Publicidade

Árbitros poderão fazer o uso de patrocínio

Estamos em 2010, hoje as marcas Penalty e Centauro (foto) estampam as camisas dos árbitros. Valores, duração do contrato, onde são aplicados os recursos e a quem beneficia, ninguém sabe. A CA/CBF foge e ignora todas as perguntas neste sentido, os dirigentes da arbitragem se calam, enquanto isso, os árbitros seguem sua rotina de "Outdoor de beira de estrada".

28/03/2003 - As novidades no campeonato brasileiro de 2003 não se resumem à nova fórmula de disputa. Pela primeira vez em campeonatos nacionais, os árbitros poderão fazer o uso de patrocínio em seus uniformes. A Associação Nacional de Árbitros de Futebol, com a autorização da Comissão de Arbitragem da CBF, negocia com cinco empresas o uso de propaganda na manga da camisa dos árbitros.

Segundo o presidente da Anaf, Márcio Rezende de Freitas, a idéia é criar um fundo de reserva para cobrir eventuais "calotes", dados por alguns clubes em competições nacionais. "Na soma geral, os árbitros tem um prejuízo de pouco mais de R$130 mil, de valores não quitados pelos clubes", diz o árbitro. A Anaf recebeu a promessa do presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Armando Marques, de que esse valor seria quitado, mas até o momento o rombo continua. "O pagamento era para ser feito até o dia 15 deste mês. E ainda não foi. Por isso mesmo o caminho para negociar patrocínios ficou aberto", diz Rezende de Freitas, que espera fechar os contratos até o final da semana que vem.

Além de cobrir possíveis falhas de pagamento, uma parcela do valor arrecadado com o patrocínio - estima-se que 30% - será destinado à Escola de Arbitragem Coronel Áureo Nazareno, cujo projeto ainda não saiu do papel. "Queremos criar um local de aprendizado e enriquecimento da arbitragem brasileira".

Na Europa, os árbitros já usam o recurso do patrocínio há algum tempo. Na Espanha, o presidente da Federação Real Espanhola viabilizou a venda de parte do espaço do uniforme e o valor é convertido ao sindicato dos árbitros. Com a cota, são ministrados cursos e palestras e parte da arrecadação é dividida entre os árbitros que apitam no Espanhol. Na Alemanha, os árbitros têm patrocínio da empresa aérea Lufthansa e na Itália, de uma empresa de massas.

A busca de patrocínio é uma das fontes de renda em que a arbitragem brasileira está de olho. Outra é o direito de arena, reservado aos atletas que têm sua imagem vinculada a jogos televisionados. A Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Câmara Federal já tem em mãos um projeto do relator Bonifácio de Andrada, do PSDB-MG, que propõe a conversão de uma porcentagem do valor total das cotas de televisão para os árbitros, que alegam ser parte do espetáculo.

Leia mais noticias antigas em Túnel do tempo. Clique aqui

Publicidade

 

Copyright © 2009 -2010    www.apitonacional.com.br ® Todos os direitos reservados