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Óscar Julián Ruiz, ex-árbitro FIFA e
atual membro da Comissão de Árbitros da Conmebol -
Crédito: EFE/Gerardo Villalva/Archivo |
O colombiano Óscar Julián Ruiz Acosta,
conhecido mundialmente como Oscar Ruiz, árbitro FIFA de 1995 a 2011,
com várias finais no currículo (Copa América de 1999; Copa
Libertadores de 2002, 2003, 2007 e 2010; Copa Sul-Americana de 2007;
Copa Merconorte de 1998 e Recopa Sul-Americana de 2006), não para de
manchar seu nome.
Ruiz vem sofrendo constantes acusações
de assédios sexuais que que vem pondo em duvidas seu caráter e a
imagem de bom moço escancarando um comportamento supostamente nada
exemplar como deveria ser pela função que exerceu dentro dos campos
de futebol e após encerrar a carreira passando a ser um destacado
instrutor de arbitragem da FIFA e da Conmebol.
Em março deste ano, o ex-árbitro foi
acusado por colegas de profissão do seu país de assédio sexual e
chantagem. Segundo Harold Perilla, que chegou a prestar queixa
criminal contra o ex-FIFA, Ruiz usava de seu prestígio para abusar
de outros profissionais dizendo que quem quisesse chegar longe na
arbitragem deveria ter relações sexuais com ele (leia).
Mais recentemente, no início deste
mês, novas acusações, desta vez vindas de um ex-jogador do Baca
Juniors, acusou Ruiz de favorecer sua equipe em vários jogos (leia).
Desta vez, menos de um mês depois,
surge a mais nova acusação publicada no jornal "El Tiempo". Segundo
a matéria, Ruiz teria abusado sexualmente de um menino de 13 anos. A
publicação aponta que, no dia 12 de setembro deste ano, Heiner
Fabián Reyes Quevedo, hoje com 27 anos, prestou depoimento ao
Ministério Público da Colômbia. A vítima, que trabalhou como árbitro
e hoje vive na Itália, revelou ter sido abusado duas vezes por Ruiz,
ambas quando tinha apenas 13 anos.
Segundo Reyes Quevedo, o mais
conhecido árbitro colombiano o assediou, garantindo que o sucesso de
qualquer profissional de arbitragem no país dependia de manter
relações sexuais com ele.
"Me dei conta que tudo na
arbitragem na Colômbia se move de acordo com as ordens do senhor
Óscar Julián Ruiz Acosta. Quando estive na casa dele, me mostrou uma
folhinha com os jogos mais importantes. Ele escalava quem quisesse"
- contou a vítima.
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Oscar Ruiz com Jorge Rabello durante
pré-temporada da arbitragem carioca- Crédito: Úrsula Nery /
FERJ |
Ouvido pelo jornal "El Tiempo", o
ex-árbitro se declarou inocente.
"Seguem os mesmos ataques, das
mesmas pessoas que me atacaram anteriormente. Por isso, já foram
processadas pelo meu time de advogados. Me parece haver mais gente
por trás disso. Acredito que haja dinheiro envolvido" - se
defendeu Ruiz.