CBF 'empastela' a arbitragem na decisão

Sidrack Marinho, eleito o melhor juiz do Brasileiro, é trocado na última hora por novato em finais nacionais

SÉRGIO RANGEL da Sucursal do Rio

São Paulo, quarta, 23 de dezembro de 1998 -  O gaúcho Carlos Eugênio Simon, o mais jovem juiz brasileiro no quadro de árbitros da Fifa, vai dirigir a partida decisiva do Brasileiro, hoje, entre Cruzeiro e Corinthians.

Anteontem, Armando Marques, presidente da Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol, havia decidido escalar o sergipano Sidrack Marinho (foto), o mais experiente árbitro brasileiro, mas voltou atrás ontem à tarde. Marinho, que no final do ano deixa os quadros da Fifa e da CBF por ter atingido a idade limite de 45 anos, vinha dirigindo finais do Brasileiro há três anos.

O gaúcho Carlos Eugênio Simon, o mais jovem juiz brasileiro no quadro de árbitros da Fifa, vai dirigir a partida decisiva do Brasileiro, hoje, entre Cruzeiro e Corinthians.

Anteontem, Armando Marques, presidente da Comissão de Arbitragem da Confederação

Brasileira de Futebol, havia decidido escalar o sergipano Sidrack Marinho, o mais experiente árbitro brasileiro, mas voltou atrás ontem à tarde.Brasileira de Futebol, havia decidido escalar o sergipano Sidrack Marinho, o mais experiente árbitro brasileiro, mas voltou atrás ontem à tarde.

Marinho, que no final do ano deixa os quadros da Fifa e da CBF por ter atingido a idade limite de 45 anos, vinha dirigindo finais do Brasileiro há três anos.Marinho, que no final do ano deixa os quadros da Fifa e da CBF por ter atingido a idade limite de 45 anos, vinha dirigindo finais do Brasileiro há três anos. Ele apitou o primeiro jogo da decisão em 95 e 96 e o segundo e último das finais do ano passado.

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Ontem, foi escolhido pela CBF o melhor juiz do Campeonato Brasileiro deste ano. No dia 29, receberá R$ 20 mil de prêmio.
Marques disse que a decisão de tirar Marinho do que poderia ser sua partida de despedida foi uma reação à atitude dos dirigentes do Corinthians, que, em sua avaliação, "festejaram" sua escalação.

Marinho era o único juiz considerado confiável pelos corintianos. Já os cruzeirenses não admitiam sua escalação.

"Não aceito pressão. O Cruzeiro queria vetá-lo e o Corinthians, escalá-lo. Por isso, chamei o Simon. Em condições normais, o Sidrack apitaria, mas houve muita pressão. Ele estava nos meus planos para esta partida, tanto que só o liberei hoje (ontem) à tarde" - afirmou Marques.

  "Ele (Sidrack) é o melhor árbitro do país. Mas em uma decisão, o árbitro tem que ter tranqüilidade, o que ele não tinha neste caso por causa da pressão exercida pelos clubes nas últimas horas. Mudei de opinião porque o Luxemburgo tem que parar de achar que é o presidente da Comissão de Arbitragem. O Luxemburgo fala mal dos árbitros, e eu acho que o meio-campo da seleção brasileira só tem cabeça-de-bagre", acrescentou o presidente da Comissão de Arbitragem.

Antes de mudar os seus planos, Marques disse que se reuniu oito vezes com o presidente interino da CBF, Alfredo Nunes.

"Conversamos, mas a decisão final foi a minha. Já disse que não aceito pressão. Se houvesse veto da diretoria da CBF, deixaria o cargo", afirmou.

O polêmico Armando Marques

O Cruzeiro se dizia contrário à escalação de Marinho, pois acha que o juiz atrapalhou o time mineiro na primeira partida da decisão da Copa Mercosul.

Mas a escalação de Simon não vai eliminar a pressão em cima da arbitragem, ao contrário do que disse Marques. O juiz, que jamais havia participado da final de uma competição nacional, vai apitar pela segunda vez nas finais deste Brasileiro. E sua primeira atuação foi polêmica. No primeiro tempo do primeiro jogo, disputado no Mineirão, ele deixou de assinalar um pênalti cometido pelo zagueiro cruzeirense Marcelo Djian no atacante corintiano Edílson.

A pressão sobre a arbitragem aumentou mais no segundo jogo, quando o juiz brasiliense Luciano Augusto Almeida, anulou um gol legítimo do meia corintiano Rincón, alegando impedimento.

Fonte: Folha de São Paulo - Esporte

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