A pipocada de Armando
Marques |
Armando Marques: "Negro burro!!!
Negrinho burro! Fez uma merda e ainda foi para um restaurante depois do
jogo". |
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Terça, 6 de Maio de 2008
29/08/2001 - Campeonato Brasileiro de 2001. O Santa Cruz estava afundado na
classificação e precisava vencer o Atlético Mineiro, no Arruda, para tentar sair
do sufoco, mas o árbitro da partida, o paulista Paulo César Oliveira, cometeu um
crasso erro contra os tricolores, deixando de marcar uma penalidade. O Santa
continuou por baixo na tabela e os tricolores ficaram furiosos com o árbitro.
Ingenuamente, Paulo César foi comer uma peixada no Restaurante Maxime, no Pólo
Pina, Zona Sul do Recife. Chegou à tradicional casa, pediu o jantar e ficou
aguardando. Não se passaram cinco minutos e mãos pesadas arrancaram o árbitro da
cadeira, o pau cantou e Paulo César foi
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Armando Marques: "Ah,
é? Então deixa pra lá...” |
enviado para a cozinha pela janela de onde saem os pratos.No dia seguinte,
Valdomiro Mathias, árbitro pernambucano, foi ao Rio de Janeiro,
especificamente à sede da CBF, onde teria reunião com Armando Marques, então
todo-poderoso da Comissão Nacional de Arbitragem.
E lá encontrou o chefe enfurecido com Paulo César. "Negro burro!!! Negrinho
burro! Fez uma merda e ainda foi para um restaurante depois do jogo",
desabafava Marques, irritado porque também a desastrosa atuação do árbitro
também sobrou para ele. "Quem é esse presidente do Santa Cruz, que ficou me
esculhambando depois do jogo?", indagou, referindo-se ao deputado José
Mendonça.
Valdomiro, então, resolveu intervir: "Calma, professor, vou lhe dizer quem é o
presidente do Santa Cruz. É o deputado federal José Mendonça, pai do
vice-governador de Pernambuco e que é lá do Sertão...".
Foi o suficiente para Marques tremer nas bases e com sua voz agudíssima
encerrar o assunto. "Ah, é? Então deixa pra lá...”
A história foi contada pelo próprio Valdomiro a amigos na Feijoada Pra Vocês,
novo espaço que está surgindo na Avenida Brasília Formosa, de propriedade de
Samuel Reis.
Armando Marques já não é mais presidente da Conaf, mas, segundo Valdomiro, foi
um dos melhores professores que teve na carreira. “Ele sabia tudo de
arbitragem, não por acaso foi eleito o melhor do mundo em duas oportunidades.”
Por José Neves Cabral - Blog Arquibancada - Esporte com Paixão e História
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