ser apurada, disse o presidente do STJD.–
Loebeling disse que está se sentindo muito acuado pela sua consciência –
comentou Zveiter, ao tentar explicar os motivos da suposta confissão.
Enquanto isso, o processo que o Caxias move contra o Figueirense na Justiça
Desportiva, solicitando a impugnação do jogo e a reversão dos pontos ganhos,
fica paralisado por tempo indeterminado. Caso o clube gaúcho tenha sucesso na
batalha jurídica, irá ficar com a vaga à Série A em 2002 que hoje pertence ao
Figueira.
Marco Aurélio Pachá, um dos advogados do Caxias no caso, diz confiar na
vitória. Segundo ele, a confirmação da invasão antes do apito final
caracteriza uma infração do artigo 299 do Código Brasileiro Disciplinar de
Futebol (CBDF).
– Havia duas versões do Loebeling, uma falada e outra escrita. Agora, com a
verdade revelada, é preciso punir os responsáveis e reverter os três pontos
para o Caxias – declarou.
Já o advogado do Figueirense, João Batista Baby, disse que agora terá de
mudar a estratégia de defesa do clube, uma vez que se baseava na súmula de
Loebeling. Para Baby, a denúncia não envolve o alvinegro catarinense e diz
respeito apenas a Armando Marques e ao árbitro. O advogado também afirmou que
Loebeling mentiu na audiência com Zveiter.
– Fiquei surpreso pela irresponsabilidade do árbitro. A nossa torcida
entrou em campo para comemorar e é mentira que não havia condições de dar
continuidade ao jogo. Ele não esperou os 30 minutos previstos no regulamento
da CBF – afirmou Baby.
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Árbitro de Figueirense x Caxias convoca entrevista
coletiva17/01/2002 - A novela Figueirense x Caxias terá mais
um capítulo na tarde desta quinta-feira. O árbitro da partida, o paulista
Alfredo dos Santos Loebeling, convocou a imprensa para uma entrevista
coletiva, em São Paulo, provavelmente para explicar sua posição na súmula
do jogo, válido pela última rodada do quadrangular final da Série B, e que
acabou classificando a equipe catarinense para a primeira divisão do
Campeonato Brasileiro de 2002.
A confusão começou quando os torcedores do Figueirense invadiram o
gramado do Estádio Orlando Scarpelli, faltando ainda dois minutos para o
encerramento do jogo. Na ocasião, Loebeling falou para diversos repórteres
que descreveria na súmula que a partida havia sido suspensa por falta de
segurança. Mas, no documento, o juiz fez exatamente o contrário. Declarou
que o jogo estava encerrado no momento da invasão, e o time de
Florianópolis, que vencia por 1 a 0, acabou ficando com a segunda vaga da
Série A – a outra foi assegurada pelo Paysandu, campeão da segunda
divisão. Inconformado com a decisão do árbitro, o Caxias entrou na justiça
com um pedido de impugnação da partida, através da desconstituição da
súmula de Alfredo Loebeling.
A batalha jurídica por um lugar na elite do futebol nacional vai ser
decidida no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) da CBF nas
próximas semanas.
Jornalista denuncia esquema envolvendo Loebeling
10/01/2002 - A coluna do jornalista Juca Kfouri desta quinta-feira, dia
10, no site Lancenet reproduziu um suposto diálogo que teria ocorrido
entre o árbitro paulista Alfredo Loebeling e alguma autoridade da
Comissão Nacional de Arbitragem, dias antes da apresentação da súmula da
partida entre Caxias e Figueirense, em Florianópolis. Na súmula,
Loebeling omitiu que faltavam dois minutos para encerrar a partida
quando a torcida do Figueirense invadiu o gramado e provocou a suspensão
do jogo. Com isso, o time catarinense acabou vencendo por 1 a 0.
Na
próxima segunda-feira, o STJD julga o caso que vai definir quem será o
segundo time que sobe para a Série A de 2002, ao lado do Paysandu (PA).
Segundo o editor do jornal O Lance!, Fernando Santos,
o diálogo é verídico, mas Kfouri não apresenta os sobrenomes dos
envolvidos por não ter como provar. O suposto diálogo gerou muita
polêmica e discussão nesta quinta, inclusive uma reação indignada do
presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfim Peixoto, acusando
o Caxias.
Divulgado conteúdo da súmula Figueirense x Caxias
27/12/2001 - Foi divulgado nesta tarde de quinta-feira, dia 27, na
Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro, o conteúdo
da súmula do jogo entre Figueirense e Caxias, marcado pela invasão a
campo de torcedores alvinegros a cerca de um minuto do fim. Em seu
relatório, o árbitro paulista Alfredo Santos Loebeling escreveu que a
invasão ocorreu depois do encerramento da partida – válida pela última e
decisiva rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Agora, o
Departamento Técnico da CBF vai esperar cinco dias para homologar a
vitória por 1 a 0 do time catarinense, resultado que o garante na Série
A em 2002. Nesse período, o Caxias pode pedir a impugnação da súmula.
Torcida invade campo e encerra Figueirense x Caxias
22/12/2001 - Após dois tempos de muita ansiedade em campo, o
Figueirense ainda não tem certeza de sua classificação para a Série A
do Brasileirão. Com o time vencendo o Caxias por 1 x 0, a torcida se
precipitou e invadiu o campo aos 46 minutos do segundo tempo, com dois
minutos para terminar a partida.
O jogo começou em clima de festa, com 22,5 mil torcedores
empurrando o Figueira no Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis.
Do lado do Caxias, o excesso de pegada levou à expulsão de Émerson aos
33 minutos do primeiro tempo. Pouco depois, o zagueiro do Figueirense
Pedro Paulo foi expulso ao levar o segundo cartão amarelo. Aos 16
minutos do segundo tempo, Abimael, que tinha entrado aos 14, colocou o
Figueira na frente. Daí até a invasão da torcida, o jogo foi muito
tenso, com o Caxias fazendo de tudo para empatar.
Agora, o resultado do jogo, e, conseqüentemente a definição de quem
vai para a Série A, irá para discussão no Superior Tribunal de Justiça
Desportiva. Ambos os times especulam o que o árbitro Alfredo Santos
Loebing irá colocar em sua súmula. De acordo com o presidente da
Federação Catarinense de Futebol, Delfim de Pádua Peixoto, qualquer
julgamento apenas deve ocorrer no próximo ano, já que o tribunal
entrou em recesso nesta sexta-feira, dia 21.