27/05/2014    10:57hs

Advogado, professor, ex-ator: Conheça as profissões dos árbitros da Copa do Mundo

São varias profissões, há os exemplos do doutor em direito esportivo Felix Brych, do enfermeiro Djamel Haimoudi e do professor de matemática Mark Geiger

Vida de árbitro definitivamente não é fácil. Você precisa domar 22 marmanjos em campo, tomar decisões milimétricas em frações de segundos e ainda lidar com os xingamentos de milhares de torcedores contra sua mãe, bem no seu cangote. Uma profissão que ainda não costuma ser remunerada bem o suficiente para que eles se dediquem a ela exclusivamente. A maioria dos juízes precisa se desdobrar na vida dupla entre os gramados e outro ofício qualquer. Sacrifício ao qual nem a nata da arbitragem, selecionada para apitar a Copa do Mundo de 2014, está a salvo.

 

Na lista com os 25 árbitros principais que participarão da Copa do Mundo do Brasil, as profissões são as mais variadas possíveis. Descobrimos as profissões de 24 deles e, desses, apenas um vive exclusivamente do apito: Yuichi Nishimura, do Japão, onde a estabilidade e o apoio dados à categoria são bem

maiores. É óbvio que o salário para os árbitros em alguns lugares do mundo é maior do que em outros. Ainda assim, a maioria absoluta deles prefere acumular funções. E as mais diferentes imagináveis.

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Um exemplo? Howard Webb, árbitro da final da Copa de 2010, é sargento da polícia britânica. O carequinha se dedicava exclusivamente à carreira de árbitro, mas voltou a fazer parte da corporação no inicio deste ano, após cinco anos afastado. O inglês será uma espécie de embaixador junto a crianças – ‘não, ele não vai correr atrás de bandidos ou arrombar portas’, brincou um colega. O típico caso em que você não pode chamar o juiz de ‘ladrão’.

Outro caso curioso é o de Jonas Eriksson, da Suécia. Sabemos que a maioria dos jornalistas não ganha tão bem, mas o escandinavo tirou a sorte grande na profissão. Ele era dono de 15% da estação de TV na qual trabalhava e resolveu vendê-la há seis anos. Por € 7 milhões. Mesmo com a conta bancária gorda, o sueco prefere seguir no apito, sua grande paixão. Já o holandês Björn Kuipers possui três supermercados e um salão de beleza na cidade de Oldenzaal. “Trato Cristiano Ronaldo na Champions como um dos meus clientes no mercado”, já declarou certa vez.

Jonas Eriksson tirou a sorte grande ao vender suas ações da TV na qual trabalhava por € 7 milhões

A vida mais interessante, no entanto, provavelmente é a de Néstor Pitana. Por formação, o argentino é professor de educação física – algo comum a 20% dos árbitros da Copa. Entretanto, o sul-americano teve que se virar bastante até ter sucesso com o apito. Como esportista, atuou em categorias de base do basquete local e em equipes amadoras de futebol. Mas, para ganhar a vida, precisou trabalhar como segurança de boate, salva-vidas e até como figurante no filme ‘La Furia’, atuando ao lado do astro argentino Diego Torres.

 

O brasileiro Sandro Meira Ricci optou por uma vida nos escritórios. O mineiro é graduado em economia e possui uma carreira de respeito: trabalhou para a Fundação Getúlio Vargas, para a Universidade de Brasília, para o Itamaraty e até para a ONU, atuando hoje como analista no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Já no resto do mundo, há ainda os exemplos do doutor em direito esportivo Felix Brych, do enfermeiro Djamel Haimoudi e do professor de matemática Mark Geiger. Na média, o Brasil está bem representado – dentro e fora de campo.

O holandês Björn Kuipers, árbitro da final da ultima Copa das Confederações e da Liga dos Campeões é proprietário de uma rede de supermercados

Confira abaixo as profissões de todos os árbitros da Copa de 2014:
Ben Williams (AUS): Professor de Educação Física
Björn Kuipers (HOL): Dono de rede de supermercados
Carlos Velasco Carballo (ESP): Engenheiro industrial
Carlos Vera (EQU): Analista do Ministério dos Esportes
Cüneyt Çakir (TUR): Agente de seguros
Djamel Haimoudi (AGL): Enfermeiro
Enrique Osses (CHI): Técnico industrial
Felix Brych (ALE): Advogado
Howard Webb (ING): Policial
Joel Aguilar (ELS): Professor de Educação Física
Jonas Eriksson (SUE): Jornalista e empresário
Marco António Rodríguez (MEX): Professor de Educação Física
Mark Geiger (EUA): Professor de Matemática
Milorad Mazic (CRO): Administrador de empresas
Nawaf Shukralla (BAH): Procurador de justiça

Noumandiez Doué (CMA): Farmacêutico
Néstor Pitana (ARG): Professor de Educação Física
Nicola Rizzoli (ITA): Arquiteto
Pedro Proença (POR): Diretor financeiro
Peter O’Leary (NZE): Professor de Ciências
Ravshan Irmatov (UZB): Instrutor de futebol escolar

Sandro Meira Ricci (BRA): Economista

Howard Webb

Sandro Meira Ricci (BRA): Economista
Wilmar Roldán (COL): Professor de Educação Física
Yuichi Nishimura (JAP): Árbitro profissional

* A profissão do árbitro Bakary Papa Gassama, de Gâmbia, não foi localizada

 

Fonte: Trivela

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