igualmente
grosseira no empate em 4×4 com o Vasco pelo campeonato carioca de
2007. Mas não é só o coração que pode influenciar a decisão de certos
árbitros. Depois da pusilanime atuação de domingo surgiu a denúncia
que Gutemberg é chefe de gabinete do vereador botafoguense atuante
Fernando Morais. Cargo de confiança, que não precisa de eleição ou
concurso, que pode ser nomeado ou demitido a qualquer instante, e que
paga muito bem.
Alguns
poderão dizer: “e o que isso tem de mais?”. Pois é, infelizmente
vivemos em um país onde o grau de exigência para esse tipo de dilema
moral é bem baixo. O problema nesse caso é simples. Qual a
qualificação do árbitro para ser assessor do vereador? E em sendo
qualificado, o fato de ser árbitro da FERJ e trabalhar em cargo
comissionado de um vereador que funciona praticamente como colaborador
da gestão atual do Botafogo configura evidente conflito de interesses.
Trocando em
miúdos: quando seu time for jogar contra o Vasco ou contra o Botafogo,
não é bom negócio deixar o sr. Gutemberg apitar.
Mas o jogo
sujo não para por aí. Não bastasse o dissabor que o torcedor do
Fluminense teve que passar no domingo. A sensação de ser ludibriado,
de estar diante de uma máquina de video-poquer, de um jogo de cartas
marcadas, de ter gasto o dinheiro do seu ingresso ou do seu
pay-per-view à toa, ontem veio a pá-de-cal. O presidente da Comissão
de Arbitragem da FERJ, Sr. Jorge Rabello, deu declarações que podemos
considerar um verdadeiro escárnio com quem preza pela honestidade no
esporte. Só faltou dizer que o Botafogo foi o prejudicado.
Confiram
aqui a entrevista do Sr. Jorge
Rabello.
Em primeiro
lugar cabe contextualizar algumas coisas. Jorge Rabello foi um péssimo
árbitro que fez carreira de certo destaque na FERJ nos tempos do Caixa
D’água. Aqueles anos negros aos quais nos referimos no primeiro
parágrafo desse post. Na qualidade de árbitro, não ficava muito à
frente do Gutemberg, se é que o leitor nos entende.
Mas vamos
fazer algumas considerações sobre as infelizes declarações do sr.
Jorge Rabello.
“Nós
conseguimos recuperar a credibilidade da arbitragem do Rio de
Janeiro”.
Ok, um
momento de humor para quebrar o gelo com o entrevistador. Só pode ter
sido isso.
“A comissão
de arbitragem se reuniu nesta manhã e precisamos deixar claro algumas
coisas. Tecnicamente, nós não vimos nenhum erro do árbitro. Pênalti é
interpretação……Em relação aos dois pênaltis marcados, um (o primeiro)
me parece ter sido muito claro.”
Fazendo um
enorme esforço podemos concordar que a marcação de pênaltis é
interpretativa. O que o Sr. Rabello esqueceu de mencionar na
entrevista, é que Loco Abreu estava impedido no lance do primeiro
pênalti (ver imagem abaixo). Isso não é interpretativo. Se o sujeito
que preside a comissão de arbitragens não percebeu esta
irregularidade, estamos mesmo mal. Se notou mas omitiu por
conveniência, estamos pior ainda.
|
Sobre
o segundo pênalti, dizer que aquele lance está sujeito a
interpretação é chamar seu interlocutor de idiota. Algo que
certos jornalistas fizeram ontem sem qualquer pudor. Aqueles de
sempre. Os que usam o microfone para advogar por seu clube de
coração, ou aqueles que trabalham para a emissora que patrocina
o campeonato, portanto são instruídos a sempre fingir que está
tudo normal.
Vale
salientar que o próprio Loco Abreu declarou no programa Redação
Sportv desta segunda feira que na interpretação dele o segundo
pênalti foi mal marcado. Na dele e na de 99% das pessoas
honestas e que entendem alguma coisa de futebol. Abrimos um
parenteses aqui para enaltecer a sinceridade do jogador, algo
pouco comum no meio.
