproximadamente 100 mil reais ano, a plataforma foi desenvolvida pela empresa australiana Sportstec, mesma plataforma também utilizada por 15 equipes da Série A e por vários clubes no mundo.

Tudo seria perfeito se não fosse por um detalhe, segundo informações, até a 21ª rodada, nenhum pagamento - pouco mais de 300 reais por partida - foi feito aos analistas.

Consultados, muitos destes analistas, de vários estados diferentes, escolhidos a dedo e altamente capacitados para a função, já estariam propensos a deixar a função pela qual segundo eles, perdem o dia para as anotações e além de não receber, tem que trabalhar de graça nas partidas da série B.

 

Consultada, a Comissão de Arbitragem da CBF não quis se pronunciar sobre o assunto.

Segundo uma fonte próxima a CA-CBF, o pagamento ainda não foi realizado supostamente em cumprimento a um protocolo interno determinado por uma empresa internacional que realiza auditoria na entidade. Segundo ainda essa fonte todos sabiam desse procedimento assim como sabiam também que trabalhariam de graça na série B.

Nota do Apitonacional

O Apitonacional esteve recentemente na sede da CBF no Rio de Janeiro, oportunidade em que foi rapidamente apresentado o programa de analista de vídeo. Entendemos que é uma importante ferramenta que ajuda muito e melhorada pode ajuda ainda mais a arbitragem Brasileira.

No entanto, entendemos que uma entidade que arrecada mais de 400 milhões de patrocínio por ano, deste pelo menos cinco milhões vindo diretamente por contas da arbitragem como propagandas nas camisas dos árbitros e repasses da FIFA para desenvolvimento da arbitragem mundial, não pode economizar no segmento mais importante pedindo que alguém trabalhe de graça e mesmo assim deixar de pagar valores tão insignificante para seus colaboradores.

A possível desculpa de procedimentos interno é inadmissível tendo em conta que ninguém pode trabalhar de graça, ficar sem receber tendo em conta que a entidade cobra até mesmo ingresso para visitantes conhecer a historia do futebol brasileiro!

Apitonacional, compromisso só com a verdade!

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