Um exemplo? Howard Webb, árbitro da
final da Copa de 2010, é sargento da polícia britânica. O carequinha
se dedicava exclusivamente à carreira de árbitro, mas voltou a fazer
parte da corporação no inicio deste ano, após cinco anos afastado. O
inglês será uma espécie de embaixador junto a crianças – ‘não, ele
não vai correr atrás de bandidos ou arrombar portas’, brincou um
colega. O típico caso em que você não pode chamar o juiz de
‘ladrão’.
Outro caso curioso é o de Jonas
Eriksson, da Suécia. Sabemos que a maioria dos jornalistas não ganha
tão bem, mas o escandinavo tirou a sorte grande na profissão. Ele
era dono de 15% da estação de TV na qual trabalhava e resolveu
vendê-la há seis anos. Por € 7 milhões. Mesmo com a conta bancária
gorda, o sueco prefere seguir no apito, sua grande paixão. Já o
holandês Björn Kuipers possui três supermercados e um salão de
beleza na cidade de Oldenzaal. “Trato Cristiano Ronaldo na Champions
como um dos meus clientes no mercado”, já declarou certa vez.
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Jonas Eriksson tirou a
sorte grande ao vender suas ações da TV na qual
trabalhava por € 7 milhões |
A vida mais interessante, no
entanto, provavelmente é a de Néstor Pitana. Por formação, o
argentino é professor de educação física – algo comum a 20% dos
árbitros da Copa. Entretanto, o sul-americano teve que se virar
bastante até ter sucesso com o apito. Como esportista, atuou em
categorias de base do basquete local e em equipes amadoras de
futebol. Mas, para ganhar a vida, precisou trabalhar como segurança
de boate, salva-vidas e até como figurante no filme ‘La Furia’,
atuando ao lado do astro argentino Diego Torres.
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O brasileiro Sandro Meira Ricci
optou por uma vida nos escritórios. O mineiro é graduado em economia
e possui uma carreira de respeito: trabalhou para a Fundação Getúlio
Vargas, para a Universidade de Brasília, para o Itamaraty e até para
a ONU, atuando hoje como analista no Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior. Já no resto do mundo, há ainda os
exemplos do doutor em direito esportivo Felix Brych, do enfermeiro
Djamel Haimoudi e do professor de matemática Mark Geiger. Na média,
o Brasil está bem representado – dentro e fora de campo.
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O holandês Björn Kuipers, árbitro da
final da ultima Copa das Confederações e da Liga dos
Campeões
é
proprietário de uma
rede de supermercados |
Confira
abaixo as profissões de todos os árbitros da Copa de
2014: |
Ben Williams (AUS): Professor
de Educação Física
Björn Kuipers
(HOL): Dono
de rede de supermercados
Carlos Velasco Carballo (ESP): Engenheiro
industrial
Carlos Vera
(EQU): Analista
do Ministério dos Esportes
Cüneyt Çakir (TUR): Agente
de seguros
Djamel Haimoudi (AGL): Enfermeiro
Enrique Osses (CHI): Técnico
industrial
Felix Brych (ALE): Advogado
Howard Webb (ING): Policial
Joel Aguilar (ELS): Professor
de Educação Física
Jonas Eriksson (SUE): Jornalista
e empresário
Marco António Rodríguez (MEX): Professor
de Educação Física
Mark Geiger (EUA): Professor
de Matemática
Milorad Mazic (CRO): Administrador
de empresas
Nawaf Shukralla (BAH): Procurador
de justiça
Noumandiez Doué (CMA): Farmacêutico
Néstor Pitana (ARG): Professor
de Educação Física
Nicola Rizzoli (ITA): Arquiteto
Pedro Proença (POR): Diretor
financeiro
Peter O’Leary (NZE): Professor
de Ciências
Ravshan Irmatov (UZB): Instrutor
de futebol escolar
Sandro Meira
Ricci (BRA): Economista |
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Howard Webb |
Sandro Meira
Ricci (BRA): Economista
Wilmar Roldán (COL): Professor
de Educação Física
Yuichi Nishimura (JAP): Árbitro
profissional
* A profissão do árbitro Bakary Papa Gassama, de Gâmbia,
não foi localizada
Fonte: Trivela |