“A
comissão acha que o árbitro pecou na questão disciplinar. Não é
postura de um árbitro Fifa, não ter expulsado imediatamente o
Valencia…..A partir daí ele começou a se equivocar, inclusive na
|
expulsão do Marcelo Mattos, que era, no máximo, para cartão
amarelo.” |
Em resumo:
na opinião do sr. Jorge Rabello a arbitragem foi quase perfeita. Seus
únicos erros foram não expulsar imediatamente o Valencia, e expulsar o
Marcelo Mattos. Ou seja, o grande prejudicado foi o Botafogo.
Depois
dessa, só resta ao torcedor que gastou seu suado dinheiro para
assistir o jogo de domingo colocar uma bola vermelha no nariz e
assumir o papel de PALHAÇO.
Interessante
constatar também que para o presidente da comissão de arbitragens não
configura um erro técnico o fato de um jogo que foi paralisado por
vários minutos para a cobrança de dois pênaltis, teve diversas
substituições e retardo na reposição de bola por parte do Botafogo,
ter sido encerrado aos 46:30 minutos. Isso após o próprio árbitro ter
sinalizado 3 minutos de acréscimo, o que já seria pouco.
Para
encerrar o post, publicamos novamente o contador de pênaltis do
campeonato carioca. Algo que já fizemos em anos anteriores, e que
agora atualizamos. O número de pênaltis marcados a favor de cada um
dos quatro times grandes acumulado desde o campeonato de 2008 até hoje
é o seguinte:
Botafogo –
31
Vasco – 27
Flamengo – 20
Fluminense – 13
No atual
campeonato o Botafogo já tem CINCO pênaltis a seu favor em seis jogos.
O Fluminense tem apenas um a seu favor e QUATRO contra.
É um mero
dado estatístico que pouco comprova, é verdade. Alguns crédulos podem
afirmar que uma coisa não tem nada a ver com a outra. Cada um que tire
suas conclusões.
Por fim, informamos que a
imagem do início do post mostra o árbitro Gutemberg Fonseca (à
direita) com seu chefe, o vereador botafoguense Fernando Morais (PR).
O terceiro da foto é o Vereador Marcelo Piuí (PHS).
Veja abaixo
um exemplo que ilustra bem o grau de envolvimento do Sr. Fernando
Morais com a atual gestão do Botafogo F.R.
Fonte:
Blog
Flusócio - http://flusocio.com.br/blog/2011/02/08/jogo-sujo/
Ações
do Vereador
10/03/2010
|
Na última quarta-feira (10/03), o presidente do Botafogo,
Maurício Assumpção, se reuniu com vereadores botafoguenses do
Rio na sede do clube. O objetivo do encontro foi conversar sobre
a atual situação da estrela solitária e seus interesses. Através
de uma apresentação de slides, os parlamentares conheceram
melhor o principal projeto do clube: a transformação do Engenhão
no Stadium Rio.
- Com esta reunião, vi que o Stadium não vai ser um estádio
apenas para o Botafogo, vai ser para todos os cariocas, que vão
ter orgulho e vão querer prestigiar o espaço – ressaltou o
vereador Fernando Moraes, que foi o responsável por convidar os
demais vereadores para o encontro.
A mudança de nome do estádio visa construir uma nova identidade
para o lugar. Os empresários visitaram grandes campos esportivos
internacionais, como a
Alianz Arena (Alemanha) e o Camp Nou (Espanha), para recolher
referências para o projeto do novo
|
Cúpula do Botafogo apresenta o projeto Stadium
Rio a vereadores cariocas |
Engenhão, que promete
surpreender os cariocas. A ideia é criar um polo grande de
entretenimento no estádio, com restaurantes panorâmicos, oito
lanchonetes diferentes, espaço para shows e lojas. |
Também participaram do encontro o vice-presidente do Botafogo, Antônio
Carlos Mantuano, os vereadores Aloisio Freitas, Alexandre Cerruti,
Carlos Bolsonaro, Stepan Nercessian e Tio Carlos e alguns diretores do
clube.
Fonte:
Site Vereador Fernando Moraes - http://www.fernandomoraes.com.br/acoes2.asp?strid=129&secao=70034205&pagina=1
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