partida, mas não há uma
remuneração básica.
Se a renda líquida do jogo for superior a R$ 130 mil, o trio de arbitragem e o
suplente ganham, juntos, 1%.
Comissão de notáveis
Além de Perry, quatro representantes da categoria também participam do grupo que
prepara a regulamentação da arbitragem. "Com a regulamentação, ganharíamos os nossos direitos trabalhistas e seríamos
contratados pelas federações estaduais e pela CBF (Confederação Brasileira de
Futebol)", disse o presidente da Associação Nacional dos Árbitros, o carioca
Jorge Travassos.
Atualmente, os árbitros são considerados profissionais autônomos, sem nenhum
vínculo empregatício com as entidades esportivas. "Conheço companheiros que atuaram por quase 30 anos e não conseguiram se
aposentar da arbitragem", afirmou Travassos. "Por isso, somos obrigados a ter outro emprego", acrescentou ele, que é
microempresário do setor de móveis.
No projeto, a associação vai credenciar uma entidade para formar e fiscalizar os
árbitros. Deverá ser a Escola Nacional de Arbitragem, já existente.
Apoio da CBF
A decisão dos árbitros brasileiros tem o apoio do presidente da Comissão de
Arbitragem da CBF, Armando Marques. "Para os clubes e as entidades exigirem preparo físico e técnico dos árbitros,
o único caminho mesmo é a profissionalização", disse Marques.
Segundo Travassos, o reconhecimento seria bem recebido pelos clubes. "Também já
recebemos o apoio de vários dirigentes de clubes favoráveis à nossa
profissionalização", afirmou.
O árbitro disse que o lobby para regulamentar a categoria pretende acabar com o
"profissionalismo marrom".
"Atualmente, muitos já vivem da arbitragem, atuando em competições de empresas
ou em ligas. No final do mês, eles conseguem receber cerca de R$ 2.000. O
problema é que estamos criando árbitros simpáticos, o que não pode ocorrer",
afirmou.
Segundo Travassos, o projeto de lei será entregue ao Congresso Nacional até o
final do ano.
Aumento
A CBF concedeu um aumento de 15% aos árbitros por partida a partir do Campeonato
Brasileiro de 1999, que teve início na semana passada.
De acordo com a nova tabela, os árbitros da Fifa vão receber R$ 1.500 por
partida.
O árbitro básico, do quadro da CBF, ganhará cerca de R$ 900, os auxiliares, por
volta de R$ 500, e o suplente, cerca de R$ 300.
Por jogo, também vão ganhar duas diárias de R$ 100 cada um para cobrir gastos
com alimentação e transporte.
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